Alguns pontos: a padralhice foi fato, alguns episódios são anedóticos vistos sem anacronismos. O fora de jogo em Moreira de Cónegos, o Brahimi não sendo intimidado pelo Fabio Merdíssimo, o golo anulado de forma escandalosa no Dragão contra os menstruados... e sim, houve quebra de forma e isto é sempre uma constante a tal altura.Agora foi má e penosa...um exagero, a segunda volta há sempre uma quebra fisica das equipas entre Fevereiro a Março, até as equipas do penta o tiveram, as do Mourinho etc.
O pontapé do Herrera não veio "salvar" de deitar tudo a perder, veio evitar mais uma padralhice, o Benfica deveria ter saído do Dragão na primeira volta a uns 12 pontos ou mais...saiu a 5, bastou termos dois tropeções na tal fase de quebra física comum e eles passaram porque nãos os deixaram cair, Bruno Paixão em Belém, aquele jogo em Setúbal o "VAR falhado" nas Aves...
Foi apenas o correr do plot do costume no tugão.
Resumir isso a "meia época boa meia penosa" é um exagero revisionista, não foi penosa, teve uma quebra de forma nos meses onde a mesma é comum e que não fosse tugão teria zero impacto e se a equipa fosse penosa não teria ganho.
Estamos a chamar de penosa uma equipa que consegue em 45 minutos de um jogo retomado esmagar um adversário e ainda descansar 20 e tal minutos?
Quando tem 4 goleadas e um clássico ganho desde o fim da 1ª volta até à primeira derrota?
O Porto teve simplesmente uma fase de quebra entre as jornadas 26 e 29 (derrota com Paços até vitória cinzenta sobre o Aves em casa) fruto de cansaço acumulado de competição, depois no mata-mata ganha na Luz e volta logo às goleadas, vence no sempre minado terreno do Marítimo e é campeão.
Podemos até dizer, primeira metade da época foi melhor que a segunda, é factual, numa tivemos uma quebra competitiva ali de 3/4 jornadas, noutra não.
Dizer penosa é simplesmente falso.
Os problemas a que me refiro são outros. Já naquela altura o Sérgio demonstrava debilidades gritantes na gestão do plantel, o que contribuia e potenciava a tal quebra física. Fora que tínhamos pouquíssima variação tática e, em determinada altura, éramos lidos com extrema facilidade. Como esquecer jogos em que entrávamos com QUATRO laterais só porque sim, com Telles e Layun de um lado e Reyes fazendo uma perna a direita com o RP avançado no terreno e o Corona enfiado no meio às costas do Marega? Ou nós, a precisar de golos, e a esperança de mexer com o jogo lançada pelo SC era (quase) sempre o portento de talento Waris?
O próprio jogo no lumiar foi penoso até o lance do golo, onde o boneco Vitória cozinhou o jogo. Durante esta fase qualquer equipa conseguia nos colocar a jogar em nervos. O próprio jogo do roubo escandaloso com o Moreirense foi disto.
Valeu-nos muitas vitórias magras que também contam 3 pontos e alguma estrelinha. Como disse o @Cheue, "bom futebol" é algo muito subjetivo, para alguns estas vitórias magras e arrancadas a rasca são suficientes. Mas já a esta altura tínhamos muito vinho de pacote.