Provavelmente aquilo que irei escrever será um agregar ou um compêndio de diversas ideias e partilhas, mas é aquilo que me vai na alma.
Sou, desde sempre, portista. Sou sócio há mais de 30 anos, quase desde o meu nascimento, tenho lugar anual há mais de 20 (desde a glória de 2003/2004) e felizmente sempre tive a possibilidade de ir à bola.
E, desde essa data, vou à bola com o meu pai e o meu irmão. Faça chuva ou sol, estejam 2 ou 35°C, doente ou saudável, com ou sem emprego, a sarar feridas da morte de familiares ou a celebrar épocas mais felizes da minha vida.
Porque, para mim e muitos outros certamente, ser Porto é isso. É colocar o Porto acima de tudo, porque nada nem ninguém é mais importante que o nosso clube. Nenhum presidente, nenhum treinador, nenhum jogador e nenhum adepto.
E este espírito, esta vontade e este amor tem um protagonista principal: o nosso Capitão. O nosso Jorge.
As minhas primeiras memórias do futebol são já com o Jorge como figura de proa de uma equipa inatacável, inabalável e inquebrável, e uma das, senão a principal justificação pela qual o meu portismo chega, por vezes, a ser doentio (no bom sentido).
O Jorge era a personificação da mística do Porto, da chama do Dragão, do preferir quebrar em vez de torcer.
O Jorge era aquele que não permitia que nada nem ninguém, em qualquer circunstância, colocasse em causa o nosso clube, mas sempre com elevação. E é isso que faz dele, mais do que um grande jogador e capitão, um grande homem.
O Jorge era aquele que não só representava a nossa mística e "respirava Porto", como dava corpo ao significado da palavra Invicta. Um portuense e um portista como poucos ou até nenhum.
Era não, é. Porque o Jorge Costa, a sua braçadeira e o seu número 2 serão sempre imortais.
Até sempre, meu Capitão.