Naturalmente. Foi o que frisei. Depois há outras questões, como as condições de habitação, quantas pessoas em Portugal é que podem estar em casa isoladas do restante agregado familiar? Muito poucas, quem diz Portugal, diz outros países. É uma situação complicada e este número de casos por toda a Europa acaba por ser normal face a um aumento brutal da mobilidade e tudo aquilo que falamos antes.Claro que num mundo edílico teríamos um SNS com uma cama para cada doente, teríamos um autocarro para cada pessoa., etc etc.
Agora achar que algum pais vai dimensionar o sistema de saúde, ou o sistema de transportes para uma situação como estas que é algo absolutamente extraordinário é apenas uma fantasia.
P.e. mesmo que em lisboa ou Porto quisessem aumentar o numero de equipamentos que tenham no metro em 6 meses era impossível faze-lo. A mesma coisa em numero de autocarros.
Claro que as medidas tem de ser tomadas ao nível da procura, em termos de oferta é impossível mudar significativamente em 6 meses.
Claro que isto não tira responsabilidades aos governos e na forma como prepararam a 2ª vaga. Seria utópico termos adaptado o SNS, os transportes, as escolas, etc., em 6 meses, mas poderia ter sido feito muito, muito mais.
Em Portugal, nunca houve planeamento, de nada, as coisas fazem-se sempre em cima do joelho, somos improvisadores por natureza.