Hoje estava a dar uma vista de olhos nas notícias e vi duas importantes, quando tiver tempo tenho de procurar um pouco mais sobre o assunto, para não ter a informação incompleta...
A primeira foi, naturalmente, a morte do bombeiro na sequência do capotamento da viatura. Gostava de perceber em que contexto se dá o capotamento da viatura... Por exemplo, se estavam a posicionar o carro, se estavam a fugir das chamas, se estavam ainda a caminho do local, etc...
A segunda foi precisamente a notícia que referes. Tecnicamente não espancaram o homem até à morte, porque ele morreu 19 dias depois. Mas gostava de saber se a causa da morte é resultado dos ferimentos inflingidos. Porque se é, é muito grave... E claro, tal como tu também não tinha conhecimento deste caso, o que nos deixa a perguntar quantos mais haverá...
O Ministério Público (MP) acusa dois agentes da PSP de dois crimes de sequestro agravado e um de homicídio qualificado, relata esta segunda-feira a revista Sábado, que detalha que as vítimas são dois cidadãos de nacionalidade marroquina que teriam provocado distúrbios em dois supermercados em Olhão, tendo um deles morrido na sequência das agressões sofridas.
De acordo com a acusação, Aissa Ait Aissa e Hassan Ait Rahou entraram no supermercado Algartalhos pelas 20h30 de 9 de março de 2024 e começaram a abrir e a consumir alguns dos produtos. Algo semelhante já se teria passado durante a tarde desse dia noutro supermercado da mesma cadeia, com os mesmos protagonistas a causarem desacatos que levaram a PSP ao local.
Quando os agentes lá chegaram, os dois marroquinos já tinham abandonado o supermercado, mas foram encontrados e identificados nas imediações, com a PSP a registar imagens e cópias dos documentos de Aissa Ait Aissa e Hassan Ait Rahou no telemóvel.
Na segunda ocasião, à noite, os dois imigrantes — que estariam, segundo a acusação, sob o efeito de drogas — já tinham também deixado as instalações do supermercado quando os agentes da PSP chegaram. Ao confrontarem a responsável da loja com as imagens de Aissa Ait Aissa e Hassan Ait Rahou, esta confirmou que eram os elementos responsáveis pelos desacatos, mas não quis apresentar queixa. Porém, os polícias voltaram a encontrá-los ainda perto do local e acabaram por algemá-los e colocá-los no carro.
Transportaram-nos então para um caminho municipal em Pechão. Hassan Ait Rahou teria adormecido e foram-lhe retiradas as algemas, tendo sido atirado para a berma; já Aissa Ait Aissa, ainda com as mãos algemadas atrás das costas, foi alvo de “várias pancadas na cabeça e na face” sem que se pudesse defender. O marroquino acabou por sofrer um hematoma cerebral e veio a morrer 19 dias depois, na sequência do internamento nos cuidados intensivos do hospital de Faro.
Para o MP, os dois polícias tinham a obrigação de saber que “desferir pancadas sucessivas na cabeça de alguém, em especial com um objeto, é suscetível de lhe provocar lesões graves e mortais”. Por isso, acusou no mês passado os agentes de sequestro e homicídio qualificado.
A PSP afastou, entretanto, os agentes de funções enquanto estes aguardam o julgamento e a Direção Nacional confirmou que decorre igualmente um processo disciplinar sobre esta matéria, reconhecendo a “gravidade dos factos” em causa neste caso.