Nunca perceberei as campanhas de ódio ao Ruben Neves e André Silva.
A única explicação que encontro é serem tentativas de defender a má gestão da SAD.
Porque serem Portugueses, formados no clube, não vejo como possam ser características que causem tamanhas dores.
O rapaz foi lançado a titular no seu primeiro ano de sénior com o Nes a treinador.
O Nes obrigava-o a fazer 3 ou 4 posições por jogo. Ele tinha de ir atrás dos adversários até ao meio-campo, ir às faixas, lutar por todo o lado e ainda ter capacidade de chegar à área lutar com os centrais, ter discernimento e finalizar.
Foi espremido até ao tutano, não tinha descanso, nem teve reconhecimento.
No seu primeiro ano de sénior.
E mesmo assim marcou 20 golos!
Foi parar ao irreconhecível Milan onde tinha um treinador que declaradamente não gostava dele ou não o queria.
Foi o marcador da Liga Europa e ainda fez 10 golos, sendo ostracizado.
Primeiro jogo em Sevilha e é o primeiro jogador a fazer hat-trick na estreia da LA Liga no sec XXI.
Entretanto marcou também 9 golos em 10 jogos na qualificação para o Mundial de selecções.
Sem ser lampião.
Tem 22 anos ainda.
E ele tal como Ruben Neves deviam ter sido os inegociáveis da reformulação que ainda hoje não existe.
Bandeiras do presente e futuro.
Neles se devia ter apostado.
Têm futebol e terão rentabilidade.
São Portistas, formados aqui, exemplos.
Características que não têm valor monetário.
É uma tremenda mágoa que carrego por terem sido as vítimas fáceis da incompetência de outros, saíram pelas traseiras, ainda tentaram ser achincalhados.
Os dois melhores jogadores que formamos nos últimos largos anos.
Desculpem o desabafo.
Que eles tenham a sorte que merecem e a oportunidade de desenvolver-se e materializar o seu talento.
Ambos conseguiram destacar-se ao fim do primeiro jogo nas duas melhores ligas do mundo.
Na Premier e na LA Liga.
E sem carregarem a camisa de nenhum dos mais fortes.
Grandes.
Muito orgulho neles!
São dos nossos.
E deviam estar connosco.