Actualidade Internacional

tocoolant

Bancada lateral
7 Abril 2016
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Qual é o problema de o Ocidente ter influência completa na região?
A Jordânia é um país west friendly.
Já viram a diferença entre as condições de vida dos jordanos para por exemplo os Yemenitas?
O Líbano era considerado a Suiça do Médio Oriente até os muçulmanos começarem com as suas merdas( sempre eles no draw first blood) e mergulharem o país num conundrum de esterco.

A minha estratégia para o Médio Oriente era expulsar todos os dissidentes dos países instáveis( Líbano, Yemen, Israel, Iraque) e instaurar governos pró ocidentais com projectos de desenvolvimento sócio económicos.

É a única forma de purgar o islamismo daquelas cabecinhas fracas
Boa sorte a fazer um novo Afeganistão. Mas maior. Triliões gastos, para não falarmos das vidas perdidas... depois os talibans tomam conta.

O Netanyahu está a fazer o que tem que fazer. Começar outra guerra para ver se pode continuar a adiar as eleições para não ir para a cadeia.

Mas hey, SUPERMLY. Se acreditares com muita força, e mandares bombas com muita força eles transformam-se todos na nova Singapura.
 

Edgar Siska

Presidente da Associação Ódio Eterno ao Panelas
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Ao pé da praia
  • Alfredo Quintana
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Partilho 100 por cento da tua opinião sobre as ditaduras.
Mas há democracias que, a nível externo, fazem muito pior ao mundo do que muitas ditaduras e comportam-se exactamente como essas ditaduras.
Israel é a única democracia do Médio Oriente. Em termos de política externa, é igual ou pior do que as ditaduras que tem em seu redor.
O Netanyahu por ele era uma ditadura que bem tentou.
 

Tails

Tribuna Presidencial
6 Janeiro 2013
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E caro @Mike_Walsh, a dissonância está nesta gente que apenas se limitam a debitar a cartilha para que são pagos, seja para defender interesses americanos ou interesses sionistas. São eles que aplicam 2 pesos e 2 medidas a situações similares e com uma hipocrisia sem limites. Como se Israel não fosse, neste caso, o agressor.

Pobre Europa, no que te tornaste.

Demasiado patético para não ser hilariante.

Direito internacional part time versão 678.
 

Edgar Siska

Presidente da Associação Ódio Eterno ao Panelas
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Ao pé da praia
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Por mais temebrosas que sejam as ditaduras, nada legitima agentes externos para mudar regimes.
Os ocidentais já deviam ter percebido isso


Enviado do meu iPhone usando o Tapatalk
Isso, as mudanças por norma devem ser endógenas no melhor cenário. E a grande maioria dos regimes cai por dentro.

O pior cenário é quando uma ditadura se torna, depois de um perigo para os seus cidadãos, um perigo para o mundo global, como por exemplo sucedeu com o III Reich, aí não há outra coisa a não ser forçar uma mudança exógena.
 
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Edgar Siska

Presidente da Associação Ódio Eterno ao Panelas
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Tendo a concordar que há sociedades que não querem ou melhor não sabem, nem estão habilitadas culturalmente ou em dimensionamento, para a democracia como nós a conhecemos.
 
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Mike_Walsh

Tribuna
4 Janeiro 2024
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Não não é, Roma já tinha séculos de existencia cultural quando adopta o cristianismo no Edito de Milão em 313, Judeus e cristãos eram uma nota de rodapé no império e cultura de Roma que nos influência.

isto é que é factual
Para sermos rigorosos, o Édito de Milão, de Constantino, deu liberdade de culto aos cristãos. Foi Teodósio, em 380, que estabeleceu o Cristianismo como religião oficial do Império.
Seja como for, tens razão. Roma adopta o Cristianismo numa fase em que o Império já estava em decadência. Durou menos de 100 anos depois disso.
 

Edgar Siska

Presidente da Associação Ódio Eterno ao Panelas
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Não não é, Roma já tinha séculos de existencia cultural quando adopta o cristianismo no Edito de Milão em 313, Judeus e cristãos eram uma nota de rodapé no império e cultura de Roma que nos influência.

isto é que é factual
E o cristianismo espalha-se com relativa facilidade devido à cultura helenística predominante na parte oriental do Império.
Por isso é que o Novo Testamento é escrito em grego koiné.
 

Moradona

Bancada lateral
18 Maio 2025
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Partilho 100 por cento da tua opinião sobre as ditaduras.
Mas há democracias que, a nível externo, fazem muito pior ao mundo do que muitas ditaduras e comportam-se exactamente como essas ditaduras.
Israel é a única democracia do Médio Oriente. Em termos de política externa, é igual ou pior do que as ditaduras que tem em seu redor.
Apesar de tudo, o Líbano também é uma democracia.
 

SUPERMLY

Tribuna Presidencial
14 Setembro 2017
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Essa ideia de dividir o mundo em democracias e o resto ser uma cambada de tralha obscurantista é uma simplificação excessiva e pouco lógica por diversos motivos.

Primeiro, porque aquilo que conduz aos chamados estados liberais democráticos na europa e nos EUA são um conjunto de revoltas e progressos muito particulares destas sociedades, associadas não só à escravatura, como fundamentalmente às enormes desigualdades sociais geradas por elites abastadas que taxavam fortemente as populações, fomes e extensiva pobreza. Essas revoltas populares provocam pressão nas elites e obrigam-nas a reformular um sistema declaradamente opressivo e diretamente violento, para formas de governação igualmente opressivas, mas não tão de forma declarada e violenta. No fundo os opressores tiram o pé do pescoço das populações e colocam-no sobre as costas, aliviam ligeiramente o sofrimento, diminuem a revolta, mas continuam a explorar as populações. É uma luta histórica e constante pela obtenção de mais direitos sociais e laborais. Mesmo após a revolução industrial, em países democráticos, eram constantes confrontos brutais entre trabalhadores e a polícia, muitas vezes com várias mortes.

Os caminhos e contextos históricos de sociedades como a chinesa, a iraniana e outras culturas asiáticas são completamente diferentes. Os chineses, por exemplo, não estão interessados em ser uma democracia. E quando falo em chineses, falo do povo, existe uma cultura milenar com raízes profundas na psique das populações associada à figura do líder unificador. As pessoas têm perfeita noção que é impossível governar um país como a China com uma democracia. Além de que China, mesmo tendo sido durante uns bons milénios, o mais poderoso império do planeta, nunca procurou disseminar a sua influência pelo mundo. É um país com um historial de muitos períodos de paz e prosperidade e outros de intensas e sangrentas guerras, mas todas associadas a conflitos nas suas fronteiras entre tribos e etnias locais.

Eu também prefiro viver em democracia, mas não me acho a mim nem à sociedade onde vivo culturalmente superior a alguém ou a outra sociedade com uma evolução distinta da minha a milhares de km de distância.

Depois há também a questão do quão democráticas são realmente as democracias. As democracias liberais do chamado ocidente, também têm uma capacidade tremenda de serem totalitárias quando os seus interesses superiores estão em jogo. Tudo de diversos instrumentos dentro de cada democracia e de como funcionam. Os EUA sempre tiveram uma máquina de propaganda extremamente sofisticada. Quando é necessário fabricar uma mentira para dar consentimento a um abuso de poder, eles fazem-no sem hesitar. Há, por exemplo, toda uma indústria de propaganda em torno do setor militar. Praticamente todos os filmes de Hollywood sobre guerra são um instrumento de propaganda e glorificação das guerras dos americanos, eles são sempre os heróis salvadores do mundo e os outros os maus e os vilões. Se te juntas ao exército és automaticamente um herói, mesmo que vás lutar guerras que não sabes sequer qual é o motivo por estares a lutá-las. Mesmo sendo uma democracia liberal, os EUA sempre conseguiram mandar os seus jovens para guerras cujas justificações foram mentiras fabricadas.

Se me perguntarem se eu prefiro viver numa sociedade europeia ou num país com um regime autocrata como o Irão ou a China, eu prefiro viver onde vivo. Mas também é preciso ter noção que o nível de prosperidade económica e social que as nossas sociedades atingiram, têm como base uma profunda luta pela obtenção de mais direitos sociais por parte das classes trabalhadores no século 19 e século XX. Além, naturalmente, da exploração e opressão de povos de outras regiões do mundo, sendo o continente africano um exemplo claro. Em quantos países africanos impedimos o progresso das sociedades porque explorávamos ferozmente os seus recursos naturais e matérias-primas que eram o motor das nossas economias. Ainda hoje isso acontece. Enchemos os bolsos de ditadores para assegurar o nosso proveito.

Portanto, mais cuidado com essa ideia de que por vivermos em supostas democracias somos culturalmente superiores ou melhores quando sempre tivemos e temos uma capacidade muito significativa para praticar atrocidades contra povos mais fracos para proveito próprio.

E no caso do Irão, a "tralha" do regime islâmico só chega ao poder porque a CIA e o MI6 assassinaram um líder democraticamente eleito e instauraram um monarca absolutista no poder simplesmente para as empresas americanas e britânicas explorarem o petróleo iraniano de forma abusiva.

Há democracias e democracias. Os regimes liberais também os há totalitários, mas não pelos meios de uma única pessoa. Há as democracias que o são no papel, mas não o são em forma.
Então basicamente temos de nos penitenciar por actualmente somos mais evoluídos mas porque já fomos iguais a 5 séc atrás.
Trançando uma analogia actualmente somos um gajo em forma porque perdemos peso e antes éramos obesos, como tal não podemos dizer aos obesos que ser obeso faz mal.
Vcs querem um mundo perfeito e metem na cabeça que as situações têm de se processar de certa forma.
Obviamente que o Ocidente apesar de ser mais evoluído civilizacionalmente, vai ter acções reprovaveis se os seus interesses forem ameaçados.
E desengana se que os interesses do Ocidente não são os nossos interesses.
Apesar de haver sempre uns actores a querer poder, os interesses do Ocidente têm globalmente ser do interesse dos seus cidadãos( se não fosse já se tinha mudado de política).
E falo de coisas quotidianas como emprego, proteção social, ambiente, sociedade e segurança.
As pessoas não podem é continuamente atacar a forma se concordam com o objectivo.

Convém é ter presente uma realidade inexorável:
Se não for o Ocidente a explorar outros povos mais fracos em vários pontos do globo, outras potências falo ão sem hesitar.
Nós não temos de ser o Mahtma Gandi do mundo( os bonzinhos e ingénuos acabam sempre a trabalhar para os outros).

Outra coisa que se tem desmistificar é que após a II Guerra o iluminismo e a consciência existencial abraçou o Mundo e a proteção da vida é acima de qualquer princípio.
Isso é uma ilusão, uma alucinação do politicamente correto.
Se a organização colectiva de sociedade é aquela em que tu acreditas vale o sacrifício de qualquer vida.

E a correcta é sempre aquela que ganha porque é a que prevalece.

Entre estar certo e ser mais forte, porque nem sempre quem.esta certo prevalece mas sim o.mais forte.

Felizmente para nós os mais fortes na II Guerra foram os que permitiram viver da maneira que vives hoje
 

Moradona

Bancada lateral
18 Maio 2025
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Confessional.
Se as pessoas conseguissem sei lá, aceitar que cada qual acredita no que quer...
O Líbano antes da guerra civil tinha um potencial enorme.
Têm muitos problemas associados a impasses políticos devido a algumas tensões sectárias, corrupção, clientelismo, mas ainda assim não se pode dizer que não o é.
 
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Edgar Siska

Presidente da Associação Ódio Eterno ao Panelas
9 Julho 2016
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Têm muitos problemas associados a impasses políticos devido a algumas tensões sectárias, corrupção, clientelismo, mas ainda assim não se pode dizer que não o é.
É, mas profundamente quebrada.

Tem também problemas relativos ao facto de conflitos vizinhos lhes terem entrado porta dentro.
Síria, Palestina, Israel...
 
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SUPERMLY

Tribuna Presidencial
14 Setembro 2017
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Não não é, Roma já tinha séculos de existencia cultural quando adopta o cristianismo no Edito de Milão em 313, Judeus e cristãos eram uma nota de rodapé no império e cultura de Roma que nos influência.

isto é que é factual
O cristianismo moldou a cultura romana e o cristianismo deriva do judaísmo.
Por exemplo.o.impulso.dado à ciência no séc XVI foi através da reforma protestante que tirou a Europa do obscurantismo.

Tal como o islamismo moldou e de certa forma desvirtuou a cultura persa isto em 45 anos de Ayatolas.

As religiões para o pior e para o melhor influenciaram as civilizações locais.

E eu tou a vontade para dizer isto porque sou ateu