Eu também gosto de treinadores com ideias inovadoras, ou se quiseram chamar provocadoras, que sufocam os adversários, pressionam alto, têm um avalanche ofensiva, tudo isto é o contrário do que o Anselmi representa atualmente, para se ver o cúmulo, nós não conseguimos praticamente criar jogadas ofensivas.
Ridículo o ponto ao que chegamos...
Vês pressão amigo? Não há.
O FC Porto de Anselmi não procura condicionar o jogo adversário, pelo contrário, convida-o a deixar jogar.
Não procura recuperar a bola em zonas altas do terreno, o FC Porto de Anselmi é pífio, fraquíssimo na reacção à perda.
O FC Porto de Anselmi não faz superioridade em nenhum local do campo, nas alas, apenas os laterais existem, e correm meio-cammpo até terem de parar e vir para trás, nunca há uma jogada de superioridade, um 1/2, um overlap, uma triangulação entre médios, alas, laterais, nada. O nosso jogo exterior não existe. Não somos uma equipa larga no relvado, somos uma equipa encolhida, parecemos decepados.
O FC Porto de Anselmi, não é que não corra, mas corre mal, e corre mal porque toda a gente está no sítio errado à hora errada no momento errado. O jogo posicional do FC Porto é um atoleiro, é digno de um grupo de amigos das tainadas que se juntou para umas peladas na maré vaza.
O FC Porto de Anselmi não tem ligação entre os sectores, e pior os mesmos encontram-se muitas vezes em planetas diferentes, tal a distância, isto faz com que em ataque nunca haja ninguém para apoiar os atacantes, e depois quando perdem invariavelmente a bola, a pórpria defesa também está sempre desiquilibrada, o que bate certo com o referido acima, o timing está sempre errado, somos sempre um relógio avariado e nem é líquido que acertemos 2 vezes.
O FC Porto de Anselmi é macio, débil, abnóxio, lânguido, anémico no que a agressividade e ritmo diz respeito. Incapazes de ganhar duelos a um geronte, incapazes de se impor fisicamente a qualquer espirra canivetes buliçoso, sem reacção, com sangue de barata, despida de alma ou âmago.
Somos um espectro que passeia as camisolas do FC Porto como uma assombração.
O FC Porto de Anselmi não tem firepower, uma arma sem gatilho, um canhão sem pólvora, uma espada romba, impotente. Cria pouco, tem poucas oportunidades (tendo tido períodos de acabar jogos com um par de remates e XG na decimais), remata quando o rei faz anos, não assusta, não intimida, o adversário não sente qualquer receio de jogar como quer pois o FC Porto de Anselmi tem a contundência da espuma e as garras afiadas de um ursinho de peluche.
O FC Porto de Anselmi não é o FC Porto, é uma caricatura cómica.