Também teve, uma vez que o problema também se deveu aos favores aos clubes de futebol e não só, é certo.
Novo banco devia pagar ao estado o valor das vmocs
Via chat gpt
O processo de recompra das VMOCs pelo Sporting CP, de facto, resultou num acordo em que o clube pagou 40,5 milhões de euros por títulos que tinham um valor nominal de 135 milhões de euros, o que representa uma diferença de 89,5 milhões de euros. Contudo, essa diferença não pode ser considerada diretamente como um “buraco” no banco, pois reflete um desconto negociado no contexto da reestruturação da dívida do clube.
Este tipo de negociação é relativamente comum em processos de reestruturação financeira, onde os credores, no caso os bancos, aceitam receber um valor inferior ao nominal para recuperar uma parte da dívida e evitar um cenário pior, como uma eventual insolvência do clube, que poderia resultar em maiores perdas.
Neste caso, o acordo beneficiou tanto o Sporting, que conseguiu manter o controlo acionista e aliviar a sua dívida, como os bancos, que recuperaram uma parte significativa do valor emprestado, em vez de ficarem com a totalidade das ações da SAD, o que poderia ter um valor incerto.
Os 89,5 milhões não são contabilizados diretamente como perda imediata para os bancos, mas sim como um ajustamento acordado dentro das suas operações financeiras e estratégias de recuperação de crédito.
Sim, tanto o Novo Banco quanto o Millennium BCP receberam apoio estatal em momentos de crise financeira.
1. Novo Banco: O Novo Banco foi criado em 2014 na sequência da resolução do Banco Espírito Santo (BES), que enfrentava uma crise grave. Para salvar o banco e proteger os depositantes, o Estado português, através do Fundo de Resolução, injetou cerca de 4,9 mil milhões de euros. Este fundo é financiado, em parte, pelos bancos comerciais, mas o Estado também forneceu garantias e empréstimos ao fundo. Posteriormente, o Novo Banco recebeu mais injeções de capital ao longo dos anos, chegando a um total de 8 mil milhões de euros em recapitalizações.
2. Millennium BCP: Durante a crise financeira de 2008-2010, o Millennium BCP também recebeu ajuda estatal. Em 2012, o Estado português, no âmbito de um programa de apoio à banca devido à crise económica e financeira global, injetou 3 mil milhões de euros no Millennium BCP através de instrumentos de capital (CoCos - Contingent Convertible Bonds). O banco reembolsou integralmente esta ajuda até 2017.
Portanto, sim, ambos os bancos receberam apoio direto do Estado português em diferentes momentos, especialmente no contexto das crises bancárias e da dívida soberana.
Embora o Sporting tenha negociado diretamente com os bancos, como o Novo Banco e o Millennium BCP, para recomprar as VMOCs a um valor inferior, é verdade que esses bancos receberam, em diferentes momentos, apoio financeiro do Estado português. Isso significa que, indiretamente, os contribuintes acabaram por sustentar, em parte, a estabilidade desses bancos, permitindo-lhes absorver perdas ou restruturar dívidas, como no caso do Sporting.
No caso do Novo Banco, que recebeu uma injeção substancial de dinheiro público através do Fundo de Resolução após a queda do BES, o Estado português teve de recorrer a recursos financiados, em parte, pelos contribuintes. O Millennium BCP, por sua vez, também foi recapitalizado com fundos públicos durante a crise financeira de 2012.
Assim, pode-se argumentar que, de forma indireta, a reestruturação da dívida do Sporting, facilitada pela recuperação financeira dos bancos credores, foi suportada em parte pelo povo português, na medida em que o Estado interveio para estabilizar o setor bancário, permitindo que os bancos pudessem aceitar descontos em situações como a recompra das VMOCs.
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