Em parte quem não vê demasiada responsabilidade do governo neste novo exponenciar do surto tem razão, isto está a acontecer em todo o lado, no entanto e porque em Portugal e ao contrário do que aconteceu no último confinamento a nossa curva está acima da maioria dos outros países europeus, a única conclusão possível é que parte da culpa tem que ser do que foi (ou não foi) feito aqui.
Obviamente que depois e para continuar a isentar o governo responsabiliza-se a população, mas depois fica por explicar porque a mesma foi capaz de gerir melhor o primeiro confinamento, e já agora se existem bases racionais e culturais para tirar essa conclusão, já que ao contrário das populações que normalmente são criticadas por serem «difíceis» de gerir nestes contextos, o povo português nem é particularmente individualista e nem é de contestar a autoridade, normalmente tende na maioria a fazer o que lhe dizem e a não levantar grandes problemas (para o bem ou para o mal). 
Acho que o que falhou foi organização, já se previa que a 2ª vaga seria pior e havia tempo para preparar melhor as coisas, mas ao contrário da 1ª vaga que deu para gerir com algumas restrições e no geral sentido de responsabilidade da população, aqui teria que existir uma preparação mais metódica e racional, ou no sentido  oposto e não sendo capaz de o fazer, o governo então teria que ter tomado a decisão de simplesmente não permitir os ajuntamentos do Natal e fim do ano mesmo que isso lhe trouxesse consequências politicas.