Bem, algumas horas depois da notícia oficial vou também eu partilhar algumas palavras sobre a partida do nosso querido Quintana.
Estes últimos dias têm sido iguais aos de muitos dos colegas daqui do fórum...adormecer a ler sobre o Quintana e acordar à procura de ler novidades sobre o seu estado.
Eu sabia como ele estava mas mesmo assim, mesmo que de forma completamente irracional, queria acreditar que era possível devolvê-lo à vida. Não ao andebol, não aos portistas, mas à família, aos seus amigos pessoais, à sua esposa e à pessoa que mais precisava, a pequena Alicia que era a luz da vida dele (como todos os filhos são para os pais).
Hoje, tive de sair de casa por volta das 11h, as notícias oficiais eram as mesmas dos últimos dias. Ao regressar a casa por volta das 14h, e porque tenho a sorte de morar perto do Dragão, vinha de carro a descer a Alameda do Dragão e dou de caras com a foto do Quintana nas ecrãs gigantes do estádio, 1988-2021, bandeira a meia haste...fiquei sem sangue.
Abrandei, quase parei...segui, estacionei e voltei para dar uma volta a pé ao Dragão passando depois pelo Arena, o local onde tantas alegrias nos deu mas também onde viria a falecer (para mim ele ficou lá...para o hospital foi pouco mais do que o corpo dele).
Não quero partilhar quais as sensações que senti ao passar por ali. Acredito que sejam do momento, mas espero, muito honestamente, não voltar a senti-las.
Quis "alguém" que a notícia oficial tenha sido dada num dia que me traz sentimentos totalmente díspares, primeiro porque é o dia de aniversário de alguém que me diz muito, mas também porque é o dia em que, faz 2 anos, faleceu um dos grandes amores da minha vida, a minha avó.
Quintana nunca será esquecido, no meu caso ainda mais.
Uma palavra final para algumas palavras que li, entre elas as do Águas Santas e do Iturriza...brutais, tão simples mas tão difíceis de aguentar...até mesmo para os mais fortes.
Querido Quintana, até sempre.