Actualidade Internacional

Dagerman

Tribuna
1 Abril 2015
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É relativamente simples. O arsenal militar dos EUA já é suficiente persuasivo sem precisar de terem mísseis à porta de Moscovo.
É verdade em parte. Mas o raio de alcance dos mísseis continua a ter alguma importância. Ter um alvo a mil quilómetros não é o mesmo que o ter a três mil. O tempo de resposta é ligeiramente diferente.
 

Miguel Alexandre

Tribuna Presidencial
10 Março 2016
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  • José Maria Pedroto
É verdade em parte. Mas o raio de alcance dos mísseis continua a ter alguma importância. Ter um alvo a mil quilómetros não é o mesmo que o ter a três mil. O tempo de resposta é ligeiramente diferente.
Se forem centenas lançados, a distância tanto faz...vais interceptar uns e adeus...
 

Edgar Siska

藍白軍最強
9 Julho 2016
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Ao pé da praia
  • Alfredo Quintana
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  • Junho/22
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Se bem percebo o teu argumento, a Rússia invadiu a Ucrânia não por razões de segurança mas por razões históricas e culturais do tipo "a UKR sempre foi nossa e sempre há-de ser"? É isso? Acredito que essas motivações também desempenham o seu papel, já que afinal a Rússia "nasceu" em Kiev e russos e ucranianos são (eram) povos irmãos. Mas recordo-te que o Putin já discursava contra a expansão da NATO numa época em que ainda havia em Kiev um governo pró-russo.

Seja como for, se a tua mulher não te conseguiu convencer, eu muito menos hipóteses tenho. Mais depressa me sairia o euromilhões em três semanas consecutivas.
Ambos gostamos e penso que estudamos e lemos história, eu tenho alguns livros sobre a história russa que é dos temas da área que mais gosto, sim por um lado podemos considerar o Rus de Kiev como o "ancestral" não da só Rússia, mas das grandes nações eslavas, a Rússia, a Bielorrússia e a Ucrânia. Mas o mesmo acabou com a invasão Mongol (iniciada na famosa batalha do rio Kalka a que se seguiu um interregno de anos para os mongóis reunirem todas as suas forças sob comando de Batu Khan e invadirem em força total) e culminou no cerco a Kiev de 1240.

A Rússia do continuum actual é mais filha do Grão Ducado de Moscovo e do seu processo de unificação das terras russas comandado pelos Príncipes de Moscovo e que leva mais tarde no processo ao nascimento da Rússia czarista.
 

Dagerman

Tribuna
1 Abril 2015
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Ambos gostamos e penso que estudamos e lemos história, eu tenho alguns livros sobre a história russa que é dos temas da área que mais gosto, sim por um lado podemos considerar o Rus de Kiev como o "ancestral" não da só Rússia, mas das grandes nações eslavas, a Rússia, a Bielorrússia e a Ucrânia. Mas o mesmo acabou com a invasão Mongol (iniciada na famosa batalha do rio Kalka a que se seguiu um interregno de anos para os mongóis reunirem todas as suas forças sob comando de Batu Khan e invadirem em força total) e culminou no cerco a Kiev de 1240.

A Rússia do continuum actual é mais filha do Grão Ducado de Moscovo e do seu processo de unificação das terras russas comandado pelos Príncipes de Moscovo e que leva mais tarde no processo ao nascimento da Rússia czarista.
Interesso-me por história, mas não estou tão por dentro da história russa como tu. Acredito que tenhas razão e que a ligação da Rússia a Kiev até seja mais simbólica e afectiva do que histórica. Talvez um pouco como a relação entre Portugal e a Galiza?
 
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Edgar Siska

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Ao pé da praia
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Interesso-me por história, mas não estou tão por dentro da história russa como tu. Acredito que tenhas razão e que a ligação da Rússia a Kiev até seja mais simbólica e afectiva do que histórica. Talvez um pouco como a relação entre Portugal e a Galiza?
Um pouco diferente, mas entendo a comparação, sobretudo por não ser um estado per se mas uma espécie de "loose confederation" de tribos eslavas com chefes e uma organização que variava de tribo a tribo mas unidas pelo seu "eslavismo", havia muita independência das comunidades e descentralização.
O Rus de Kiev tinha uma relação de proimidade com o Império Bizantino, que foi o responsável pela cristianização dos eslavos e pela própria criação do alfabeto cirílico (assim chamado por ter sido criado por Cirílo e Metódio dois missionários bizantinos), através do desenvolvimento de uma linguagem litúrgica própria, o antingo eslavonico eclesiástico, já que estes não sabiam ler nem escrever em grego koine.
Com a perda de poder dos bizantinos e o seu recuo a tratar de assuntos internos, o Rus ficou tipo "pato sentado" para os mongois e foi o fim. A partir daqui nunca mais a identidade "russa" original foi uníssona, dividiu-se em tês identidades, que conhecemos hoje, russos, ucranianos e bielorrussos, é também do jugo tártaro, assim é chamada a ocupação mongol, que nascem as tendências orientalistas autocráticas (nunca mais estes povos se governaram de forma descentralizada ou democrática em si) e a hegemonia de Moscovo, que se organizou segundo as tradições passadas pelos mongois, criou uma hierarquização social através do mestnichestvo (para facilitar ler miestñitxiestvá :LOL:) organização militar em rank and file, adopção de códigos postais, de um sistema fiscal análogo ao mongol entre outros factores organizacionais.
E na linguagem e costumes, os russos adoptaram muitos vocábulos, expressões , maneirismos, vestuário e até sobrenomes de origem mongol, mas não lhes digas muito isso, eles pelam-se de serem confrontados com a historicidade de terem adoptados costumes de uns "bárbaros asiáticos".
Russos são muito nacionalistas, mesmo os e as que são inteligentes e bem formados :LOL:.
 
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AFBT

Arquibancada
19 Março 2012
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É verdade que a Rússia tem mais e melhores mísseis do que toda a gente, e que se fosse atacada teria condições para ripostar em dobro (pelo menos na Europa). Mas mesmo que a segurança seja mais uma desculpa do que outra coisa, tem lógica que os russos prefiram ver os mísseis NATO em Varsóvia ou Kiev do que no Donbass. Sempre lhes daria uma folga de mil quilómetros, e deixaria Moscovo e S. Petersburgo a uma distância mais segura.

Mas acho que tens razão em parte. O argumento de que a Nato representa uma "ameaça existencial" para a Rússia é um bocado falacioso, porque o Putin e toda a gente sabe que um ataque à Rússia implicaria uma guerra nuclear, e que isso é coisa que não interessa a ninguém.
Além de que esse mesmo argumento da "ameaça existencial" poderia ser (e é) esgrimido pelos europeus em relação aos russos.

Por outro lado, não podemos esquecer que entre 1991 e 2014 quem esteve sempre ao ataque, tanto no terreno como nas palavras, foi a NATO, ao expandir as suas fronteiras para quase todos os países do antigo Pacto de Varsóvia, quando em teoria a NATO tinha deixado de fazer sentido com a queda da URSS.
E durante todo esse tempo, os russos e Putin tiveram uma postura sempre bastante controlada, limitando-se a lançar avisos e protestos. Até porque não se sentiam suficientemente forte (económica e militarmente) para fazer mais do que isso. Mas a Crimeia era uma linha vermelha para a Rússia, a hipótese de a perder para a NATO era impensável, porque isso sim podia representar uma ameaça existencial para eles.

Mas eu nunca achei que a segurança fosse o principal motivo para terem invadido a Ucrânia. Houve razões mais potentes, de natureza histórica e política.
Os russos acham, e com alguma razão, que a Ucrânia enquanto país foi criado por eles, e deve haver muito ressentimento pelo facto de Zelenski e companhia, esses ingratos, terem virado costas ao paisinho russo. Além disso há a situação de a população do Leste da Ucrânia ser russa ou pró-russa e não concordar com a ruptura entre Ucrãnia e Russia.

Seja como for, continuo na minha de que a Ucrãnia teria tido muito mais a ganhar aliando-se à Rússia do que aos americanos. Sempre disse isto, e nada do que vi entretanto me fez mudar de opinião. Ao recusar o protetorado da Rússia, tudo o que a Ucrânia conseguiu foi perder um quarto do seu território (que não voltará mais), destruição em massa de infraestruturas, e a vida de 500 000 pessoas. As hipóteses de ganahr esta guerra hoje são as mesmas que tinham em 2022: zero.
Mais mísseis sim, melhores não, isso é um falácia, que é provada com guerra na Ucrânia, a Rússia continua a usar a velha táctica do "meat grinder" e a usar shells para terraplanar tudo. Ainda teem uma mentalidade militar dos anos 40. Aliás se fossem melhores já tinham tomado toda a Ucrãnia e estão muito longe disso. Tal como um famoso ex general americano disse um dia que os S400 eram o melhor sistema anti-aéreo do mundo, depois fez-se cabum com os mísseis Ingleses a alguns desses sistemas. Mas esse especialista renumerado pelo Putin continua aí na internet a dizer disparate atrás de disparate.
Outro ponto, só para te lembrar que St. P. fica a meros km da Finlândia. Era preferível teres os mísseis em Donbas ou Kiev do que os teres na Finlândia assumindo que tanto a Ucrãnia e a Finlândia aceitariam ter os mesmo, logo não tem lógica esse argumento. O meu único ponto de discórdia contigo e com a minha Mulher é usarem a NATO para justificar o que a Rússia fez, que na minha realidade paralela não é a justificação se quer plausível de ser dada, porque já o disse e volto a repetir a Rússia só tinha de invadir a Finlândia e a Suécia aquando do anúncio da adesão se de facto a NATO lhes causa orticaria. Até hoje estou a espera que ela me dê uma boa justificação para a não invasão da Rússia a esses dois países pelo facto de terem aderido a NATO. Talvez tu tenhas uma boa justificação. Volto a recordar St. P. fica a meros km da Finlândia.
 

SUPERMLY

Tribuna Presidencial
14 Setembro 2017
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A questão da Rússia prende se com a perda de influência mundial quer ao nível tecnológico( a China tomou lhe o lugar) e econômico.
O salário mínimo de.um chinês é hoje 3x o russo.
A descarbonização ongoing vai tirar o suporte econômico da Rússia e o receio é a desintegração da Federação Russa.
Portanto é existencial no seu estado mais puro
A Ucrânia dar lhes ia acesso a influência indeterminada: comida
O problema pode ser ideológico mas é em última análise prático.
Sem a capacidade de produção de comida da Ucrânia em 20 anos a Rússia desaparece porque deixa de ter suporte para se financiar
 
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ManuSantiFCP

"Enquanto fomos bons rapazes fomos sempre comidos"
8 Fevereiro 2023
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Dados sísmicos recolhidos pela sonda espacial norte-americana InSight, desativada no final de 2022, indicam que Marte tem rochas profundas e porosas debaixo da sua crosta que poderão estar cheias de água líquida, um dos elementos essenciais para a vida tal como se conhece. Os dados sísmicos, publicados na última edição da revista Proceedings of the National Academy of Sciences, permitiram aos cientistas estimar que a quantidade de água subterrânea poderia cobrir todo o planeta vermelho.
 

Dagerman

Tribuna
1 Abril 2015
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Mais mísseis sim, melhores não, isso é um falácia, que é provada com guerra na Ucrânia, a Rússia continua a usar a velha táctica do "meat grinder" e a usar shells para terraplanar tudo. Ainda teem uma mentalidade militar dos anos 40. Aliás se fossem melhores já tinham tomado toda a Ucrãnia e estão muito longe disso. Tal como um famoso ex general americano disse um dia que os S400 eram o melhor sistema anti-aéreo do mundo, depois fez-se cabum com os mísseis Ingleses a alguns desses sistemas. Mas esse especialista renumerado pelo Putin continua aí na internet a dizer disparate atrás de disparate.
Outro ponto, só para te lembrar que St. P. fica a meros km da Finlândia. Era preferível teres os mísseis em Donbas ou Kiev do que os teres na Finlândia assumindo que tanto a Ucrãnia e a Finlândia aceitariam ter os mesmo, logo não tem lógica esse argumento. O meu único ponto de discórdia contigo e com a minha Mulher é usarem a NATO para justificar o que a Rússia fez, que na minha realidade paralela não é a justificação se quer plausível de ser dada, porque já o disse e volto a repetir a Rússia só tinha de invadir a Finlândia e a Suécia aquando do anúncio da adesão se de facto a NATO lhes causa orticaria. Até hoje estou a espera que ela me dê uma boa justificação para a não invasão da Rússia a esses dois países pelo facto de terem aderido a NATO. Talvez tu tenhas uma boa justificação. Volto a recordar St. P. fica a meros km da Finlândia.
Quando digo "melhores" estou a pensar nos mísseis hipersónicos Zircon, que supostamente os EUA não têm. Se esse tipo de míssil faz uma real diferença no terreno, não faço ideia, não sou especialista em armamento. Há quem diga que são game changers, e há quem diga que nem por isso.

A Suécia e a Finlãndia entraram para a NATO, mas num contexto em que a Rússia já estava envolvida numa guerra. E se há coisa que não interessa á Rússia agora é abrir mais frentes de batalha. Mas se a NATO instalasse mísseis na Suécia e na Finlândia, não tenho dúvidas de que esses países seriam atacados.
Mas não me parece que vá acontecer nem uma coisa nem outra. Nem a Europa nem os Estados Unidos nem a Rússia têm hoje condições para fazer uma guerra em grande escala, nem seria do interesse de ninguém. Então, até prova em contrário, acho que o espectro duma "terceira guerra mundial" não passa de propaganda.

Por fim, dizes que a Rússia não conseguiu sequer tomar toda a Ucrânia. Mas estás-te a esquecer que para conseguir issoeles teriam de cair em força sobre o país e arrasar tudo, e de mobilizar para aí um milhão de soldados para uma ocupação permanente. Isso não é do interesse da Rússia. É muito mais sensato para eles ocupar os territórios que são importantes para eles (Crimeia, Donbass, por razões culturais, económicas e estratégicas) e tentar fazer cair o governo de Zelenski.
Além de que fazer uma guerra total à Ucrãnia iria cair mal dentro da própria Rússia, já que os russos consideram os ucranianos um "povo irmão", ao qual esteve ligado umbilicalmente durante centenas de anos. Daí que os russos tenham optado por uma estratégia de atrito e desgaste, que os analistas ocidentais interpretam como "sinal de fraqueza". Não creio que seja, e não me parece que se estejam a dar mal com essa estratégia, se até o Zelenski já admite a possibilidade de renunciar aos territórios anexados pela Rússia.
 

AFBT

Arquibancada
19 Março 2012
403
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Quando digo "melhores" estou a pensar nos mísseis hipersónicos Zircon, que supostamente os EUA não têm. Se esse tipo de míssil faz uma real diferença no terreno, não faço ideia, não sou especialista em armamento. Há quem diga que são game changers, e há quem diga que nem por isso.

A Suécia e a Finlãndia entraram para a NATO, mas num contexto em que a Rússia já estava envolvida numa guerra. E se há coisa que não interessa á Rússia agora é abrir mais frentes de batalha. Mas se a NATO instalasse mísseis na Suécia e na Finlândia, não tenho dúvidas de que esses países seriam atacados.
Mas não me parece que vá acontecer nem uma coisa nem outra. Nem a Europa nem os Estados Unidos nem a Rússia têm hoje condições para fazer uma guerra em grande escala, nem seria do interesse de ninguém. Então, até prova em contrário, acho que o espectro duma "terceira guerra mundial" não passa de propaganda.

Por fim, dizes que a Rússia não conseguiu sequer tomar toda a Ucrânia. Mas estás-te a esquecer que para conseguir issoeles teriam de cair em força sobre o país e arrasar tudo, e de mobilizar para aí um milhão de soldados para uma ocupação permanente. Isso não é do interesse da Rússia. É muito mais sensato para eles ocupar os territórios que são importantes para eles (Crimeia, Donbass, por razões culturais, económicas e estratégicas) e tentar fazer cair o governo de Zelenski.
Além de que fazer uma guerra total à Ucrãnia iria cair mal dentro da própria Rússia, já que os russos consideram os ucranianos um "povo irmão", ao qual esteve ligado umbilicalmente durante centenas de anos. Daí que os russos tenham optado por uma estratégia de atrito e desgaste, que os analistas ocidentais interpretam como "sinal de fraqueza". Não creio que seja, e não me parece que se estejam a dar mal com essa estratégia, se até o Zelenski já admite a possibilidade de renunciar aos territórios anexados pela Rússia.
Actualmente não têm, mas estão a trabalhar nisso que segundo consta vai ser o Mach 8. E os 300 a 500 Zircon não vão fazer diferença numa guerra a grande escala (demasiado caros para se poder produzir em massa e ou usar aos desbarato) até porque precisão é uma palavra que não existe na Rússia já que são os mesmos (soldados russos) a se queixar da precisão dos mísseis da NATO na Ucrânia.
A Rússia nunca na vida se vai atrever atacar qualquer país da NATO a não ser com o recurso ao uso nuclear. Tirando o arsenal nuclear, não tem qualquer change de bater o pé a NATO se a mesma usar o material de "ponta". Aliás, a Ucrânia sem o material de ponta da NATO está a fazer a vida negra aos Russos imagina se a NATO usa-se o material de ponta. E a prova disso são os F16 (e não só) que vão agora para a Ucrânia, com os americanos a usarem actualmente os F22.
A Rússia entre reservas, KIA, feridos e pessoal no activo/Ucrânia já usou mais de 1 milhão de soldados.
A Rússia teve as portas de Kiev mas teve de dar a sola porque tiveram perdas absolutamente desastrosas e se tivessem insistido na brincadeira tinham perdido a guerra num abrir e fechar de olhos. A Rússia, calculou tudo mal, não contava com a resistência da Ucrânia e do povo, não contava com a ajuda da Europa e da NATO, ficou sem poder fazer chantagem com o gás e ficou agora isolada. Pior que a emenda vai ser o soneto e mais dois anos disto de resistência da Ucrânia e a Rússia vai colapsar por causa da economia. Os primeiros sinais estão aí a Porta...
Por isso é que agora se ouve os Russos a falar em "peace negotiations" e o discurso extremista que tinham anteriormente deu agora lugar a um "we need peace".