https://maisfutebol.iol.pt/fc-porto...las-que-detesta-jogar-para-o-lado-e-para-tras
Muito curioso este artigo nomeadamente a observação do Vitinha e do JM
«O Vítor é muito perseverante. Consegue acentuar no seu futebol o gosto que tem pelo jogo. Precisa de melhorar a relação com a baliza. Hoje exige-se muito aos médios na zona de finalização e nisso tem de melhorar. Tenho ficado impressionado pela positiva com a evolução do Vitinha. Fui o primeiro treinador dele no FC Porto. Havia jogadores num plano mais elevado do que ele nos Sub12 e Sub13 e não singraram. O mérito é todo do Vítor.»
«O João Mário é um extremo como o Porto já não tem desde o Jaime Magalhães. Tem uma capacidade de drible superior à que tinha o Jaime, é um atleta de tremendo potencial. Se encontrar maior estabilidade emocional, pode ser um atleta invulgar.»
@DeepBlue @Roberto_FCP @Drago @Paul Ashworth só prova uma coisa, a força mental do Vitinha.
Sim, o rapaz soube segurar a corda e esperar pela sua oportunidade. Sim dúvida alguma. Neste prisma, é um exemplo. Muitos no lugar dele desistem e acabam dispensados, outros querem sair para outro clube, achando que o clube não está atento ao seu talento, etc...
Mas sejamos claros, o que aconteceu ao Fábio e ao Vítor não é inédito ou extraordinário. Há vários exemplos de jogadores com percursos mais modestos em escalões mais jovens da formação e que dão nas vistas nos escalões finais ou até só nos júniores.
Foi assim o Vítor Baía e foi assim o Bernardo Silva do regime, por exemplo.
Mais, quando o FC Porto, em iniciados e juvenis, sentava o Fábio e o Vítor no banco, não estava a cometer um erro. Simplesmente, haviam colegas fisicamente e/ou tacticamente mais preparados. É normal.
Cabe ao clube avaliar os seus jogadores pelo talento e potencial que têm. Não por se são titulares ou se são chamados à selecção. Quem é titular em iniciado pode não ser titular em júnior. Quem é sempre seleccionado para a Sub16, pode chegar à sub19 e não ser seleccionado uma única vez. E vice versa.
Espero que o clube agarre estes dois exemplos e que os use quando alguns miúdos (ou pais...) mostrarem desagrado por não jogarem e quererem sair do clube. É algo normal. Isso sim, estes exemplos mostram que o percurso de sucesso não tem que ser um percurso a jogar sempre e que quem jogou quase sempre pode não ter sucesso. O que conta é o talento e, a seguir, a resiliência.
O Fábio e o Vítor são exemplos disso mesmo. Talento, nunca foi por falta dele que sentaram no banco, e resiliência, compreenderam que em iniciados havia quem apresentava rendimento superior e não desistiram, pelo contrário, tentaram superar o colega.
Por fim, está de parabéns o FC Porto que, melhor ou pior, soube perceber que não deveria desistir destes dois.