Estamos mais ou menos de acordo em relação ao Rafa.
Quanto ao Diogo Leite, foi eleito o melhor central num mês. O Marchesín, este ano, foi eleito várias vezes o guarda-redes do mês e não falta por aqui quem queira o Diogo Costa a titular. Não sei se és um desses casos ou não, mas há quem já tenha escrito isso vezes sem conta.
Nunca na vida o Diogo Leite conseguia ser, sem sequer um ano de 1ª divisão jogado, titular numa equipa que tem o Felipe e o Militão. Claro que tinha de perder a titularidade, ainda para mais tinha tido duas exibições mal conseguidas. Até se pode discutir se devia ou não ir para a B, mas com a idade dele era melhor estar lá a jogar do que na A estagnado, que é o que acontece este ano. Aliás, o Diogo Leite devia estar emprestado, precisa de ganhar muito muito calo, não é só limar arestas.
De resto, voltamos ao mesmo: essa lógica que tu usas para jogadores da formação é aplicável praticamente a qualquer jogador que não singre num determinado clube por ter jogado pouco. E há dezenas e dezenas de jogadores assim. Não saímos daqui. Cada um pode afirmar que o jogador do qual se é fanboy só não triunfou por culpas alheias e nunca por ser suficientemente bom. O problema é que não há fanboys do Saravia e do Valeri, ou do Bolatti, por isso é que ninguém fala deles, mas o princípio é igual.
E como disse, é absurda a ideia de que um jogador da formação, para se afirmar, tem de ter logo oportunidades entregues numa bandeja de ouro. Não tem. Que o digam o Ricardo Carvalho e o Bruno Alves, por exemplo. Nem sei, mais uma vez, como é que há carradas e carradas de jogadores que passam a formação e os primeiros anos como profissionais em equipas modestas e chegam ao topo. Nem sei como há jogadores que são emprestados pelos grandes mais do que uma vez e a seguir voltam e se afirmam. Nem sei como há jogadores que são dispensados pelos grandes na formação ou até nos seniores, vão para clubes de pouca nomeada e se tornam em bons futebolistas, alguns à escala planetária.
Ser emprestado ou não ser aposta numa determinada circunstância, não é uma condenação de morte futebolística. Pode eventualmente ser um passo atrás, ou não, mas quem é bom dá dois ou três passos à frente depois. Os que não o fazem, lamento, mas no mínimo fazem com que aqueles que não viram neles nada do outro mundo e os dispensaram tenham algum crédito nos seus vereditos.