Posso concluir que defendes que a perda de pontos pela rotação em fevereiro se deve ao facto de não termos feito rotação suficiente no 1.º terço da temporada?Acrescenta que as perdas de pontos com o Belenenses e o Boavista acontecem já em Fevereiro. É precisamente nessa altura da época que vamos precisar de ter todas as unidades de valia bem oleadas e integradas na equipa. Não é na segunda metade da época que vamos descobrir reforços para ganhar o título.
Para lá do jogo Paços temos:
Jornada 5: Porto - Gil Vicente (1-0) Titulares: Fábio Vieira(19.º), Nakajima (24.º), Toni Martinez(17.º) e Evanilson(21.º)
Na jornada 5 o Porto faz um jogo miserável na 1ª parte e fraco na 2ª.
Na jornada 6 nova rotatividade (vou assumir livremente que rotatividade é jogar com pelo menos 3 não titulares) e derrota em Paços.
Acho perfeitamente normal que com esse atraso na bagagem, essa tentativa tenha ido para 2.º plano o que nos permitiu uma série de 9 vitórias e 1 empate caseiro com o benfica entre as jornadas 7 e 16.
Dos 28 jogos com equipas fora do TOP 4 em que o SC alinhou com 3 ou mais suplentes de inicio temos: 1V, 2E, 1D
E as exibições navegaram entre o mau e o miserável. Fica difícil olhar para esses dados e concluir que o problema foi terem sido só 4.
Eu tenho uma opinião que o Sérgio se perde quando começa a querer dar espaço/minutos a todos. Quando gere mais balneário, humores, condições físicas de que quando se concentra única e exclusivamente em ganhar o jogo.
Dou o exemplo da 1ª época dos "não reforços". Mercado de inverno e chegam Paulinho, Osório, Waris e Gonçalo Paciência.
Pontos perdidos com equipas fora do TOP4:
Aves fora: Corona expulso no inicio da 1ª parte
Moreirense fora: Estreia Paulinho a titular
Paços fora: Estreia Waris a titular
Belenenses fora: Estreia Osório a titular
Defendo que joguem sempre os melhores tirando casos muito esporádicos (estilo 2ª mão contra Bayern com a Académica pelo meio) e que os 12.º, 13.º 14.º.....sejam absorvidos pelos titulares sem fazer parte duma politica de gestão que muitas vezes dá galho. Jogam quando é preciso (lesão/castigo/perda de forma) e não porque pode ser preciso no futuro e toca a prepara-lo já.
Em principio o Nanu tem melhores condições para mostrar o que vale na ida a Moreira de Cónegos do que na visita ao Belenenses.
Ou o Fábio Vieira quando substitui o expulso Corona no 2.º jogo seguido em Braga do que quando há a tal gestão com 3/4 jogadores duma vez estilo recepção ao Boavista.
E não fiz o estudo à escala europeia mas pressinto que os treinadores que mais apostam na rotatividade não ficam bem na fotografia quando se compara a classificação final com a classificação que decorreria do orçamento/valor de mercado das equipas que treinam.
Isso só é possível/desejável em situações em que equipas estão confortáveis na competição interna (Porto de AVB/Mourinho) e há outra bem exigente por disputar. Mas faz-se assumindo que a rotatividade prejudica as hipóteses de sucesso no jogo interno (como no celebre jogo com a Académica em casa), mas que o jogo seguinte é de tal forma determinante que compensa o pagamento desse preço.
Para terminar e porque estamos no tópico do Evanilson.
Acho que ele devia ter tido muito mais minutos o ano passado porque merecia ter sido titular e não porque precisa de oportunidades/minutos/ritmo.
Porque era melhor e porque se não era o jogador do Porto com mais golo era o 2.º.