Tenho uma história sobre este jogo.
Neste dia, há 9 anos, fui visitar o meu Pai como fazia habitualmente todas as semanas.
Falámos, ou melhor, falei eu, mas foi como se houvesse diálogo porque eu imaginava as respostas.
Nesse dia, entre muitas outras coisas, fiz um pedido especial relacionado precisamente com este jogo. Não que seja muito crente, mas algo em mim levou-me a pedir uma vitória. Possivelmente a importância do jogo e por ser contra quem foi teve um peso considerável. E por ter esperança que o meu Pai ajudasse a dar um empurraozinho.
Lá chegou a hora do jogo. Quem se lembra sabe que foi uma partida muito complicada e amarrada, em que estivemos a perder. Houve poucas oportunidades e pouco brilhantismo, mas a nossa preseverança, persistência e crença foi crucial para atingirmos o objectivo.
A dada altura, temi que já não íamos lá. A menos que aparecesse um toque especial, um momento individual que desequilibrasse a balança.
Durante o jogo foi inevitável lembrar-me do que tinha pedido, mas à medida que o tempo decorria comecei a perder a esperança.
Felizmente, todos sabemos o que aconteceu ao minuto 92 e no meio da euforia e dos festejos caí em mim. As palavras não fariam justiça e seriam sempre poucas para descrever a alegria e a emoção pelas quais passei.
Tudo isto para dizer que aquele golo do Kelvin deixou-me sempre a pensar se se tratou de uma mera coincidência ou se algo "superior" tomou as rédeas e proporcionou-me aquela alegria através de uma varinha mágica no pé esquerdo do Kelvin.
Além de tudo isto, o número do Kelvin era o 28, o dia do aniversário do meu Pai e o jogo realizou-se no dia 11, que é um número que também está bastante relacionado com ele.
Possivelmente foi tudo uma feliz coincidência, mas eu gosto de pensar que foi muito mais do que isso...