E a que deve esse fenómeno? Btw, tiro o pml daquela lista porque esse tipo nem espinha tem, anda conforme o vento e os almoços
Nas últimas décadas, a direita política em muitos países ocidentais foi-se deslocando para posições mais radicais, tanto no discurso como nas ideias que defende. Isso nota-se, por exemplo, no crescimento da retórica populista, nacionalista e anti-imigração, assim como numa maior rejeição de certos princípios democráticos liberais que, durante muito tempo, eram partilhados pelos partidos de centro-direita.
Ao contrário da direita tradicional — que valorizava a estabilidade das instituições, o mercado livre e valores conservadores dentro de um quadro democrático — muitos partidos mais recentes têm seguido caminhos mais polarizadores, com discursos contra as elites e atitudes abertamente hostis a minorias, à comunicação social e a organismos internacionais. Vês diariamente esse tipo de discurso aqui.
Partes da direita mais populista têm adotado um discurso mais direto, emocional e centrado em mensagens simples, muitas vezes com apelo identitário e nacionalista, anti-minorias. Esse tipo de comunicação tende a ser eficaz em contextos de descontentamento, insegurança ou desconfiança em relação às elites políticas e às instituições — situações em que parte da população procura respostas rápidas e claras. E isso não agrada a gajos com o Jonet, o Pacheco Pereira ou o Pedro Mexia, por exemplo.