E deixa-me que te diga, voltou na mesma forma.. Que série do *******... Literalmente.Y_Chippo disse:
As nossas séries e filmes preferidos
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Não sei se já falaram por aqui mas recomendo a mini-série Maniac do Netflix.
https://www.imdb.com/title/tt5580146/?ref_=fn_al_tt_1
Grande elenco, storyline fora do "normal" e a estética está brilhante.
Top notch!
https://www.imdb.com/title/tt5580146/?ref_=fn_al_tt_1
Grande elenco, storyline fora do "normal" e a estética está brilhante.
Top notch!
Também eukaralinda disse:
já agora, já se sabe para quando sairá?Tunes disse:Também eu
Vi ontem o trailer no Netflix e fiquei muito curioso. Acabando Suits passo para essa.Péter Lipcsei disse:
Na revista E do Expresso da semana passada falam dessa sérieSakamoto disse:
Andei a procura na net e não vi data concreta.MiguelDeco disse:
Fala-se em 2019, vamos ver. Só começaram a gravar em julho
Já agora no expresso também se falava deste filme..
Fiquei com curiosidade.
CULTURAS TORONTO 2018
BINOCHE NA FUCKBOX
High Life, ficção científica de Claire Denis, é o momento de fratura de Toronto 2018 e não haverá outro assim
TEXTO FRANCISCO FERREIRA EM TORONTO
Na história do cinema, sobretudo na dos últimos anos, são raríssimas as vezes em que pudemos dizer que, de certo filme, brotou alguma coisa de verdadeiramente novo, algo de nunca sondado, e por isso de nunca visto. High Life, o novo filme de Claire Denis, o seu primeiro rodado nos EUA, em inglês, com atores de Hollywood, projeto há muito desejado pela cineasta francesa, apareceu-nos em Toronto com um rasgo e uma fortuna que, de facto, nunca foram tentados; é filme para pegar ou largar, e com reações extremas a condizer: houve quem tivesse escrito que saiu a meio com vontade de vomitar, houve também, como a Variety, a IndieWire, ou o tão suspeito The Guardian, quem avançasse imediatamente para a obra-prima (my first five star review ever, disse ao Expresso, a propósito, um radioso Robert Pattinson).
Estamos num filme de estúdio, numa ficção científica, já se disse. Um cargueiro espacial que, ouve-se depois, é um first class suicide mission ritual no fundo, um cargueiro que é uma prisão já saiu do sistema solar em direção ao buraco negro mais próximo. Não se sabe em que ano estamos nem o porquê de tal missão e de tal ritual em tão incógnito tempo, sabe-se só que a coisa é para durar uma vida inteira. Quando o filme arranca, encontramos Monte (Pattinson) e uma bebé de um ano que nasceu a bordo e que está a começar a dar os seus primeiros passos, algures no longínquo espaço sideral. No primeiro flashback do filme, a cineasta de Beau Travail e Trouble Every Day, ela que jamais nos deu de barato os seus segredos (e aqui ainda menos), sugere que Monte terá conseguido desembaraçar-se dos seus companheiros a meio da viagem suicida. Acontece que esse flashback é um salto infernal para aquilo que Monte acabou de experimentar e de superar. Algures naquele futuro, cientistas começaram a fazer experiências sexuais no espaço com condenados à morte. Monte é um deles. Na nave, a liderar as operações, há uma médica louca com um longo cabelo de Rapunzel, Dibs (Juliette Binoche), obcecada por sexo, fluidos corporais, inseminações artificias e pela conceção de um ser humano no espaço que, de facto, é conseguida (a bebé que vimos antes é fruto dessa experiência). Aparentemente, só Dibs sabe que a viagem é um bilhete sem regresso para o abismo, a menos que a energia do buraco negro de destino tudo inverta e permita recomeçar um novo ciclo ou talvez não, porque High Life, aviso à navegação, tem uma qualidade preciosa: não é filme que se explique. Claire Denis está claramente mais interessada no que se passa a meio da viagem e na interação dos corpos do que na sua conclusão (com uma nova canção de Stuart A. Staples). O ritmo é hipnótico, dolente, ameaçador, por vezes hiperviolento, e a nave um cerco, um espaço de severo isolamento que, dentro de si, possui outro em que só o desejo selvagem conta. É uma divisão da nave em que Dibs satisfaz os seus desejos, Claire chamou-lhe a fuckbox. Dentro dela, Binoche dar-nos-á uma performance de antologia, e voltamos à mesma tecla, a uma expressão máxima de desejo e em simultâneo de desespero que, lá está, é coisa nunca vista.
Ser humano, o que significa pergunta-nos, no fundo, este filme a que Claire chamou High Life por causa da homónima música funky africana, sobretudo nigeriana, que foi a música da sua adolescência (... and it was so wild...). A meio da conversa, falámos com a cineasta de fantasmas da humanidade. Também de Deleuze, da sua ilha deserta (LÎle déserte et autres textes (1953-1974), da experiência dos encontros como momentos de fratura na vida (tão caros a Deleuze), de uma vitalidade filosófica e política. Para já, ficamos por aqui. Acabámos de ver High Life e este já é o filme que queremos rever, a todo o custo, o mais depressa possível, sabe-se lá onde (a NOS há de estreá-lo nas salas, lá mais para o fim do ano).
Outros cineastas já tentaram a sua sorte em Toronto, outros ainda virão à data em que escrevemos (o festival só acaba amanhã). Steve McQueen tentou o seu heist movie em Chicago e dá a Viola Davis um bom papel em Widows (uma das três viúvas que tentam dar um golpe para vingar a morte e pagar a dívida dos seus companheiros assaltantes), só que o thriller em si perde-se em twists, cai na confusão, fica muito longe, a anos-luz mesmo, daquela que terá sido a referência maior para McQueen: Heat, de Michael Mann. Desilusão, também, com o policial psicológico que o irlandês Neil Jordan, ele que há anos não filmava, rodou com Isabelle Huppert em Greta, ela na pele de uma húngara psicopata em Nova Iorque. Mais virá de The Fall of American Empire, do renascido Denys Arcand, do desastre que é The Death and Life of John F. Donovan, de Xavier Dolan, também, entre outros, de If Beale Street Could Talk (Barry Jenkins) e de Beautiful Boy (Felix Van Groeningen), estreias mundiais em Toronto que têm encontro marcado com os Óscares.
Fiquei com curiosidade.
CULTURAS TORONTO 2018
BINOCHE NA FUCKBOX
High Life, ficção científica de Claire Denis, é o momento de fratura de Toronto 2018 e não haverá outro assim
TEXTO FRANCISCO FERREIRA EM TORONTO
Na história do cinema, sobretudo na dos últimos anos, são raríssimas as vezes em que pudemos dizer que, de certo filme, brotou alguma coisa de verdadeiramente novo, algo de nunca sondado, e por isso de nunca visto. High Life, o novo filme de Claire Denis, o seu primeiro rodado nos EUA, em inglês, com atores de Hollywood, projeto há muito desejado pela cineasta francesa, apareceu-nos em Toronto com um rasgo e uma fortuna que, de facto, nunca foram tentados; é filme para pegar ou largar, e com reações extremas a condizer: houve quem tivesse escrito que saiu a meio com vontade de vomitar, houve também, como a Variety, a IndieWire, ou o tão suspeito The Guardian, quem avançasse imediatamente para a obra-prima (my first five star review ever, disse ao Expresso, a propósito, um radioso Robert Pattinson).
Estamos num filme de estúdio, numa ficção científica, já se disse. Um cargueiro espacial que, ouve-se depois, é um first class suicide mission ritual no fundo, um cargueiro que é uma prisão já saiu do sistema solar em direção ao buraco negro mais próximo. Não se sabe em que ano estamos nem o porquê de tal missão e de tal ritual em tão incógnito tempo, sabe-se só que a coisa é para durar uma vida inteira. Quando o filme arranca, encontramos Monte (Pattinson) e uma bebé de um ano que nasceu a bordo e que está a começar a dar os seus primeiros passos, algures no longínquo espaço sideral. No primeiro flashback do filme, a cineasta de Beau Travail e Trouble Every Day, ela que jamais nos deu de barato os seus segredos (e aqui ainda menos), sugere que Monte terá conseguido desembaraçar-se dos seus companheiros a meio da viagem suicida. Acontece que esse flashback é um salto infernal para aquilo que Monte acabou de experimentar e de superar. Algures naquele futuro, cientistas começaram a fazer experiências sexuais no espaço com condenados à morte. Monte é um deles. Na nave, a liderar as operações, há uma médica louca com um longo cabelo de Rapunzel, Dibs (Juliette Binoche), obcecada por sexo, fluidos corporais, inseminações artificias e pela conceção de um ser humano no espaço que, de facto, é conseguida (a bebé que vimos antes é fruto dessa experiência). Aparentemente, só Dibs sabe que a viagem é um bilhete sem regresso para o abismo, a menos que a energia do buraco negro de destino tudo inverta e permita recomeçar um novo ciclo ou talvez não, porque High Life, aviso à navegação, tem uma qualidade preciosa: não é filme que se explique. Claire Denis está claramente mais interessada no que se passa a meio da viagem e na interação dos corpos do que na sua conclusão (com uma nova canção de Stuart A. Staples). O ritmo é hipnótico, dolente, ameaçador, por vezes hiperviolento, e a nave um cerco, um espaço de severo isolamento que, dentro de si, possui outro em que só o desejo selvagem conta. É uma divisão da nave em que Dibs satisfaz os seus desejos, Claire chamou-lhe a fuckbox. Dentro dela, Binoche dar-nos-á uma performance de antologia, e voltamos à mesma tecla, a uma expressão máxima de desejo e em simultâneo de desespero que, lá está, é coisa nunca vista.
Ser humano, o que significa pergunta-nos, no fundo, este filme a que Claire chamou High Life por causa da homónima música funky africana, sobretudo nigeriana, que foi a música da sua adolescência (... and it was so wild...). A meio da conversa, falámos com a cineasta de fantasmas da humanidade. Também de Deleuze, da sua ilha deserta (LÎle déserte et autres textes (1953-1974), da experiência dos encontros como momentos de fratura na vida (tão caros a Deleuze), de uma vitalidade filosófica e política. Para já, ficamos por aqui. Acabámos de ver High Life e este já é o filme que queremos rever, a todo o custo, o mais depressa possível, sabe-se lá onde (a NOS há de estreá-lo nas salas, lá mais para o fim do ano).
Outros cineastas já tentaram a sua sorte em Toronto, outros ainda virão à data em que escrevemos (o festival só acaba amanhã). Steve McQueen tentou o seu heist movie em Chicago e dá a Viola Davis um bom papel em Widows (uma das três viúvas que tentam dar um golpe para vingar a morte e pagar a dívida dos seus companheiros assaltantes), só que o thriller em si perde-se em twists, cai na confusão, fica muito longe, a anos-luz mesmo, daquela que terá sido a referência maior para McQueen: Heat, de Michael Mann. Desilusão, também, com o policial psicológico que o irlandês Neil Jordan, ele que há anos não filmava, rodou com Isabelle Huppert em Greta, ela na pele de uma húngara psicopata em Nova Iorque. Mais virá de The Fall of American Empire, do renascido Denys Arcand, do desastre que é The Death and Life of John F. Donovan, de Xavier Dolan, também, entre outros, de If Beale Street Could Talk (Barry Jenkins) e de Beautiful Boy (Felix Van Groeningen), estreias mundiais em Toronto que têm encontro marcado com os Óscares.
Vi finalmente o Au revoir là-haut.. O que eu não passei para conseguir ver este filme devidamente legendado.. E a espera compensou.. Um filme dentro da tradição de algum storytelling do cinema francês, e uma justa homenagem a essa tradição. Um excelente elenco, uns figurinos exemplares, principalmente uma das personagens.. Uma banda sonora muito interessante também.
Um filme que exalta o melhor do cinema e do ser humano, numa história simples de amizade entre 2 soldados na 1a guerra mundial e as suas aventuras..
Para quem gostou do Fabuloso Destino de Amélie, Um Longo Domingo de Noivado, Delicatessen ou o Micmacs irá gostar deste também.. Certamente...
Um filme que exalta o melhor do cinema e do ser humano, numa história simples de amizade entre 2 soldados na 1a guerra mundial e as suas aventuras..
Para quem gostou do Fabuloso Destino de Amélie, Um Longo Domingo de Noivado, Delicatessen ou o Micmacs irá gostar deste também.. Certamente...
Já está disponível o Dogman...
http://www.allocine.fr/film/fichefilm_gen_cfilm=255466.html
Quem quiser apite.
http://www.allocine.fr/film/fichefilm_gen_cfilm=255466.html
Quem quiser apite.
Não conheço, mas tem bom aspectoJuary disse:
Vi ontem o Dogman e é um belo filme. Um retrato de dualismos gritantes em diversos níveis. O retrato de uma Itália que é o oposto da Itália que nos é vendida. O Homem bom vs Psicopata. Valores Morais vs Sobrevivência. A violência animalesca dos Humanos vs a serenidade dos cães. Uma sociedade que se indigna mas que não sabe o que fazer na hora da verdade. Close up inicial vs close up final.
Um filme que lembra e dignifica algumas recordações do cinema italiano neo realista bem como de algumas séries muito apreciadas por aqui, ainda que com uma outra forma de abordagem mais serena. E um excelente papel do Marcello Fonte, talvez um dos melhores papéis masculinos deste ano e que assume como ninguém o papel de desumanização que lhe é conferido neste filme (o close final do filme é na minha opinião genial).
Já agora, este marcello é muito parecido (eu pelo menos achei) com o nosso Herrera
Um filme que lembra e dignifica algumas recordações do cinema italiano neo realista bem como de algumas séries muito apreciadas por aqui, ainda que com uma outra forma de abordagem mais serena. E um excelente papel do Marcello Fonte, talvez um dos melhores papéis masculinos deste ano e que assume como ninguém o papel de desumanização que lhe é conferido neste filme (o close final do filme é na minha opinião genial).
Já agora, este marcello é muito parecido (eu pelo menos achei) com o nosso Herrera
Provavelmente já aqui se falou desta série.
Acabei de ver agora e é fenomenal.
Todo o enredo criado é espectacular, tal como a evolução das personagens. Aconselho.
The night of
https://youtu.be/PbHkfsyU-r8
https://www.imdb.com/title/tt2401256/
Acabei de ver agora e é fenomenal.
Todo o enredo criado é espectacular, tal como a evolução das personagens. Aconselho.
The night of
https://youtu.be/PbHkfsyU-r8
https://www.imdb.com/title/tt2401256/
Agora ando aqui a pensar na S07 de homeland... ver ou não ver
Qual é a duvida?Tunes disse:
Estou a pensar ver a série... outros também verão. Cuidado com os spoilers sff.Zeus disse:
não tem o mesmo encanto mas vê-se bem..Tunes disse:
Vi ontem o Jeune Femme, o primeiro filme de Léonor Serraille.. Com uma Laetitia Dosch num nível altíssimo (uma evolução brilhante ao longo de todo o filme, mesmo esteticamente). Um pouco à semelhança do filme de ontem, um processo de desconstrução de um ser humano e a sua tentativa de reformulação num contexto diferente, com os problemas inerentes a tal situação.
Uma fotografia belíssima e uma Paris diferente e uma excelente banda sonora fazem deste filme uma excelente surpresa. Cruel muita das vezes, mas a vida muita das vezes não passa disso mesmo. Conseguirá Paula fugir ao destino?
Uma fotografia belíssima e uma Paris diferente e uma excelente banda sonora fazem deste filme uma excelente surpresa. Cruel muita das vezes, mas a vida muita das vezes não passa disso mesmo. Conseguirá Paula fugir ao destino?