1 - O mal já estava feito porque a crítica devia ter saído logo no sábado, com proteção ao Sergio Conceição. Chegava-se à frente e assumia ele a resposta. 48 horas depois seria sempre tarde e pouco.
2 - E seria sempre pouco porque uma pessoa de 82 anos com o coração preso por arames pura e simplesmente não tem capacidade para fazer discursos inflamados e cheios de raiva, à moda da bomba que expluda que eu rebento com ela. Eu também queria isso, mas já sabia que isso era impossível. Só uma pessoa presa em 2010 é que podia achar possível tal coisa.
É só um dos motivos pelos quais esta pessoa já devia estar a milhas da presidência há imenso tempo. Não tem energia nem saúde para o cargo.
Ele fala 30 segundos seguidos de forma minimamente assertiva e fica sem fôlego. É visível. Num clube bem pensado haveria, no mínimo, algum dirigente a chegar-se à frente e a assumir então o modo super guerreiro. Mas o presidente é um eucalipto.
3 - Foi pondo paninhos quentes pelo meio provavelmente porque entende que disparar às cegas e usar termos como roubo ou desonesto vai resultar no troco a dobrar nos próximos jogos. Deixámos as coisas chegar a estes termos.
Então deu uma no cravo outra na ferradura. Questiono a estratégia, ou a proporcionalidade entre as críticas e o resto, se preferirem, mas as críticas estão lá todas.
Não duvida da seriedade, mas "mal da arbitragem se Soares Dias é o melhor árbitro" e "se algumas pessoas consideram que este é o melhor, perante um lance destes em que está a dois/três metros, não marca um penálti deste tamanho".
Tenham calma mas "espero que não nos voltemos a cruzar tão cedo", porque "Soares Dias e Vasco Santos não têm capacidade para arbitrar".
São todos sérios, "mas se calhar durante os seis minutos andaram com as linhas para trás e para a frente à procura do fora de jogo".
No fim do jogo 1/3 disto teria sido suficiente. Quando deixa passar 48 horas e prefere abordar diretamente o CA - aí o tom deve ter sido outro - a resposta não andaria muito longe disto.
Perdemos o controlo há muito tempo. Se tivéssemos acordado quando o Lopetegui berrava e exasperava sozinho, talvez ainda fôssemos a tempo. Agora podem berrar e espernear o que quiserem: Eles vão ter os padres que querem nas missas que ordenarem.
Quem não marca aquele penalti, entre outros lances, está-se completamente a cagar para as consequências e para as críticas.