Actualidade Nacional

Moradona

Bancada central
18 Maio 2025
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No meu trabalho, temos dias abertos onde recebemos miúdos desde escolas primárias ao 12º ano. Não há melhor forma de perceber o que o ensino faz aos miúdos do que ver as diferenças entre um miúdo de 6/7 anos e um de 17 no 12º ano. Os miúdos do 12º ano não fazem perguntas, têm medo de fazer perguntas, não têm nenhuma curiosidade, salvo se houver um ou outro interessados na área. Os miúdos da primária são de longe os que mais interagem e os que mais perguntas fazem, as melhores perguntas. É impressionante o que 10 anos de sistema de ensino faz às crianças.
 

Dagerman

Tribuna Presidencial
1 Abril 2015
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Os trans?? Mas achas que cá em Portugal os professores passam o tempo da disciplina de cidadania a falar de trans??
Mesmo que essa percentagem tivesse essa relevância toda, para além de trans há muitas outras tendências sexuais que na realidade são mais do que 1%. E isto numa sociedade que ainda é culturalmente condicionada. Ou seja, sem qualquer condicionamento cultural muito provavelmente a quantidade de pessoas que não são exclusivamente heterossexuais é muito superior a 10%.

Mas eu digo-te porque é que faz falta a inclusão da sexualidade na cidadania. Porque na turma do meu filho mais novo que anda na primária ainda se chamam gays uns aos outros como ofensa. Porque nessa mesma turma um miúdo que está sempre com miúdas é tratado por "Joana". Porque na da minha filha mais velha se uma miúda andar com muitos miúdos é uma puta e um gajo filmar uma miúda despida é um herói. É preciso que alguém ensine aos miúdos que ninguém é melhor ou pior porque tem mais ou menos namorados deste ou daquele género, e que é ok foderem com quem querem as vezes que quiserem desde que tenham os cuidados necessários.
Volto a repetir o que para mim é importante: Uma coisa é ensinar as crianças a respeitar quem é diferente, outrra coisa é transmitir-lhes a ideia de que o género e até o sexo delas são uma cena opcional, que podem decidir ou "corrigir" mais tarde. Isto para mim é terrorismo psicológico. Porque a última coisa que uma criança ou adolescente precisa é que lhe criem dúvidas sobre a sua identidade (ou mais dúvidas do que as que ela já tem). E não digo que isso se faça em Portugal, mas em sítios como UK ou EUA sim.

É normal as crianças e adolescentes insultarem-se e usarem qualquer mínima diferenças para fazerem dela um insulto. Se já tiveste 12 anos deves-te lembrar. Faz parte da estupidez juvenil e acho que não vale a pena fazer grandes dramas com isso. Eu fui insultado e judiado, outra vezes fui eu a insultar e a judiar, e olha sobrevivi e não fiquei traumatizado. O confronto ensina-nos coisas, ajuda-nos a crescer e torna-nos mais fortes.. O que não nos ensina nada é fecharem-nos numa bolha de "alta segurança" (ou seja, em casa a olhar para o telemóvel)
 
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Dagerman

Tribuna Presidencial
1 Abril 2015
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Então tb se devia proibir os adultos de perguntarem aos rapazes da primária "quantas namoradas tens?"

Ao contrário do que muita gente acha a sexualidade existe e manifesta-se nas crianças desde a infância. Não têm que ser forçadas a usar uma bandeira mas também não têm que ser proibidas de usá-la. Para além disso atualmente essa bandeira não é só identificativa da orientação sexual, também é um símbolo da luta pelos direitos da comunidade LGBT.
As crianças da primária não devem andar com bandeiras a não ser a do FCP.
 
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Manageiro de futból

Tribuna Presidencial
25 Julho 2007
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Volto a repetir o que para mim é importante: Uma coisa é ensinar as crianças a respeitar quem é diferente, outrra coisa é transmitir-lhes a ideia de que o género e até o sexo delas são uma cena opcional, que podem decidir ou "corrigir" mais tarde. Isto para mim é terrorismo psicológico. Porque a última coisa que uma criança ou adolescente precisa é que lhe criem dúvidas sobre a sua identidade (ou mais dúvidas do que as que ela já tem). E não digo que isso se faça em Portugal, mas em sítios como UK ou EUA sim.

É normal as crianças e adolescentes insultarem-se e usarem qualquer mínima diferenças para fazerem dela um insulto. Se já tiveste 12 anos deves-te lembrar. Faz parte da estupidez juvenil e acho que não vale a pena fazer grandes dramas com isso. Eu fui insultado e judiado, outra vezes fui eu a insultar e a judiar, e olha sobrevivi e não fiquei traumatizado. O confronto ensina-nos coisas, ajuda-nos a crescer e torna-nos mais fortes.. O que não nos ensina nada é fecharem-nos numa bolha de "alta segurança" (ou seja, em casa a olhar para o telemóvel)
Acho que estás a ser demasiado dogmático e inflexível sobre este assunto. Dizer que o sexo da criança pode não coincidir com a forma como o criança se vê e debater esse assunto de forma descomplexada é terrorismo psicológico (porquê?) mas insultos faz parte do crescimento, é o teu ponto de vista. Lá porque não te fez diferença, não quer dizer que não faça diferença a outras pessoas, especialmente às mais inseguras e vulneráveis.
O que é certo é que a taxa de suicídio de uma pessoa trans (especialmente numa idade mais precoce) é muito maior do que numa pessoa dita "normal" ou binária, vá.
 
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Cheue

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12 Maio 2016
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Volto a repetir o que para mim é importante: Uma coisa é ensinar as crianças a respeitar quem é diferente, outrra coisa é transmitir-lhes a ideia de que o género e até o sexo delas são uma cena opcional, que podem decidir ou "corrigir" mais tarde. Isto para mim é terrorismo psicológico. Porque a última coisa que uma criança ou adolescente precisa é que lhe criem dúvidas sobre a sua identidade (ou mais dúvidas do que as que ela já tem). E não digo que isso se faça em Portugal, mas em sítios como UK ou EUA sim.

É normal as crianças e adolescentes insultarem-se e usarem qualquer mínima diferenças para fazerem dela um insulto. Se já tiveste 12 anos deves-te lembrar. Faz parte da estupidez juvenil e acho que não vale a pena fazer grandes dramas com isso. Eu fui insultado e judiado, outra vezes fui eu a insultar e a judiar, e olha sobrevivi e não fiquei traumatizado. O confronto ensina-nos coisas, ajuda-nos a crescer e torna-nos mais fortes.. O que não nos ensina nada é fecharem-nos numa bolha de "alta segurança" (ou seja, em casa a olhar para o telemóvel)
quem diz que é uma cena opcional são os conservadores e os que não querem que isso seja ensinado na escola porque têm medo que os putos decidam ser gays e trans.
 
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Dagerman

Tribuna Presidencial
1 Abril 2015
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Acho que estás a ser demasiado dogmático e inflexível sobre este assunto. Dizer que o sexo da criança pode não coincidir com a forma como o criança se vê e debater esse assunto de forma descomplexada é terrorismo psicológico (porquê?) mas insultos faz parte do crescimento, é o teu ponto de vista. Lá porque não te fez diferença, não quer dizer que não faça diferença a outras pessoas, especialmente às mais inseguras e vulneráveis.
O que é certo é que a taxa de suicídio de uma pessoa trans (especialmente numa idade mais precoce) é muito maior do que numa pessoa dita "normal" ou binária, vá.
As crianças são seres infinitamente vulneráveis, sugestionáveis e manipuláveis. Não acho que seja bom para a saúde psicológica delas ensinar-lhes que o seu sexo pode não corresponder com o seu género. Nos raríssimos casos em que isso for verdade, elas chegarão a essa conclusão por si próprias. Quanto às outras 99%, dizer-lhes esse tipo de "ciência" é estar a criar-lhes ainda mais inseguranças do que as que já são normais nessa idade.
 

Dagerman

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1 Abril 2015
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quem diz que é uma cena opcional são os conservadores e os que não querem que isso seja ensinado na escola porque têm medo que os putos decidam ser gays e trans.
Estás enganado. Quem diz isso são os que acreditam em "identidades fluídas" e que o género é uma construção social, ou seja, a esquerda.
 

Cheue

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12 Maio 2016
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Estás enganado. Quem diz isso são os que acreditam em "identidades fluídas" e que o género é uma construção social, ou seja, a esquerda.
não é a esquerda que diz que as pessoas decidem ser gays, trans, etc
que é uma questão de decisão e de influência.
 

Devenish

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11 Outubro 2006
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  • Reinaldo Teles
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No meu trabalho, temos dias abertos onde recebemos miúdos desde escolas primárias ao 12º ano. Não há melhor forma de perceber o que o ensino faz aos miúdos do que ver as diferenças entre um miúdo de 6/7 anos e um de 17 no 12º ano. Os miúdos do 12º ano não fazem perguntas, têm medo de fazer perguntas, não têm nenhuma curiosidade, salvo se houver um ou outro interessados na área. Os miúdos da primária são de longe os que mais interagem e os que mais perguntas fazem, as melhores perguntas. É impressionante o que 10 anos de sistema de ensino faz às crianças.
Miúdos do 12º ano? Com 16, 17 anos chamas miúdo a uma pessoa dessa idade?
Nem chamaria miúdos ou miúdas a pessoas com 14,15 anos quanto mais com 16,17 salvo raríssimas exceções.
Eu com 15 anos já sabia "tudo" e não havia internet nem disciplinas desse tipo, deixa ver...15 anos tinha eu em 1968, 69.
 

Vlk

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3 Junho 2014
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As crianças são seres infinitamente vulneráveis, sugestionáveis e manipuláveis. Não acho que seja bom para a saúde psicológica delas ensinar-lhes que o seu sexo pode não corresponder com o seu género. Nos raríssimos casos em que isso for verdade, elas chegarão a essa conclusão por si próprias. Quanto às outras 99%, dizer-lhes esse tipo de "ciência" é estar a criar-lhes ainda mais inseguranças do que as que já são normais nessa idade.
Mas não isso que se ensina. Não tem nada a ver com essa conversa do sexo/género. Isso é só um subterfúgio. Tem a ver com as opções sexuais. Onde é que metes homossexuais, bissexuais, ou aqueles que só querem experimentar, etc... É que não são só 1%, são à vontade mais de 10%. E é relevante normalizar todas essas opções. Desde crianças, sim. Porque também é desde crianças que lhes perguntam sobre "os namorados" e é desde crianças que se identificam mais com o grupo masculino, feminino ou ambos. É importante aceitarem que qualquer escolha está bem.
 

Dagerman

Tribuna Presidencial
1 Abril 2015
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não é a esquerda que diz que as pessoas decidem ser gays, trans, etc
que é uma questão de decisão e de influência.
Ninguém se torna gay por escolha deliberada e consciente, mas o processo pode ser objecto de influência. Se não como é que se explica que haja cada vez mais jovens a assumirem-se como gays, sobretudo raparigas?
Na universidade de Brown em 2023, 38% dos alunos disseram-se não heterossexuais. Das duas uma, ou há uma epidemia de gayzice contagiosa, ou estes jovens foram condicionados a acreditar que é mais cool ser gay do que ser straight.
 

sirmister

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21 Março 2008
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  • Abril/19
Miúdos do 12º ano? Com 16, 17 anos chamas miúdo a uma pessoa dessa idade?
Nem chamaria miúdos ou miúdas a pessoas com 14,15 anos quanto mais com 16,17 salvo raríssimas exceções.
Eu com 15 anos já sabia "tudo" e não havia internet nem disciplinas desse tipo, deixa ver...15 anos tinha eu em 1968, 69.
Aos 15 anos toda a gente sabe tudo.
 
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Vlk

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3 Junho 2014
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Volto a repetir o que para mim é importante: Uma coisa é ensinar as crianças a respeitar quem é diferente, outrra coisa é transmitir-lhes a ideia de que o género e até o sexo delas são uma cena opcional, que podem decidir ou "corrigir" mais tarde. Isto para mim é terrorismo psicológico. Porque a última coisa que uma criança ou adolescente precisa é que lhe criem dúvidas sobre a sua identidade (ou mais dúvidas do que as que ela já tem). E não digo que isso se faça em Portugal, mas em sítios como UK ou EUA sim.

É normal as crianças e adolescentes insultarem-se e usarem qualquer mínima diferenças para fazerem dela um insulto. Se já tiveste 12 anos deves-te lembrar. Faz parte da estupidez juvenil e acho que não vale a pena fazer grandes dramas com isso. Eu fui insultado e judiado, outra vezes fui eu a insultar e a judiar, e olha sobrevivi e não fiquei traumatizado. O confronto ensina-nos coisas, ajuda-nos a crescer e torna-nos mais fortes.. O que não nos ensina nada é fecharem-nos numa bolha de "alta segurança" (ou seja, em casa a olhar para o telemóvel)
Primeiro ponto. Nada disso é ensinado em Portugal. Nem estáno programa nem a esmagadora maioria dos professores fala sobre isso. Estás a importar assuntos de outros lados.

Segundo ponto. Normal não quer dizer correto. Os miúdos tb gozam com miúdos deficientes, é normal. É suposto aceitar? Faz parte da evolução social corrigir estes abusos de origem cultural. E ao contrário do que pensas, normalizar coisas como a opção sexual trata-se de dar liberdade de escolha às pessoas, porque uma coisa te garanto se vivesses numa sociedade sem amarras culturais os 10% que já um dia experimentaram uma relação sexual não heterossexual seriam muitos mais (provavelmente próximo dos 30%).
 
Última edição:

Dagerman

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1 Abril 2015
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Mas não isso que se ensina. Não tem nada a ver com essa conversa do sexo/género. Isso é só um subterfúgio. Tem a ver com as opções sexuais. Onde é que metes homossexuais, bissexuais, ou aqueles que só querem experimentar, etc... É que não são só 1%, são à vontade mais de 10%. E é relevante normalizar todas essas opções. Desde crianças, sim. Porque também é desde crianças que lhes perguntam sobre "os namorados" e é desde crianças que se identificam mais com o grupo masculino, feminino ou ambos. É importante aceitarem que qualquer escolha está bem.
Eu sou a favor da educação sexual nas escolas, mas só a partir do 10º ano.
Nunca os jovens portugueses foram tão tolerantes da diversidade sexual do que hoje, porque foram expostas desde crianças a figuras públicas assumidamente gays como o Goucha ou o Castelo-Branco. Quando eu era adolescente nos anos 80 a discriminação era cem vezes pior. E mesmo assim, incrivelmente, os meus amigos gays conseguiram chegar aos 50 anos ou aos 80 anos sem traumas.
 

Cheue

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Ninguém se torna gay por escolha deliberada e consciente, mas o processo pode ser objecto de influência. Se não como é que se explica que haja cada vez mais jovens a assumirem-se como gays, sobretudo raparigas?
Na universidade de Brown em 2023, 38% dos alunos disseram-se não heterossexuais. Das duas uma, ou há uma epidemia de gayzice contagiosa, ou estes jovens foram condicionados a acreditar que é mais cool ser gay do que ser straight.
sim, a minha teoria para isso é que essas stats estão muito inflacionadas por raparigas a dizer que são bi, especialmente raparigas brancas...

mas isso não invalida em nada que simplesmente existem pessoas gays, Trans, etc...por muito que algumas pessoas não gostem e façam disso um problema, criando conspirações para justificar ódio básico.
 
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Eu sou a favor da educação sexual nas escolas, mas só a partir do 10º ano.
Nunca os jovens portugueses foram tão tolerantes da diversidade sexual do que hoje, porque foram expostas desde crianças a figuras públicas assumidamente gays como o Goucha ou o Castelo-Branco. Quando eu era adolescente nos anos 80 a discriminação era cem vezes pior. E mesmo assim, incrivelmente, os meus amigos gays conseguiram chegar aos 50 anos ou aos 80 anos sem traumas.
10º ano porque carga de água? Não sei se tens filhos mas os miúdos na primária já perguntam uma porrada de coisas relacionadas com o sexo.

Sabes lá tu se tinhas mais amigos gays.
 

Dagerman

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Primeiro ponto. Nada disso é ensinado em Portugal. Nem estáno programa nem a esmagadora maioria dos professores fala sobre isso. Estás a importar assuntos de outros lados.
Segundo ponto. Normal não quer dizer correto.
Não é correcto, mas acho que cometer erros e fazer parvoíces faz parte do crescimento e do desenvolvimento psicológico, desde que haja algum adulto por perto para os corrigir.
O problema é que hoje parece que os pais se demitiram de transmitir valores aos filhos e esperam que seja a escola a fazê-lo.
 

Vlk

Tribuna Presidencial
3 Junho 2014
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Lisboa

Vlk

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3 Junho 2014
17,517
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Lisboa
Não é correcto, mas acho que cometer erros e fazer parvoíces faz parte do crescimento e do desenvolvimento psicológico, desde que haja algum adulto por perto para os corrigir.
O problema é que hoje parece que os pais se demitiram de transmitir valores aos filhos e esperam que seja a escola a fazê-lo.
Gozar com deficientes? É para manter porque é uma parvoíce e faz parte do crescimento?

E disseste uma coisa com razão. Hoje somos mais tolerantes com a diferença. Porquê? Será que a educação teve alguma coisa a ver comisso? Porque é que agora havemos de restringir essa educação?