Nenhum homem merece ser julgado pelos seus erros, especialmente se o bem que fez ultrapassa largamente o mal que provocou.
Pinto da Costa deu a vida ao clube e, juntamente com muitos outros homens de grande valor, reergueu o clube e criou uma nova identidade que ainda hoje nos caracteriza e de que tanto nos orgulhamos.
Quando assumiu a presidência, o estatuto de maior clube português por parte do FCP nada era senão uma miragem, quanto mais o de potência mundial, clube mais titulado em Portugal.
Durante a maior parte da sua presidência, dedicou-se a 100% ao Porto. É sabido que não gozou férias durante muito tempo. Para vários jogadores, foi um segundo pai; para vários adeptos, um líder em quem confiavam cegamente.
Certo é que, no epílogo da sua vida, talvez fruto da idade e da fragilidade inerente, cometeu diversos erros, rodeando-se de pessoas de carácter dúbio. Isso não pode ser esquecido, mas também não pode ser o traço que define a sua vida.
Espero sinceramente que descanse em paz. Obrigado, Presidente dos Presidentes. Como crente que era, espero que Deus o tenha. Obrigado por tudo o que fez; devemos-lhe muito.