Actualidade Nacional

Mike_Walsh

Tribuna
4 Janeiro 2024
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Meu caro amigo, o não é não só desapareceu da campanha para aqueles que não a acompanharam, não ouviram ou quiseram não ouvir. O Montenegro repetiu-o várias vezes.



O não é não consiste num acordo de governo, ou seja, o Chega em hipótese alguma integrará um governo AD.



O que acontecerá será o seguinte: a AD negociará com todos os partidos, nomeadamente em relação ao OE, que o ministro admite negociar "medida a medida". Isso não viola o não é não.
O que é para ti um "acordo político de governação"?
 

Manageiro de futból

Tribuna Presidencial
25 Julho 2007
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Esmoriz
Mas quem rejeitou o PS? Que coisa.

O PS aproveitou, durante a maioria absoluta, a iniciativa do Chega para revisão constitucional, chegando inclusive a negociar com ele. Ninguém levantou um ai.

Claro que haverá consideração pelo PS na revisão constitucional.

Com a saída do PNS, o PS tem de ser responsável e viabilizar o governo. Não é só deixar passar: é deixar efetivamente governar.
Na última revisão constitucional não havia 2/3 do parlamento à direita.

Mas calma,
só disse que estava curioso se o PSD vai governar mais à direita (segurança, imigração) ou mais ao centro (estado social, investimento público).

O PS, como qualquer partido, tem que estrategicamente actuar conforme lhe for mais benéfico. Votar contra a moção de confiança foi um enorme tiro no pé, como falamos várias vezes mas isso não quer dizer que deve deixar o governo efectivamente governar deixando ao CH o privilégio de ser o único espaço de descontentamento.
 
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bluemonday

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4 Maio 2024
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  • Reinaldo Teles
  • José Maria Pedroto
Acho que antes de criar papões "AD-CHEGA-IL", devem esperar que haja efetivamente um governo.

Numa revisão constitucional, é normal que existam negociações entre todos os partidos, especialmente nas comissões. O Expresso tem tentado fazer campanha, mas só apanha os desprevenidos.

Tal como negociações em âmbito de projetos / propostas de lei não significa uma cedência à agenda da extrema-direita, até porque nem tudo na agenda do Chega é social / cultural.

Qual é mesmo o problema de, por exemplo, o governo aceitar acabar com certas portagens em troca da viabilização do Chega de uma proposta moderada do governo no domínio do controlo da imigração?

Agora, nada disso será necessário caso o PS demonstre humildade, admita que é a terceira força política e que pare, em nome da democracia, com taticismos políticos que visam a sua chegada ao poder. Não acontecerá tão cedo, a não ser que o Montenegro dê um enorme tiro no pé.
 

bluemonday

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  • Reinaldo Teles
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O David Dinis não era do Observador e muito de Direita?
Sim, e hoje em dia critica o Observador e chama-os de guarda pretoriana do governo (sim, um diretor de um jornal faz isso aos seus colegas de profissão).

O Durão também foi do MRPP. O Basílio foi do CDS. O Freitas entrou num governo Sócrates. O Sócrates foi da JSD.
 
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bluemonday

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4 Maio 2024
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  • Reinaldo Teles
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O que é para ti um "acordo político de governação"?
Uma Geringonça é um acordo político de governação. O PS adotou agendas e medidas do BE e do PCP em troca de suporte. Os dois partidos só não foram para o governo porque não quiseram.

Estás a dizer que o governo vai fazer uma Geringonça com o Chega?

Ah, e coisas do tipo "viabilizamos o governo se o mesmo pensar mais na questão da imigração" não é um acordo. Agora, se obrigar o governo a fazer x, y e z em relação à imigração, a história é diferente.

De todo o modo, o não é não só se referia à entrada do Chega num governo, que era o que acusavam o Rio de querer fazer e o que perguntaram incessantemente ao Montenegro.
 

Edgar Siska

Presidente da Associação Ódio Eterno ao Panelas
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Ao pé da praia
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Nope.
Not a single fucking idea . :D

E o google não ajudou.
O PRD juntou-se para a VII Convenção Nacional do partido no qual foi decidido extinguir de facto o PRD alterando o partido para PNR (agora Ergue-te).
História cómica, um partido centrista, com uma ligeira inclinação à social democracia (PS moderno não nunista) foi raiz de um partido extremista de laivos neo-nazis e neo-fachos.
 

Manageiro de futból

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25 Julho 2007
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Esmoriz
Acho que antes de criar papões "AD-CHEGA-IL", devem esperar que haja efetivamente um governo.

Numa revisão constitucional, é normal que existam negociações entre todos os partidos, especialmente nas comissões. O Expresso tem tentado fazer campanha, mas só apanha os desprevenidos.

Tal como negociações em âmbito de projetos / propostas de lei não significa uma cedência à agenda da extrema-direita, até porque nem tudo na agenda do Chega é social / cultural.

Qual é mesmo o problema de, por exemplo, o governo aceitar acabar com certas portagens em troca da viabilização do Chega de uma proposta moderada do governo no domínio do controlo da imigração?

Agora, nada disso será necessário caso o PS demonstre humildade, admita que é a terceira força política e que pare, em nome da democracia, com taticismos políticos que visam a sua chegada ao poder. Não acontecerá tão cedo, a não ser que o Montenegro dê um enorme tiro no pé.
Penso que a razão é bastante evidente.

Imagina o nível do discurso político daqui a uns anos, com a população cada vez mais descontente. Um governo da AD apoiado implicitamente pelo PS, com o Chega como única oposição visível, seria o cenário perfeito para o crescimento desse discurso populista. Seria como uma incubadora: o Chega nem teria de fazer grande coisa — bastava aproveitar a maré e dizer “foram estes senhores que levaram o país a este ponto; agora é a nossa vez”.


Uma coisa é fazer esse tipo de campanha como terceira força política, com 10% dos votos em relação aos outros. Outra, bem diferente, é fazê-lo já como segunda força nacional, com legitimidade popular crescente e espaço para disputar o poder real.
 

Cheue

12 Maio 2016
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Acho que antes de criar papões "AD-CHEGA-IL", devem esperar que haja efetivamente um governo.

Numa revisão constitucional, é normal que existam negociações entre todos os partidos, especialmente nas comissões. O Expresso tem tentado fazer campanha, mas só apanha os desprevenidos.

Tal como negociações em âmbito de projetos / propostas de lei não significa uma cedência à agenda da extrema-direita, até porque nem tudo na agenda do Chega é social / cultural.

Qual é mesmo o problema de, por exemplo, o governo aceitar acabar com certas portagens em troca da viabilização do Chega de uma proposta moderada do governo no domínio do controlo da imigração?

Agora, nada disso será necessário caso o PS demonstre humildade, admita que é a terceira força política e que pare, em nome da democracia, com taticismos políticos que visam a sua chegada ao poder. Não acontecerá tão cedo, a não ser que o Montenegro dê um enorme tiro no pé.
se aprovarem medidas com o Chega também podem passar orçamentos com o Chega.
 

bluemonday

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Gostava também de deixar claro que esta foi a derrota mais sonante da história do PS.

Sim, o Topo Gigio e o Almeida Santos tiveram resultados eleitorais abaixo em termos de votos e de número de deputados (em parlamentos com 250, até).

No entanto, ficaram em 2.° na mesma. O PS de 2025 perdeu (perderá) o estatuto de líder da oposição, o que é bastante pior no que concerne à parte política, entendimento partilhado por diversos socialistas.
 

Mike_Walsh

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Uma Geringonça é um acordo político de governação. O PS adotou agendas e medidas do BE e do PCP em troca de suporte. Os dois partidos só não foram para o governo porque não quiseram.

Estás a dizer que o governo vai fazer uma Geringonça com o Chega?

Ah, e coisas do tipo "viabilizamos o governo se o mesmo pensar mais na questão da imigração" não é um acordo. Agora, se obrigar o governo a fazer x, y e z em relação à imigração, a história é diferente.

De todo o modo, o não é não só se referia à entrada do Chega num governo, que era o que acusavam o Rio de querer fazer e o que perguntaram incessantemente ao Montenegro.
Um acordo político de governação é um entendimento entre partidos com vista à governação do país por parte de um desses Partidos com o apoio do outro. Que é exactamente o que o PSD já admitiu que poderá fazer com o Chega e que o Montenegro sempre garantiu que não faria.
Não tem nada a ver com coligações ou entradas no Governo.
 

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Penso que a razão é bastante evidente.

Imagina o nível do discurso político daqui a uns anos, com a população cada vez mais descontente. Um governo da AD apoiado implicitamente pelo PS, com o Chega como única oposição visível, seria o cenário perfeito para o crescimento desse discurso populista. Seria como uma incubadora: o Chega nem teria de fazer grande coisa — bastava aproveitar a maré e dizer “foram estes senhores que levaram o país a este ponto; agora é a nossa vez”.


Uma coisa é fazer esse tipo de campanha como terceira força política, com 10% dos votos em relação aos outros. Outra, bem diferente, é fazê-lo já como segunda força nacional, com legitimidade popular crescente e espaço para disputar o poder real.
O PS não será mais a segunda força política em termos parlamentares. Para se reconstruir e em nome da democracia, precisará de ceder bastante ao governo da AD.

O que não significa que essas cedências constituam um bloco central. Marcelo e Guterres não formaram um bloco central. Até o Passos negociou com o governo do Sócrates.

O PS poderá e deverá fazer oposição, também tendo o governo da AD o dever de ceder em certas matérias. Agora, não pode acontecer como o ano passado: o PS não pode exigir nada, por exemplo, em matéria de IRS jovem, IRS e IRC, como fez o ano passado, especialmente se a diferença entre as duas propostas for de 1%.
 
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Um acordo político de governação é um entendimento entre partidos. Que é exactamente o que o PSD já admitiu que poderá fazer com o Chega e que o Montenegro sempre garantiu que não faria.
Não tem nada a ver com coligações ou entradas no Governo.
Podes interpretar o que quiseres, o Montenegro sempre falou em relação à entrada do governo do Chega. TODOS os partidos negoceiam entre si. O PS negociou com o Chega, especialmente na oposição.

O PSD não precisará do Chega para nada caso o PS seja responsável.