Conceição decidiu matar-se voluntariamente ao tomar parte na campanha eleitoral. Não adianta sequer discutir os seus méritos e deméritos desportivos. Claro que é um bom treinador, sem dúvida que assumiu um papel importante num momento de falência. Mas não soube ou não quis separar a sua vida pessoal, leia-se a ligação a Pinto da Costa, das suas obrigações profissionais. ... colocou-se numa posição extremamente delicada. Como continuaria no clube? A sua acção não se resumiu ao apoio a um candidato, estendeu-se também a uma renovação contratual a um par de dias da eleição. Não é aceitável. ... infelizmente, muito corre mal ao Porto nestes últimos anos.
Contribuiu grandemente para a falencia, ou pelo menos para não por o clube num bom caminho. Por dois motivos:
1- descomprometimento com a realidade financeira do clube (jogadores não podem sair, cumprindo contratos até ao fim. mentalidade ele é treinador, não CFO). Ajudou ter um presidente que não se impunha face à popularidade do treinador à qual se agarrou para transmitir uma ideia folclorica do Porto da raça e etc.
2- exponenciar uma maneira de jogar e jogadores com menos valor de mercado. Jogadores fisicamente potentes mas tecnicamente inábeis ou com mais experiência tinham mais probabilidade de serem promovidos no plantel. Isto também contribuiu para uma coleção de embraços europeus impar na história do clube. Nomeadamente através de sucessivas humilhações europeias em casa, Contra o liverpool foram 3, club brugge, Krasnodar, leverkusen.
Um treinador que após 7 anos acaba com um plantel muito pior do que o que começou tem responsabilidade no mesmo.