Não sei se a entrevista realmente existiu ou não, o que sei é que a guerra da comunicação funciona duma forma muito peculiar, há um caso conhecido no mundo da politica que exemplifica bem:
. No auge da luta entre duas campanhas politicas em Inglaterra, houve um dos líderes que pediu a um jornalista conhecido que publicasse a noticia que o seu adversário "copulava com ovelhas", ao que o jornalista respondeu "mas o seu adversário não fez isso", ao que o politico "Eu sei...só quero ouvi-lo a negar".
No mundo da comunicação, raras são as ocasiões que o retratamento funciona, o que conta é o soundbyte inicial, mas neste caso até quero acreditar que ojogo não se prestava a isso.
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A verdade é que o Helton provoca-me mixed feelings, tenho uma simpatia pela dedicação e amor que sempre mostrou pelo FCPorto, foi sempre um bom profissional, bom colega e um futebolista com o qual era fácil simpatizar, agora sinceramente nunca achei que devesse ser a primeira escolha para capitão, porque não gosto dum capitão GR (está muito limitado "geograficamente", o capitao precisa de poder chegar perto de qq colega, do banco, do arbitro, precisa de estar em cima da jogada o jogo todo) e pq acho que não tem as melhores características para ser capitão, acho que era uma peça importante no balneário mas não um capitão.
No campo foi um jogador inconstante, capaz dum jogo de sonho e de a seguir cometer erros infantis.
Há ex-jogadores que acho que têm condições para fazer parte da estrutura e ser muito importantes, Lucho é um deles, Helton não o vejo como tal, não me parece que alguma vez vá ser um elemento importante para uma estrutura.
No entanto, lamento que um jogador que passou tantos anos no clube e como capitão tenha saído como saiu.
É verdade que a final da taça deixou um amargo de boca terrível e que foi um exemplo do que foi a carreira de Helton, salvou-nos n vezes (no Bessa por exemplo, o ano passado para a taça, defendeu um penalty no fim) e de seguida (na final) enterra a equipa por completo...e no desempate nem um penaltyzito apanhou...
Mas, isto num clube grande não pode definir nada, um clube grande tem memória, gratidão, honra e lealdade e deve tratar os seus jogadores de longos anos e capitães como imagens e referencias para os outros atletas que agora envergam as nossas cores ou virão a envergar, a forma como se processou a saída de Helton foi difícil de entender , (recordemo-nos que o jogador tinha contrato).
Enfim.