Fez ainda outra coisa que exigia coragem e pulso firme: o protocolo com os Super Dragões.Percebia-se, desde a altura da sua candidatura, que a inteligência e a sabedoria e a classe sempre esteviram lá. Depois de um arranque desportivamente tenebroso, com algumas atenuantes pelo meio, mas com a decisão acertadíssima na parte financeira, entrou no segundo ano só com boas decisões, um grande, grande mercado e a escolha em cheio do treinador a confirmar, finalmente, tudo aquilo que quem votou nele sempre soube: vai ser um grande presidente. Está a ser um grande presidente.
E digo isto agora quando ainda nem a meio da época vamos, podendo no final da mesma não ganharmos nada de relevante como o ano passado. Mas do que se tem visto este ano só não ganhamos o título se houver marosca da grossa ou se a equipa entrar numa espiral de azares muito grande tal é a superioridade mostrada em relação aos adversários, rivais incluídos.
Se AVB tiver os tais 12 anos de presidência não tenho dúvidas absolutamente nenhumas que irá acabar esse ciclo com Porto novamente na liderança do futebol português, desportiva e financeiramente falando, com muitos títulos e muitas memórias de alegria e de noites como esta.
Este ano é só o início depois da aprendizagem da época passada. Como nota final, Farioli era a escolha antes de VB mas que não foi possível porque o mesmo já estaria certo no Ajax e o Porto não tinha dinheiro na altura.
No que podia (e estava a ser) um foco de desordem e de conflito, o André soube juntar as partes envolvidas e chegar a um consenso em prol do clube.
E se Farioli já era o desejado para o primeiro ano, podemos dizer que se calhar correu tudo mal no seu primeiro ano porque talvez não houvessem condições para fazer melhor.