Eu lamento a dor dos familiares, e obviamente lamento a morte da vítima. Seria hipócrita se dissesse que afeta sobremaneira, uma vez que esse senhor provocou a morte a muita gente, simplesmente por dinheiro - um mero funcionário não possui um património de 43 milhões de dólares.
O rapaz ainda respira, mas praticamente morreu a partir do momento em que a coluna se lesionou. Recusam tratamento a tantas pessoas por qual motivo?
Claro que o assassinato foi inútil, afinal provocou mais sofrimento no fim das contas. Não valeu de nada; o sujeito deve ser punido em conformidade, não há anarquia e a ordem jurídica serve para alguma coisa.
O que é curioso é ver reações mais fortes e insensíveis à morte do Pedro Guerra do que à morte do CEO. É uma coisa fenomenal.
De todo o modo, sobre o outro tópico: o mal que me fazem é indiferente, não iria vingar-me de alguém por causa disso.
Outra questão seria lesar uma pessoa querida, nomeadamente matando, violando, roubando (na sua definição jurídica, i.e., com violência), etc.
Nesses casos, meu amigo, não teria amarras. Não descansaria sem matar o cabrão. Não é uma contradição: posso ser contra a pena de morte, defender o primado da ordem jurídica e querer vingar-me. A parte racional não entra num conflito tão severo com a parte emocional.
Se eu fizesse tal coisa, aceitaria sem reservas as consequências. Prisão, morte, o que fosse.