Isso é diferente e é o chamado "confundir a humanidade com a política".
O direito ao respeito é universal, independente de sexos, credos e orientações.
São direitos humanos e dos cidadãos.
Não precisas de "bichas unidas" nem de "heteros unidos".
Não precisas de mais fracções sociais.
Sim de consciencializar.
Quanto ao bullying escolar é uma questão pertinente e ages old. Se não for por aí é porque é gordo, é porque é magro, é porque é baixo, alto, nerd, retraído, calado etc.
Na adolescência vão sempre encontrar motivos para chatear.
É uma fase complexa, que necessita de bom acompanhamento dos pais, reforço, criação de uma certa imunidade psicológica, integração com as pessoas que vêm para lá das superficialidades da idade etc.
Quando este é violento já é outra coisa, e os responsáveis têm, por jovens que sejam, que ser responsabilizados e corrigidos.
Até porque legalmente já temos bastantes diplomas que asseguram a igualdade plena entre pessoas de orientações sexuais diferentes.
Reconheço porém que os mecanismos de coação para sancionar crimes de ódio não funcionam propriamente...
No entanto, existe aqui um grave problema entre aquilo que é a moral e aquilo que é a lei.
O Estado não deve tutelar a moral dos cidadãos. Quer isto dizer que nada pode fazer quanto a putos estúpidos e malcriados que importunam crianças, nem em relação a gente tacanha que simplesmente não gosta de homossexuais (tal como existe pessoal que não gosta de gente hetero).
A quem cabe isso? Aos indivíduos. As pessoas devem lutar pela mudança de mentalidades, e devem fazer valer aquilo que consideram ser o ponto de vista correto. Tal só pode ser alcançado se não se criarem bolhas de isolamento - o pessoal "hetero", o pessoal "gay", o pessoal de "esquerda", o pessoal de "direita", "cis", "trans", "branco", "preto", etc.
Donde me custar imenso ver agentes políticos a levantar bandeiras, porquanto o fazem por mera estratégia eleitoral. Um político, caso queira, p.e., participar em causas, deve fazê-lo através de associações / fundações / movimentos ad hoc.
Não obstante, o que acontece é levarem as bandeirinhas dos partidos para greves, para marchas, para comemorações, etc. - e todos fazem isto.