Actualidade Internacional

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Tribuna Presidencial
7 Abril 2012
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  • Alfredo Quintana
@Ginjeet , acerca da evolução dos salários reais ao longo do tempo, os valores actuais equiparam-se aos que se verificavam na década de 70, marcada pelo colapso do Bretton Woods, as crises petrolíferas e a ascensão do neoliberalismo. Não obstante as variações ocorridas, de sinal negativo até 90 e positivo daí em diante, tratam-se de cinco décadas decepcionantes para os trabalhadores norte-americanos. Poder-se-á medir o indicador no US Bureau of Labor Statistics (1), seleccionando o intervalo de tempo pretendido, a que outras fontes aludem (2) e (3).

(1) https://data.bls.gov/timeseries/CES0500000031
(2) 50 years of US wages, in one chart | World Economic Forum
(3) For most Americans, real wages have barely budged for decades | Pew Research Center

Será relevante considerar ainda, tomando em consideração a evolução dos salários, de que forma progrediram estes em relação aos diferentes percentis populacionais segundo a classe de rendimentos/socioeconómica. De que modo evoluíram os salários dos mais ricos e dos mais pobres. Sem surpresa, existem diferenças substanciais (4) que ajudam a compreender o ressentimento dos norte-americanos. Suspeito que a melhoria das condições de vida do trabalhador norte-americano empalideça face à estrondosa acumulação de riqueza dos estratos socioeconómicos mais elevados. Veja-se ainda a discrepância entre os ganhos de produtividade e o comportamento dos salários (4, figura 2) e (5). E a diminuição do peso dos salários no PIB ao longo do tempo (6, figura 1). Ressalve-se que, sobre esta % do trabalho no produto interno, vários factores deverão ser considerados. O mesmo se aplica aos restantes indicadores, acrescente-se.

(4) Wage Stagnation in Nine Charts | Economic Policy Institute
(5) Productivity vs Wages | Productivity is Soaring, But Wages Aren't Keeping Up | World Economic Forum
(6) Estimating the U.S. labor share : Monthly Labor Review: U.S. Bureau of Labor Statistics


Sobre a pobreza, destaco a medida Supplemental Poverty Measure, SMP (7), que expande os critérios utilizados pela medida oficial. O indicador alarga o conceito de necessidades, pondera discrepâncias geográficas e abrange um maior número de despesas, rendimentos e apoios variados (8). A afirmação de que a pobreza aumentou encontra algum fundamento de acordo com esta perspectiva.

(7) Supplemental Poverty Measure Rose in 2023 for Second Consecutive Year
(8) How the U.S. Census Bureau Measures Poverty


... a ver se encerro o post. A economia norte-americana tem vindo a melhorar desde princípios de 2023: a população readquiriu poder de compra, a inflação diminuiu, os números do emprego são positivos, o crescimento económico supera o de outras economias avançadas... nada a obstar. Porém, esta história é distinta daquela que encontramos em 2021 e 2022, caracterizada pela diminuição dos salários reais (9) e um pico inflacionário que atingiu os 9%. Os efeitos cumulativos da inflação continuam a fazer-se sentir, apesar da mudança de panorama. Os norte-americanos continuam a deparar-se com preços elevados ao deslocarem-se ao supermercado (10).

(9) American households have seen their purchasing power increase
(10) CBS News price tracker shows how much food, gas, utility and housing costs are rising - CBS News


Biden não foi responsável pelas consequências económicas do pós-pandemia nem pelas disrupções causadas pela guerra. Porém, compreensivelmente, foi penalizado pelas circunstâncias, tal como Trump havido sido pela COVID. Numa perspectiva de longo prazo, julgo que os trabalhadores norte-americanos têm motivos para o descontentamento. Afinal, trabalham no país que gera mais riqueza no planeta e, seguramente, compreendem que há algo de errado na forma como ela é distribuída. A desigualdade envenena a sociedade, por muito que se consigam alguns progressos.

Não deixa de ser verdade que as crenças influenciam a interpretação da realidade. Os políticos têm de levar em conta a natureza humana. Racionais... sim, até certo ponto.
 
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SUPERMLY

Tribuna Presidencial
14 Setembro 2017
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Portugueses de bem: Não sou xenófobo, não gosto é de imigrantes que vêm para cá mandriar e viver de subsídios.

Ainda portugueses de bem: Os imigrantes apanharam nos cornos enquanto trabalhavam? Fixe, vêm para cá trabalhar e ficam cá a fazer o quê? Não pode ser, é mandá-los todos de volta!
Imigrantes levaram nos cornos da polícia quando faziam manifestaçoes ilegais.Lá a bófia não é capada pela Comunicaçao Social
 

Cheue

12 Maio 2016
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E o Biden que há uns meses nem conseguia falar e agora saca discursos de união do país como se tivesse menos 10 anos? 😭😭

Ele só não queria concorrer contra o seu bff Donald
Não engana ninguém
ia perder à mesma por causa da inflação - de o culparem por isso.
já o Trump também perdeu por causa do covid, caso contrário estaria agora a acabar o 2o mandato e a tentar que existisse a possibilidade de um 3o.
 

SUPERMLY

Tribuna Presidencial
14 Setembro 2017
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@Ginjeet , acerca da evolução dos salários reais ao longo do tempo, os valores actuais equiparam-se aos que se verificavam na década de 70, marcada pelo colapso do Bretton Woods, as crises petrolíferas e a ascensão do neoliberalismo. Não obstante as variações ocorridas, de sinal negativo até 90 e positivo daí em diante, tratam-se de cinco décadas decepcionantes para os trabalhadores norte-americanos. Poder-se-á medir o indicador no US Bureau of Labor Statistics (1), seleccionando o intervalo de tempo pretendido, a que outras fontes aludem (2) e (3).

(1) https://data.bls.gov/timeseries/CES0500000031
(2) 50 years of US wages, in one chart | World Economic Forum
(3) For most Americans, real wages have barely budged for decades | Pew Research Center

Será relevante considerar ainda, tomando em consideração a evolução dos salários, de que forma progrediram estes em relação aos diferentes percentis populacionais segundo a classe de rendimentos/socioeconómica. De que modo evoluíram os salários dos mais ricos e dos mais pobres. Sem surpresa, existem diferenças substanciais (4) que ajudam a compreender o ressentimento dos norte-americanos. Suspeito que a melhoria das condições de vida do trabalhador norte-americano empalideça face à estrondosa acumulação de riqueza dos estratos socioeconómicos mais elevados. Veja-se ainda a discrepância entre os ganhos de produtividade e o comportamento dos salários (4, figura 2) e (5). E a diminuição do peso dos salários no PIB ao longo do tempo (6, figura 1). Ressalve-se que, sobre esta % do trabalho no produto interno, vários factores deverão ser considerados. O mesmo se aplica aos restantes indicadores, acrescente-se.

(4) Wage Stagnation in Nine Charts | Economic Policy Institute
(5) Productivity vs Wages | Productivity is Soaring, But Wages Aren't Keeping Up | World Economic Forum
(6) Estimating the U.S. labor share : Monthly Labor Review: U.S. Bureau of Labor Statistics


Sobre a pobreza, destaco a medida Supplemental Poverty Measure, SMP (7), que expande os critérios utilizados pela medida oficial. O indicador alarga o conceito de necessidades, pondera discrepâncias geográficas e abrange um maior número de despesas, rendimentos e apoios variados (8). A afirmação de que a pobreza aumentou encontra algum fundamento de acordo com esta perspectiva.

(7) Supplemental Poverty Measure Rose in 2023 for Second Consecutive Year
(8) How the U.S. Census Bureau Measures Poverty


... a ver se encerro o post. A economia norte-americana tem vindo a melhorar desde princípios de 2023: a população readquiriu poder de compra, a inflação diminuiu, os números do emprego são positivos, o crescimento económico supera o de outras economias avançadas... nada a obstar. Porém, esta história é distinta daquela que encontramos em 2021 e 2022, caracterizada pela diminuição dos salários reais (9) e um pico inflacionário que atingiu os 9%. Os efeitos cumulativos da inflação continuam a fazer-se sentir, apesar da mudança de panorama. Os norte-americanos continuam a deparar-se com preços elevados ao deslocarem-se ao supermercado (10).

(9) American households have seen their purchasing power increase
(10) CBS News price tracker shows how much food, gas, utility and housing costs are rising - CBS News


Biden não foi responsável pelas consequências económicas do pós-pandemia nem pelas disrupções causadas pela guerra. Porém, compreensivelmente, foi penalizado pelas circunstâncias, tal como Trump havido sido pela COVID. Numa perspectiva de longo prazo, julgo que os trabalhadores norte-americanos têm motivos para o descontentamento. Afinal, trabalham no país que gera mais riqueza no planeta e, seguramente, compreendem que há algo de errado na forma como ela é distribuída. A desigualdade envenena a sociedade, por muito que se consigam alguns progressos.

Não deixa de ser verdade que as crenças influenciam a interpretação da realidade. Os políticos têm de levar em conta a natureza humana. Racionais... sim, até certo ponto.
Essa questão técnica não é debatida pela classe política dos EUA porque fazer algo para mudar isso era mudar cultura do país.
Os gajos do Mississípi ficam chateados porque um gajo da Rhode Island ganha 15x mais salario mas depois em termos de cultura e legislação os gajos do Mississípi dizem que a malta do nordeste tem uma sociedade " corrupta".
É um paradoxo alguém condenar culturalmente algo que é precisamente o que os impede de ganhar salários semelhantes.
As desigualdades nunca serão corrigidas politicamente pelos EUA.
Não é essa a sua mentalidade nem cultura
 
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joaovilasboas

Bancada central
4 Maio 2024
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  • Reinaldo Teles
  • José Maria Pedroto
Seguindo o teu raciocínio, o que achas sobre as escutas do Apito Dourado e a absolvição de Pinto da Costa? E sobre os emails do Benfica que nem sequer foram a Tribunal?
Quanto ao Lula, tens toda a razão. Mas em sentido contrário, tens a Dilma Rousseff, que perdeu o mandato da forma que perdeu...
Eu já fiz uma exposição sobre esses casos em particular há muito tempo.

Como eu disse, tenho de ser coerente: claro que existe culpa nas escutas do Apito Dourado (Benfica inclusive, embora muitos benfiquistas se esqueçam disso) por parte de todos os seus intervenientes. Agora, também defendo que o sucesso do Porto não surgiu desses atos; teríamos conquistado o que conquistámos independentemente dos crimes em questão, pelo que torna essa situação ainda mais caricata e desnecessária - era dispensável...

Quanto aos emails do Benfica, nutro a mesma opinião, exceto no que toca aos títulos conquistados, uma vez que não houve qualquer império desse clube sobre os outros. Talvez lhes dê mérito por um título ou dois (não me refiro a campeonatos; entre todas as competições que conquistaram, só uma ou duas), mas o tetra...é treta. Devia ser um campeonato e já estou a ser generoso...

Sobre a Dilma: considero-a mais injustiçada. Sempre a tive como profundamente incompetente, mas o motivo de impeachment dela é uma grande treta e tinha fins eleitorais por detrás. As pedaladas fiscais eram prática recorrente de todos os presidentes até então.
 
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Tails

Tribuna Presidencial
6 Janeiro 2013
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a verdade é que a mentalidade de muitos destes gajos não anda muito longe de um Hamas...
também querem aniquilar o povo inteiro, incluindo mulheres e crianças.
Não anda longe ? É exatamente igual.

Com a diferença que estes têm e sempre tiveram a maior potência militar a suporta-los (ao mesmo tempo que o Ocidente enche, enchia melhor dizendo, a boca com moralismos e direito internacional).

O animal do Symerman da sic faz da Avilez uma comentadora completamente independente e profissional.

Quem o ouvisse a relatar, os gajos do Macabi eram uns cordeirinhos, nem andaram a rasgar/tirar bandeiras da Palestina das casas, a fazer provocações e a não respeitar o minuto de silêncio pelas vítimas em Valência.

Mas com isso posso eu bem e é o esperado, agora a câmera de Amesterdão por-se logo de cócoras perante a pressão do governo do povo abençoado e proibir todas as manifestações que estavam previstas para o fim de semana é de uma cobardia e de uma subserviência nojenta.

Os gajos que andam a praticar um genocídio há mais de um ano com o mundo a fazer de conta que não vê, que andam sempre com a boca cheia de acusações de antissemitismo para todo o lado, terem esta preponderância sobre os governos do Ocidente é surreal (vão pagar caro isso no futuro, mas pronto).