Colocaram o Schmidt ao nível dos Deuses dos treinadores de futebol, jornalistas e analistas desportivos clamaram que era um revolucionário do futebol português e escreveram-se livros sobre as suas ideias e o seu modelo de jogo.
Não existe uma diferença assim tão grande entre a época passada e esta época. A principal diferença é que este ano, por exemplo, não existiram intervenções decisivas dos árbitros para evitar que o Carnide perdesse pontos. A época passada já eram uma equipa que concedia várias oportunidades de golo aos adversários. Ganharam ao Paços 3-2 na Luz num jogo em que ficou uma grande penalidade clara por assinalar a favor do Paços já na compensação. O jogo com o Vizela na Luz em que tiveram um penalti escandaloso a favor que lhes deu a vitória. Este ano não tiveram essas benesses e tiveram jogos atípicos como o jogo no Bessa que perderam e tiveram um jogador expulso assim como o jogo com o Salzburg em casa, em que mesmo que estivessem mal, se não tivessem aquela expulsão cedo, teriam ganho o jogo com tranquilidade.
Na época passada não os deixaram cair no início, levaram-nos ao colo e isso permitiu-lhes ganhar confiança. Se aqueles jogos iniciais para o campeonato, incluindo o jogo contra nós no Dragão, tivessem decorrido sem as trapaças da arbitragem, o Schmidt tinha sido demitido antes da época terminar. Foi um campeonato absolutamente escandaloso, sujo do princípio ao fim, e que teve aquela jornada do Vizela-Benfica/FCPorto-Gil Vicente como ápice da sem vergonhice e que decidiu o título.