Actualidade Internacional

Panda Azul e Branco

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14 Janeiro 2025
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Para muitos não sei, porque o estado israelita, e antes do estado a comunidade judaica, é muito mal vista por muita gente.

De qualquer forma não é o meu caso, Eu não confio em nenhum.
Não tenho nada contra a comunidade judaica. A comunidade judaica e o estado de Israel são coisas bem diferentes. Há muitos judeus que não gostam nem um bocadinho do estado de Israel.
 
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SUPERMLY

Tribuna Presidencial
14 Setembro 2017
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A China faz coisas malignas a alguns dos seus cidadãos (ao que parece, que eu nunca vi nenhum praticante de Falun Gong a ser executado, nem órgãos a serem-lhe retirados, mas admito perfeitamente que assim seja)... é uma entidade maligna.
Israel faz coisas malignas a pessoas de uma região contígua a Israel (que não é país porque Israel não deixa), coisas cujos resultados eu vejo todos os dias nas tvs e na internet (largas dezenas de milhar de civis mortos, essencialmente mulheres e crianças, cujas imagens de horror são mais que muitas, fora Gaza em escombros), e para muitos que se horrorizam com as maldades da China... Israel é uma entidade benigna.
O que é que eu tenho a dizer a gente assim? - Vão-se Foder Grandes Hipócritas de Merda.
Para de mentir.
Os árabes não têm um país porque não quiseram.
O problema nunca foi esse esse.
Foi lhes dado 2x a possibilidade de um Estado.
A primeira era só assinar um papel.

Os termos é que não eram aqueles que árabes queriam.
Uma mentira dita muitas vezes não se torna verdade.
Há documentos, há resoluções.
Se querem defender os árabes, tudo bem mas falem de factos!
 
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14 Janeiro 2025
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Para de mentir.
Os árabes não têm um país porque não quiseram.
O problema nunca foi esse esse.
Foi lhes dado 2x a possibilidade de um Estado.
A primeira era só assinar um papel.

Os termos é que não eram aqueles que árabes queriam.
Uma mentira dita muitas vezes não se torna verdade.
Há documentos, há resoluções.
Se querem defender os árabes, tudo bem mas falem de factos!
Para de mentir tu.
Falas de factos fictícios. Foram sempre os israelitas que quebraram todos os acordos. Arranjaram sempre alterações de última hora ao que estava acordado para obrigarem os negociadores do lado palestiniano a, obviamente, recusarem os acordos alterados de forma pusilânime. Foi sempre essa a postura dos israelitas. Aparentemente dispostos a chegarem a acordo mas a arranjarem sempre subterfúgios maldosos para obrigarem a outra parte a ter de dizer que não. Maquiavelismo puro dos negociadores israelitas sempre que negociaram com os palestinianos. Afinal sabes muito pouco do assunto.
 

SUPERMLY

Tribuna Presidencial
14 Setembro 2017
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Para de mentir tu.
Falas de factos fictícios. Foram sempre os israelitas que quebraram todos os acordos. Arranjaram sempre alterações de última hora ao que estava acordado para obrigarem os negociadores do lado palestiniano a, obviamente, recusarem os acordos alterados de forma pusilânime. Foi sempre essa a postura dos israelitas. Aparentemente dispostos a chegarem a acordo mas a arranjarem sempre subterfúgios maldosos para obrigarem a outra parte a ter de dizer que não. Maquiavelismo puro dos negociadores israelitas sempre que negociaram com os palestinianos. Afinal sabes muito pouco do assunto.
Oh mentiroso conheces a Resolução 181 votada na UN?
Todos os.membros permanentes( vencedores da II.Guerra) votaram a favor da Partilha.
Os árabes nunca assinaram.

www.bbc.com/portuguese/internacional-57147042.amp

Vou te passar um excerto para que não haja problemas de interpretação.

"O Reino Unido delegou o problema à ONU, que em 1947 propôs dividir a Palestina em dois Estados, um judeu e um árabe, com a área de Jerusalém-Belém sendo uma cidade internacional. O plano foi aceito pela liderança judaica da Palestina, mas rejeitado pelos líderes árabes.
A liderança judaica na Palestina declarou a criação do Estado de Israel em 14 de maio de 1948, momento em que o mandato britânico acabou, ainda que sem o anúncio das fronteiras demarcadas.
No dia seguinte, Israel foi invadido por cinco Exércitos árabes, marcando o início da Guerra da Independência de Israel. "

Os árabes REJEITARAM!!!
 

Panda Azul e Branco

Bancada central
14 Janeiro 2025
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Oh mentiroso conheces a Resolução 181 votada na UN?
Todos os.membros permanentes( vencedores da II.Guerra) votaram a favor da Partilha.
Os árabes nunca assinaram.

www.bbc.com/portuguese/internacional-57147042.amp

Vou te passar um excerto para que não haja problemas de interpretação.

"O Reino Unido delegou o problema à ONU, que em 1947 propôs dividir a Palestina em dois Estados, um judeu e um árabe, com a área de Jerusalém-Belém sendo uma cidade internacional. O plano foi aceito pela liderança judaica da Palestina, mas rejeitado pelos líderes árabes.
A liderança judaica na Palestina declarou a criação do Estado de Israel em 14 de maio de 1948, momento em que o mandato britânico acabou, ainda que sem o anúncio das fronteiras demarcadas.
No dia seguinte, Israel foi invadido por cinco Exércitos árabes, marcando o início da Guerra da Independência de Israel. "

Os árabes REJEITARAM!!!
Em primeiro lugar, não me chamas mentiroso que não to admito. Não sabes esgrimir argumentos e vais sempre pela via da ofensa pessoal. Se és tasqueiro, vai lá pro tasco trocar insultos com gente da tua igualha. E tens uma queda inata para a mistificação simplista em tudo o que afirmas.

O plano, a tão famosa resolução 181 da ONU, ultrajante para os palestinianos, obviamente foi rejeitado pelos líderes árabes. Era um autêntico roubo às claras aos nativos árabes para dar de mão beijada a maior parte do território (e a parte mais fértil) à minoria de imigrantes judeus.
A dimensão e o ultraje do roubo são fáceis de perceber para qualquer um (talvez não para ti que és fanboy sionista ainda mais sionista que os próprios): a uma população de cerca de 30% de imigrantes judeus sionistas que detinham legalmente apenas pouco mais de 3% do território, foi atribuído bem mais de 50% do território da Palestina.
Aos árabes nativos habitualmente designados por palestinianos ou
palestinos, que eram a esmagadora maioria da população e que detinham legalmente a esmagadora maioria das propriedades, que é como dizer do território, foi atribuído pouco mais de 40% do território da Palestina. Obviamente que os árabes nativos não podiam aceitar um roubo desta dimensão. Obviamente que os imigrantes judeus que não detinham quase terras nenhumas (apenas 3 e pouco por %), aceitaram exultantes esta “dádiva” de 50% ou mais de território roubado aos árabes nativos.

PS O lobby sionista fartou-se de chantagear e pressionar com futuras vantagens as diferentes delegações dos países votantes, em reuniões bilaterais secretas e ilegítimas, conseguindo a mudança do sentido de voto de muitas delas no sentido que lhe convinha. Foi assim que ganharam a votação, de um plano que mais não foi do que a instituição do roubo em grande dimensão, de terras aos seus legítimos proprietários árabes nativos para as dar aos imigrantes judeus sionistas. Uma das maiores vergonhas da política mundial do século XX, com a chancela da ONU.
 
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SUPERMLY

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Em primeiro lugar, não me chamas mentiroso que não to admito. Não sabes esgrimir argumentos e vais sempre pela via da ofensa pessoal. Se és tasqueiro, vai lá pro tasco trocar insultos com gente da tua igualha. E tens uma queda inata para a mistificação simplista em tudo o que afirmas.

O plano, a tão famosa resolução 181 da ONU, ultrajante para os palestinianos, obviamente foi rejeitado pelos líderes árabes. Era um autêntico roubo às claras aos nativos árabes para dar de mão beijada a maior parte do território (e a parte mais fértil) à minoria de imigrantes judeus.
A dimensão e o ultraje do roubo são fáceis de perceber para qualquer um (talvez não para ti que és fanboy sionista ainda mais sionista que os próprios): a uma população de cerca de 30% de imigrantes judeus sionistas que detinham legalmente apenas pouco mais de 3% do território, foi atribuído bem mais de 50% do território da Palestina.
Aos árabes nativos habitualmente designados por palestinianos ou
palestinos, que eram a esmagadora maioria da população e que detinham legalmente a esmagadora maioria das propriedades, que é como dizer do território, foi atribuído pouco mais de 40% do território da Palestina. Obviamente que os árabes nativos não podiam aceitar um roubo desta dimensão. Obviamente que os imigrantes judeus que não detinham quase terras nenhumas (apenas 3 e pouco por %), aceitaram exultantes esta “dádiva” de 50% ou mais de território roubado aos árabes nativos.

PS O lobby sionista fartou-se de chantagear e pressionar com futuras vantagens as diferentes delegações dos países votantes, em reuniões bilaterais secretas e ilegítimas, conseguindo a mudança do sentido de voto de muitas delas no sentido que lhe convinha. Foi assim que ganharam a votação, de um plano que mais não foi do que a instituição do roubo em grande dimensão, de terras aos seus legítimos proprietários árabes nativos para as dar aos imigrantes judeus sionistas. Uma das maiores vergonhas da política mundial do século XX, com a chancela da ONU.
Ultrajante?
Para árabes que colaboraram activamente com o regime Nazi, onde o seu guia espiritual Al Husayni era íntimo de Hitler, onde participaram activamente em atrocidades através das Wafen SS ( havia uma unidade composta por árabes da Palestina)?
O acordo era um mimo! Afinal os árabes apostaram tudo nos nazis e perderam.

Outra mentira era que o território era deles.
Nunca foi!
Foi durante 500 anos dos otomanos( onde os árabes eram escravos) e após a I Guerra foi dos ingleses.
Portanto os ingleses tinham o direito legal de fazer com o território o que bem quisessem ainda para mais sabendo que os árabes eram aliados de Hitler.
Cederam no à UN para a UN fazer o que achasse melhor.
E a UN decidiu pela partilha que não foi respeitada por um dos lados.
No que me diz respeito os árabes da Palestina foram um dos aliados do Estado Nazi que passaram incólumes mas se acompanhares a História tem definhado desde então.

Os árabes terão SEMPRE a marca de estarem associados à escória da Humanidade( Alemanha Nazi) e nem tu nem os muslims lovers aqui comseguirão apagar.

Agora é só a retribuição
 
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MiguelDeco

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Manageiro de futból

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Ultrajante?
Para árabes que colaboraram activamente com o regime Nazi, onde o seu guia espiritual Al Husayni era íntimo de Hitler, onde participaram activamente em atrocidades através das Wafen SS ( havia uma unidade composta por árabes da Palestina)?
O acordo era um mimo! Afinal os árabes apostaram tudo nos nazis e perderam.

Outra mentira era que o território era deles.
Nunca foi!
Foi durante 500 anos dos otomanos( onde os árabes eram escravos) e após a I Guerra foi dos ingleses.
Portanto os ingleses tinham o direito legal de fazer com o território o que bem quisessem ainda para mais sabendo que os árabes eram aliados de Hitler.
Cederam no à UN para a UN fazer o que achasse melhor.
E a UN decidiu pela partilha que não foi respeitada por um dos lados.
No que me diz respeito os árabes da Palestina foram um dos aliados do Estado Nazi que passaram incólumes mas se acompanhares a História tem definhado desde então.

Os árabes terão SEMPRE a marca de estarem associados à escória da Humanidade( Alemanha Nazi) e nem tu nem os muslims lovers aqui comseguirão apagar.

Agora é só a retribuição
O acordo não foi aceite porque 70% da população ia ficar com 40% do território.

Aliás, neste momento, a Palestina tem cerca de metade do território inicialmente atribuído pela ONU. E tu ainda vem falar que agora, neste momento, actualmente. é a retribuição? É A retribuição de quê? De um acordo que já era injusto à partida? Da perda sistemática de território nas décadas seguintes?

A tua visão sobre esta matéria é incrivelmente enviesada.
 

Panda Azul e Branco

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Ultrajante?
Para árabes que colaboraram activamente com o regime Nazi, onde o seu guia espiritual Al Husayni era íntimo de Hitler, onde participaram activamente em atrocidades através das Wafen SS ( havia uma unidade composta por árabes da Palestina)?
O acordo era um mimo! Afinal os árabes apostaram tudo nos nazis e perderam.

Outra mentira era que o território era deles.
Nunca foi!
Foi durante 500 anos dos otomanos( onde os árabes eram escravos) e após a I Guerra foi dos ingleses.
Portanto os ingleses tinham o direito legal de fazer com o território o que bem quisessem ainda para mais sabendo que os árabes eram aliados de Hitler.
Cederam no à UN para a UN fazer o que achasse melhor.
E a UN decidiu pela partilha que não foi respeitada por um dos lados.
No que me diz respeito os árabes da Palestina foram um dos aliados do Estado Nazi que passaram incólumes mas se acompanhares a História tem definhado desde então.

Os árabes terão SEMPRE a marca de estarem associados à escória da Humanidade( Alemanha Nazi) e nem tu nem os muslims lovers aqui comseguirão apagar.

Agora é só a retribuição
Agora não tenho tempo nem disposição (preciso de dormir alguma coisa) para aturar a tua argumentação simplista (que toma a parte pelo todo constantemente, com laivos de sectarismo feroz) mas amanhã vou rebater ponto por ponto esse teu arrazoado cheio de confusões simplistas, podes crer. Vou desmantelar a tua “argumentação” de ponta a ponta.
 

Ruben1893

Neste clube,é impossível pensar que não é possível
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O Irão é um estado terrorista porque ataca civis inocentes em hospitais e nas suas casas.

Isto é dito em comunicações oficiais israelitas. É incrível a facilidade com que se manipulam as massas no chamado mundo ocidental.
Tinha túneis debaixo do hospital e o mesmo estava a ser usado para atacar o Irão

É assim que funciona quando fazem o mesmo em Gaza
 
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Edgar Siska

Presidente da Associação Ódio Eterno ao Panelas
9 Julho 2016
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Ao pé da praia
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Verdade que foi condenado, mas depois essa condenação foi anulada.
Não estou a dizer que era inocente atenção, acho que sabemos mais que isso do caso Irão-Contras.
O North esteve sobretudo envolvido na parte da reversão dos lucros na ajuda aos Contras contra os Sandinistas na Nicarágua.
 

SUPERMLY

Tribuna Presidencial
14 Setembro 2017
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O acordo não foi aceite porque 70% da população ia ficar com 40% do território.

Aliás, neste momento, a Palestina tem cerca de metade do território inicialmente atribuído pela ONU. E tu ainda vem falar que agora, neste momento, actualmente. é a retribuição? É A retribuição de quê? De um acordo que já era injusto à partida? Da perda sistemática de território nas décadas seguintes?

A tua visão sobre esta matéria é incrivelmente enviesada.
45%
Não é caso único em acordos de paz certas facções ficarem com território desproporcional a sua população.
Na Bósnia os bósnios servios eram na altura 34% e ficaram com 49% do território.

Tu estás a olhar para a situação numa perspectiva equitativa.
Eu olho para a situação de forma geopolítica.
Então os árabes estavam aliados a Alemanha Nazi que sofreu uma derrota total e os vencedores iam dar um acordo que fosse totalmente ao encontro do árabes?
Todos os perdedores passaram por processos de reeducação social e ideológica determinados pelos vencedores e os árabes iriam determinar seja o que for num território britânico?
Parece me lógico que a luz do que aconteceu que isso nunca ia ser ponto de concordância.
45% era um acordo fenomenal no que geopolítica diz respeito.

A perda de território posterior foi devido a guerras iniciadas pelos árabes.

A retribuição de que falo é que os árabes passaram pelos os pingos da chuva e não sofreram as consequências dos seus aliados.
Mas os vencedores não se esqueceram.
Como tal hoje Israel com um regime muito mais agressivo faz o que faz e o Ocidente olha para o lado.
Isto não é nos dias de hoje os árabes evocarem a Carta das Nações Unidas quando 76 anos cagaram na UN e iniciaram guerras.

Ao fim ao cabo todas as nossas opiniões são enviesadas de acordo com o que acreditamos e que é conveniente
 

Manageiro de futból

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45%
Não é caso único em acordos de paz certas facções ficarem com território desproporcional a sua população.
Na Bósnia os bósnios servios eram na altura 34% e ficaram com 49% do território.

Tu estás a olhar para a situação numa perspectiva equitativa.
Eu olho para a situação de forma geopolítica.
Então os árabes estavam aliados a Alemanha Nazi que sofreu uma derrota total e os vencedores iam dar um acordo que fosse totalmente ao encontro do árabes?
Todos os perdedores passaram por processos de reeducação social e ideológica determinados pelos vencedores e os árabes iriam determinar seja o que for num território britânico?
Parece me lógico que a luz do que aconteceu que isso nunca ia ser ponto de concordância.
45% era um acordo fenomenal no que geopolítica diz respeito.

A perda de território posterior foi devido a guerras iniciadas pelos árabes.

A retribuição de que falo é que os árabes passaram pelos os pingos da chuva e não sofreram as consequências dos seus aliados.
Mas os vencedores não se esqueceram.
Como tal hoje Israel com um regime muito mais agressivo faz o que faz e o Ocidente olha para o lado.
Isto não é nos dias de hoje os árabes evocarem a Carta das Nações Unidas quando 76 anos cagaram na UN e iniciaram guerras.

Ao fim ao cabo todas as nossas opiniões são enviesadas de acordo com o que acreditamos e que é conveniente

O apoio do mufti de Jerusalém ao Terceiro Reich não surgiu por afinidade ideológica com o nazismo, mas sim de um contexto de repressão colonial britânica e do medo crescente da perda da Palestina face à imigração judaica incentivada pelos britânicos. A Alemanha Nazi foi vista como um aliado tático na luta contra o domínio britânico e o projeto sionista, numa lógica de "o inimigo do meu inimigo é meu amigo".

É importante entender esse contexto, não para justificar, mas para compreender. Aplicando a mesma lógica usada para condenar este tipo de alianças, a Rússia poderia hoje justificar a ocupação da Ucrânia e dos Estados Bálticos com base no facto de, durante a Segunda Guerra Mundial, algumas forças nacionalistas locais colaborarem com os nazis — não por afinidade com Hitler, mas porque viam o nazismo como um mal menor comparado com o domínio soviético. Isso mostra como o colaboracionismo, em situações de opressão externa, tem quase sempre motivações pragmáticas e contextuais, não ideológicas.

Quanto à ideia de que "todos os perdedores passaram por processos de reeducação social e ideológica determinados pelos vencedores", o caso da Espanha franquista é um exemplo claro: Franco apoiou o Eixo, recebeu ajuda militar direta da Alemanha e Itália na Guerra Civil, enviou tropas para combater ao lado do Eixo contra a União Soviética e ainda assim permaneceu no poder até 1975, sem qualquer processo de desnazificação, reeducação ou democratização imposta pelos Aliados. O Ocidente tolerou e até apoiou o regime franquista durante a Guerra Fria devido ao seu anticomunismo, demonstrando que os processos de "reeducação" não foram nem universais nem coerentes — foram seletivos e guiados por interesses geoestratégicos.

O mesmo padrão seletivo aplica-se ao modo como Israel é tratado nas instâncias internacionais. Sim, o Ocidente fecha frequentemente os olhos às violações do direito internacional por parte de Israel — mas isso diz mais sobre alianças geopolíticas atuais (sobretudo com os EUA) do que sobre algum tipo de "compensação histórica" pelo Holocausto ou por antigas alianças árabes com o Eixo. Fecham os olhos a Israel como fecham os olhos a regimes repressivos e anti-democráticos como a Arábia Saudita ou os Emirados Árabes.

Há muito pouca discussão sobre a presença de mais de 200 colonatos israelitas ilegais na Cisjordânia, conforme definido pelo direito internacional e pelas resoluções da ONU. Pouco se fala também sobre o facto de Israel controlar hoje cerca de 78% do território da Palestina histórica (sem contar Gaza), ou da ocupação ilegal de Jerusalém Oriental, que a comunidade internacional continua a considerar território palestiniano ocupado desde 1967. Isso curiosamente não interessa, só interessa a parte dos "árabes a cagar nas resoluções da UN" como se o desrespeito pelo direito internacional fosse uma característica apenas de uma dos lados.

Quanto à solução geopolítica, o resultado está à vista. Foi feita à custa de milhões de vidas sem soberania, segurança ou justiça.
 

SUPERMLY

Tribuna Presidencial
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O apoio do mufti de Jerusalém ao Terceiro Reich não surgiu por afinidade ideológica com o nazismo, mas sim de um contexto de repressão colonial britânica e do medo crescente da perda da Palestina face à imigração judaica incentivada pelos britânicos. A Alemanha Nazi foi vista como um aliado tático na luta contra o domínio britânico e o projeto sionista, numa lógica de "o inimigo do meu inimigo é meu amigo".

É importante entender esse contexto, não para justificar, mas para compreender. Aplicando a mesma lógica usada para condenar este tipo de alianças, a Rússia poderia hoje justificar a ocupação da Ucrânia e dos Estados Bálticos com base no facto de, durante a Segunda Guerra Mundial, algumas forças nacionalistas locais colaborarem com os nazis — não por afinidade com Hitler, mas porque viam o nazismo como um mal menor comparado com o domínio soviético. Isso mostra como o colaboracionismo, em situações de opressão externa, tem quase sempre motivações pragmáticas e contextuais, não ideológicas.

Quanto à ideia de que "todos os perdedores passaram por processos de reeducação social e ideológica determinados pelos vencedores", o caso da Espanha franquista é um exemplo claro: Franco apoiou o Eixo, recebeu ajuda militar direta da Alemanha e Itália na Guerra Civil, enviou tropas para combater ao lado do Eixo contra a União Soviética e ainda assim permaneceu no poder até 1975, sem qualquer processo de desnazificação, reeducação ou democratização imposta pelos Aliados. O Ocidente tolerou e até apoiou o regime franquista durante a Guerra Fria devido ao seu anticomunismo, demonstrando que os processos de "reeducação" não foram nem universais nem coerentes — foram seletivos e guiados por interesses geoestratégicos.

O mesmo padrão seletivo aplica-se ao modo como Israel é tratado nas instâncias internacionais. Sim, o Ocidente fecha frequentemente os olhos às violações do direito internacional por parte de Israel — mas isso diz mais sobre alianças geopolíticas atuais (sobretudo com os EUA) do que sobre algum tipo de "compensação histórica" pelo Holocausto ou por antigas alianças árabes com o Eixo. Fecham os olhos a Israel como fecham os olhos a regimes repressivos e anti-democráticos como a Arábia Saudita ou os Emirados Árabes.

Há muito pouca discussão sobre a presença de mais de 200 colonatos israelitas ilegais na Cisjordânia, conforme definido pelo direito internacional e pelas resoluções da ONU. Pouco se fala também sobre o facto de Israel controlar hoje cerca de 78% do território da Palestina histórica (sem contar Gaza), ou da ocupação ilegal de Jerusalém Oriental, que a comunidade internacional continua a considerar território palestiniano ocupado desde 1967. Isso curiosamente não interessa, só interessa a parte dos "árabes a cagar nas resoluções da UN" como se o desrespeito pelo direito internacional fosse uma característica apenas de uma dos lados.

Quanto à solução geopolítica, o resultado está à vista. Foi feita à custa de milhões de vidas sem soberania, segurança ou justiça.
O Al Husayni tinha admiração pelo Estado Nazi( há documentos apreendidos pelos Aliados que o comprovam e inclusivé tentaram apanha lo para o levar aos tribunais de Nuremberga mas nunca conseguiram) ansiava criar um Estado Árabe de derivação islamica mas com base nos mesmos princípios.
Se não houvesse convergencia ideológica e fosse como dizes apenas uma amizade de circunstância, Al Husayni nunca teria recrutados soldados árabes para integrarem as Waffen SS ( eram só os mais fanáticos e porta estandarte da ideologia).
Sobre a geopolítica, obviamente que as coisas funcionam por interesses.
Podias ter dado o caso de Portugal que claramente jogou nos 2 lados.
A minha questão é: Porque é que os árabes poderiam cagar na Resolução 181 das UN e agora os Israelitas não podem cagar?
Ambos cagaram na boca da UN porque agora apenas os Israelitas são mencionados?
Não se fala da Cisjordânia porque a abordagem israelita é outra.
Tentar dar emprego e facilitar a mobilidade dos árabes faz com o descontentamento seja decrescente e é mais fácil a assimilação.
Há de facto escaramuças, e episódios de violência essencialmente em Jerusalém Oriental mas fora do grau de Gaza.

O meu problema com a Rússia é que se era para isto nunca deveria ter dado a independência a Ucrânia.
Se queriam ter o território, não lhe davam a independência.
E não fizeram o mesmo com a Lituânia nem a Letónia por exemplo.

Os custos humanos vão sempre existir de uma forma ou de outra.
Aliás é uma condição quase intrínseca a dinâmica geopolítica.
 
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