Actualidade Internacional

Moradona

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18 Maio 2025
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Qual é o problema ? Ainda recentemente o Macron recebeu um que na altura se felicitava dos atentados em França... Mas se quiseres tambêm podemos falar do financiamento da Irmandade Muçulmana por alguns dos nossos amigos ou de certos grupos terroristas.
É uma lista que pode ser um bocado longa... não sei se seria interessante para alguns aqui.

Grupos terroristas como os Contras na Nicarágua que mataram civis, padres e freiras? Financiados e armados pelos EUA. Ainda me recordo bem do escândalo que foi quando o Gary Webb, jornalista de investigação, publicou uma série de artigos que depois viraram um livro provando as ligações da CIA a cartéis de droga para financiar o terrorismo no Nicarágua. As campanhas difamatórias de que foi alvo nos meses e anos seguintes por parte da esmagadora maioria dos media americanos, até que uns anos mais tarde se tornou consensual que o Gary Webb afinal tinha razão.

Os Mujahideen no Afeganistão que mais tarde deram origem à Al-Qaeda? Financiados armados pelos EUA.

Os albaneses do KLA que cometeram diversos crimes de guerra contra sérvios e diversas minorias étnicas? Financiados e armados pelos EUA e pela NATO.

Num dia os americanos e os europeus estavam aos beijos e abraços com o Gaddafi, no outro estavam a bombardear a Líbia e a armar rebeldes ligados a grupos como a al-qaeda e outros grupos jihadistas.

Os rebeldes da guerra civil da Síria que pertenciam também eles a diversas fações ligadas à al-Qaeda e ao Estado Islâmico? Financiados pelos EUA e por Israel. Hoje, os terroristas de outrora que celebravam o 11 de Setembro, os atentados do Charlie Hebdo e do Bataclan, que torturavam e cortavam cabeças, vestem um fatinho da Hugo Boss e andam em encontros e reuniões com os líderes das mais poderosas nações do ocidente.
 

Portoallez2

Tribuna Presidencial
4 Setembro 2016
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Qual é o problema ? Ainda recentemente o Macron recebeu um que na altura se felicitava dos atentados em França... Mas se quiseres tambêm podemos falar do financiamento da Irmandade Muçulmana por alguns dos nossos amigos ou de certos grupos terroristas.


"Estamos satisfeitos em observar que uma seita desviante foi capaz de realizar uma operação bem-sucedida contra os Kufaar (infiéis)"
Podes meter a lista que quiseres..isso não vai fazer com que o regime do Irão seja inocente..o regime Iraniano é um dos maiores patrocinadores de terrorismo por esse mundo fora e é impensável um regime desses ter acesso a bombas nucleares..e o perigo não é só para Israel, é para qualquer um..
 
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Edgar Siska

Presidente da Associação Ódio Eterno ao Panelas
9 Julho 2016
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Ao pé da praia
  • Alfredo Quintana
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Sim eu sei pah.
Mouros eram os árabes ou os berberes.
Estes são persas.
Mas é tudo a mesma tralha são muslims
Não é a mesma "tralha".
Não é assim que se lida com a história.
É das zonas culturalmente mais ricas historicamente. A história da Persia é milenar.
Agora os líderes ou o regime é tralha obscurantista obviamente.
 

SUPERMLY

Tribuna Presidencial
14 Setembro 2017
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Não é a mesma "tralha".
Não é assim que se lida com a história.
É das zonas culturalmente mais ricas historicamente. A história da Persia é milenar.
Agora os líderes ou o regime é tralha obscurantista obviamente.
Eu sei História.
Mas ninguém vai ficar com os braços cruzados por causa da sua herança cultural.
Aliás muita dessa herança cultural já se perdeu trocada pela religião
 

Panda Azul e Branco

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14 Janeiro 2025
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Podes meter a lista que quiseres..isso não vai fazer com que o regime do Irão seja inocente..o regime Iraniano é um dos maiores patrocinadores de terrorismo por esse mundo fora e é impensável um regime desses ter acesso a bombas nucleares..e o perigo não é só para Israel, é para qualquer um..
Quem é sempre inocente é o regime de Israel. Não respeitam o direito internacional nem coisa nenhuma, atacam qualquer país das proximidades sob um pretexto qualquer sem qualquer declaração de guerra prévia, matam civis às dezenas de milhar com evidente satisfação psicopata de soldados, políticos, e pior ainda, cidadãos comuns de Israel. Cada dia que passa se comportam mais como cães raivosos já completamente dominados pela doença. E é sabido, o fim dos cães raivosos é a morte próxima, pela própria doença ou porque são abatidos. Israel, com este comportamento cada vez mais indisfarçavelmente raivoso, parece caminhar a passos largos para um terrível fim cada vez mais próximo.
 
Moradona

Moradona

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18 Maio 2025
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Há que saber separar propaganda da realidade. Nós estamos num eixo cultural completamente dominado pela cultura americana e europeia.

Existe, desde logo, uma intenção clara de nos fazerem acreditar que determinados países são inimigos naturais e ameaças. E, consequentemente, as máquinas de propaganda pegam em aspetos reais, evidenciam-nos e exageram-nos para nos fazer acreditar que o país X, o país, Y ou o país Z, são aquilo e pouco mais.

O regime Iraniano tem evidentes problemas associados aos direitos das mulheres, das minorias LGBT ou restrições à liberdade da imprensa e censura. No entanto, não é essa tralha obscurantista que querem fazer parecer. Há países islâmicos com excelentes relações com os EUA que são bastante mais obscurantistas.

Posso falar com alguma propriedade pois já estive 2 vezes no Irão em trabalho. É um país que apesar das diversas sanções de que são alvo têm, por exemplo, um notável setor tecnológico, com progressos muito consideráveis em áreas como as energias renováveis, a biotecnologia, a nanotecnologia ou a inteligência artificial. E não apenas uma indústria virada o setor militar e a produção de mísseis e drones. São um país que têm acolhido milhões de refugiados das guerras e conflitos que desestabilizaram todo o médio oriente nas últimas décadas, só do Afeganistão são uns bons milhões. Têm ensino público de qualidade e boas universidades.

Há questões que são mais complexas do que aquilo que parecem. Vocês se passearem por Teerão pouca diferença vão notar para a vida nas nossas cidades. As pessoas vestem-se como aqui, as mulheres não andam todas tapadas, arranjam-se, andam maquilhadas, vão ao cabeleireiro, pintam as unhas, frequentam universidades. Têm mais restrições que os homens e por vezes sofrem abusos, mas as mulheres e a sociedade iraniana têm lutado por mais direitos e têm feito progressos. Como as nossas sociedades fizeram no passado. Cabe aos Iranianos lutar por esse progresso, não cabe a pessoas a milhares de km de distância que nem sequer sabem onde fica o Irão no mapa ou muito menos nomear duas cidades iranianas.

Por cá também se romantiza sobre uma ideia fictícia de um Irão antes da revolução islâmica. O regime de Reza Pahlavi era um regime monárquico absolutista. Havia censura, não havia liberdade de imprensa, as pessoas eram perseguidas e torturadas se tivessem ideias dissidentes. Muito poucas mulheres tinham uma educação escolar, só aquelas que pertencessem às elites ou a famílias com mais posses, normalmente ligadas ao regime. Era um país com assimetrias e desigualdades económicas muito grandes. Portanto, o Irão não passou do Iluminismo para a Idade das Trevas. Muitas coisas melhoraram e outras pioraram. Sobretudo, a grande diferença é que antes da revolução islâmica era um país sem soberania, governado por um monarca que não passava de uma marioneta dos americanos, que tinham interesse no Irão fundamentalmente para que as grandes corporações petrolíferas americanas e britânicas tivessem acesso ao petróleo iraniano e cerca de metade dos lucros, além de total controlo sobre a produção e preços.

Além de que não são os americanos, nem os europeus e muito menos os israelitas que estão interessados no bem do povo iraniano. Estão apenas interessados nas suas próprias agendas e nos seus próprios interesses. Os processos de progresso das sociedades devem ser orgânicos e não fruto de ações externas por interesses externos.
 

Panda Azul e Branco

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Há que saber separar propaganda da realidade. Nós estamos num eixo cultural completamente dominado pela cultura americana e europeia.

Existe, desde logo, uma intenção clara de nos fazerem acreditar que determinados países são inimigos naturais e ameaças. E, consequentemente, as máquinas de propaganda pegam em aspetos reais, evidenciam-nos e exageram-nos para nos fazer acreditar que o país X, o país, Y ou o país Z, são aquilo e pouco mais.

O regime Iraniano tem evidentes problemas associados aos direitos das mulheres, das minorias LGBT ou restrições à liberdade da imprensa e censura. No entanto, não é essa tralha obscurantista que querem fazer parecer. Há países islâmicos com excelentes relações com os EUA que são bastante mais obscurantistas.

Posso falar com alguma propriedade pois já estive 2 vezes no Irão em trabalho. É um país que apesar das diversas sanções de que são alvo têm, por exemplo, um notável setor tecnológico, com progressos muito consideráveis em áreas como as energias renováveis, a biotecnologia, a nanotecnologia ou a inteligência artificial. E não apenas uma indústria virada o setor militar e a produção de mísseis e drones. São um país que têm acolhido milhões de refugiados das guerras e conflitos que desestabilizaram todo o médio oriente nas últimas décadas, só do Afeganistão são uns bons milhões. Têm ensino público de qualidade e boas universidades.

Há questões que são mais complexas do que aquilo que parecem. Vocês se passearem por Teerão pouca diferença vão notar para a vida nas nossas cidades. As pessoas vestem-se como aqui, as mulheres não andam todas tapadas, arranjam-se, andam maquilhadas, vão ao cabeleireiro, pintam as unhas, frequentam universidades. Têm mais restrições que os homens e por vezes sofrem abusos, mas as mulheres e a sociedade iraniana têm lutado por mais direitos e têm feito progressos. Como as nossas sociedades fizeram no passado. Cabe aos Iranianos lutar por esse progresso, não cabe a pessoas a milhares de km de distância que nem sequer sabem onde fica o Irão no mapa ou muito menos nomear duas cidades iranianas.

Por cá também se romantiza sobre uma ideia fictícia de um Irão antes da revolução islâmica. O regime de Reza Pahlavi era um regime monárquico absolutista. Havia censura, não havia liberdade de imprensa, as pessoas eram perseguidas e torturadas se tivessem ideias dissidentes. Muito poucas mulheres tinham uma educação escolar, só aquelas que pertencessem às elites ou a famílias com mais posses, normalmente ligadas ao regime. Era um país com assimetrias e desigualdades económicas muito grandes. Portanto, o Irão não passou do Iluminismo para a Idade das Trevas. Muitas coisas melhoraram e outras pioraram. Sobretudo, a grande diferença é que antes da revolução islâmica era um país sem soberania, governado por um monarca que não passava de uma marioneta dos americanos, que tinham interesse no Irão fundamentalmente para que as grandes corporações petrolíferas americanas e britânicas tivessem acesso ao petróleo iraniano e cerca de metade dos lucros, além de total controlo sobre a produção e preços.
Excelente comentário. Só te faltou referir uma pequena coisa: os grandes amigos de Reza Pahlavi eram, para além dos americanos, os israelitas.
 

Moradona

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18 Maio 2025
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Israel já começou a atacar as infraestruturas de produção de gás natural do Irão, o que resultada em mais uma escalada daquilo que tudo indica será uma guerra total.

As supostas negociações entre os EUA e o Irão não passavam de uma manobra para "adormecer" os iranianos e dar uma ideia de que estavam mais interessados na diplomacia. Israel atacou quando havia uma reunião agendada. Rubio declarou que Israel agiu unilateralmente e passado pouco tempo Trump reconhece que sabiam tudo sobre o ataque de Israel e ainda fez um post do mais fascista que pode haver dizendo que ou o Irão negociava ou iam ser destruídos. Naturalmente, o Irão cancelou a reunião.

É mais evidente do que nunca que o objetivo nunca foi destruir o programa nuclear Iraniano, mas provocar uma mudança de regime. Agora o que Israel mais quer é que o Irão ataque uma base militar americana no médio oriente, é a desculpa que falta para os americanos entrarem diretamente na guerra.

"O Irão está a poucos meses de produzir uma bomba nuclear" é o novo "O Iraque tem armas de destruição em massa".

Veremos onde isto nos leva.

Tempos sombrios estes.
 

SUPERMLY

Tribuna Presidencial
14 Setembro 2017
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Quem é sempre inocente é o regime de Israel. Não respeitam o direito internacional nem coisa nenhuma, atacam qualquer país das proximidades sob um pretexto qualquer sem qualquer declaração de guerra prévia, matam civis às dezenas de milhar com evidente satisfação psicopata de soldados, políticos, e pior ainda, cidadãos comuns de Israel. Cada dia que passa se comportam mais como cães raivosos já completamente dominados pela doença. E é sabido, o fim dos cães raivosos é a morte próxima, pela própria doença ou porque são abatidos. Israel, com este comportamento cada vez mais indisfarçavelmente raivoso, parece caminhar a passos largos para um terrível fim cada vez mais próximo.
Israel não é inocente e ainda bem.
Se fossem inocentes, tinham desaparecido da face da Terra já.
Aqui os inocentes desaparecem e isto é uma luta de civilizações( ao contrário daquilo que aqui se quer parecer).
Uma vez o Irão vergado, o mundo islâmico ou evolui deixando o obscurantismo de lado ou desaparece.
É a seleção natural.
Ou te adaptas ou desapareces.

A.Arabia Saudita já aprendeu, a Jordânia, o Iraque também.
O Paquistão ainda não mas a Índia trata deles breve.

Espero que os países norte de África fiquem quietos e não se ponham com merdas
 
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Moradona

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18 Maio 2025
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Não sei se chegaram a ver o discurso do embaixador de Israel na ONU. Tentei procurar o vídeo em questão, mas acabei por não encontrar, provavelmente deve andar por aí pelo X, mas não tenho conta.

Basicamente disse que o Irão ultrapassou linhas vermelhas ao atacar civis e ter provocado dezenas de feridos e que Israel iria responder de forma destrutiva.

Não sei se isto é uma total alienação da realidade, dissonância cognitiva ou alguma grave patologia psicológica. Falam como se o Irão não tivesse retaliado a um ataque de Israel que destruiu diversas infraestruturas e inclusive foi direcionado a civis como cientistas nucleares e como se não estivessem há 1 ano e meio a matar diariamente civis em Gaza, inclusive mais de 20 mil crianças.

E entre alguns dos primeiros ataques de Israel, a destruição de um hospital pediátrico em Teerão. Como é possível defender-se um estado destes governado por lunáticos?

 

SUPERMLY

Tribuna Presidencial
14 Setembro 2017
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Que diferença de performance militar entre os iranianos e os israelitas.
Isto acontece porque concerteza Allah está ocupado a comer as 40 virgens e não ajuda os iranianos.
Por outro lado o Yahweh é virgem e desocupado até centrais nucleares atinge...
 

Panda Azul e Branco

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Israel não é inocente e ainda bem.
Se fossem inocentes, tinham desaparecido da face da Terra já.
Aqui os inocentes desaparecem e isto é uma luta de civilizações( ao contrário daquilo que aqui se quer parecer).
Uma vez o Irão vergado, o mundo islâmico ou evolui deixando o obscurantismo de lado ou desaparece.
É a seleção natural.
Ou te adaptas ou desapareces.

A.Arabia Saudita já aprendeu, a Jordânia, o Iraque também.
O Paquistão ainda não mas a Índia trata deles breve.

Espero que os países norte de África fiquem quietos e não se ponham com merdas
A Índia trata do Paquistão em breve? A sério? O Paquistão tem um arsenal nuclear da dimensão do da Índia, se a Índia "tratar" do Paquistão o Paquistão "trata" da Índia na mesma medida. Vão ser 2 holocaustos nucleares.
Se o Irão já tivesse arsenal nuclear, Israel estava quietinho, não fazia nada do que está a fazer. Nem o Irão fazia nada a Israel por Israel também ter um arsenal nuclear. A reciprocidade nuclear é boa, garante que os autointitulados bons não atacam nem destroem aqueles que classificam de maus. Porque os autointitulados bons têm muito essa mania, de acharem que têm o direito de destruir os que têm ideias de organização política e social diferentes das deles, e que portanto são maus. E depois, afinal, são os autointitulados bons que se comportam como profundamente maus.
 
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Panda Azul e Branco

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14 Janeiro 2025
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Que diferença de performance militar entre os iranianos e os israelitas.
Isto acontece porque concerteza Allah está ocupado a comer as 40 virgens e não ajuda os iranianos.
Por outro lado o Yahweh é virgem e desocupado até centrais nucleares atinge...
Quem semeia ventos colhe sempre tempestades.
Lá chegará o dia em que Israel colherá tudo o que tem semeado. Não vai ser bonito de ver, podes crer.
 

Dagerman

Tribuna Presidencial
1 Abril 2015
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Israel não é inocente e ainda bem.
Se fossem inocentes, tinham desaparecido da face da Terra já.
Aqui os inocentes desaparecem e isto é uma luta de civilizações( ao contrário daquilo que aqui se quer parecer).
Uma vez o Irão vergado, o mundo islâmico ou evolui deixando o obscurantismo de lado ou desaparece.
É a seleção natural.
Ou te adaptas ou desapareces.

A.Arabia Saudita já aprendeu, a Jordânia, o Iraque também.
O Paquistão ainda não mas a Índia trata deles breve.

Espero que os países norte de África fiquem quietos e não se ponham com merdas
É muito fácil ser partidário da resolução de conflitos de interesses através da violência indiscriminada quando sabemos que não corremos o risco de levar com uma bomba em cima. É aliás por isso que a guerra é tão popular entre o povo americano. Sabem que estão a uma distância segura dos países que bombardeiam, e que o pior que lhes pode acontecer é terem de pagar mais pela gasolina no posto de combustível.
Mas gostava de saber se a tua retórica belicista seria igual se um Herr Ventura decidisse bombardear Badajoz para tentar recuperar Olivença. Aí se calhar punhas-te a olhar para o mapa, percebias que a tua casa estava na rota dos mísseis castelhanos, e do dia para a noite passavas de falcão a pombinha.

Quanto ao resto, o teu discurso não faz sentido nenhum. Os EUA não tem absolutamente nada contra regimes "obscurantistas". Dão-se lindamente com a Arábia Saudita, por exemplo, que em matéria de costumes é muito mais retrógada do que o Irão.
E estás enganado quando falas em "luta de civilizações". Isso não existe, o que existe são interesses económicos, políticos e geoestratégicos do tipo: o führer Netaniau precisa de desviar as atenções do genocídio em Gaza e de salvar politicamente a pele; e os EUA gostariam muito de voltar a ter um governo pró-americano em Teerão para tornar a controlar o petróleo do país e enfraquecer a aliança russo-chinesa.
Só que não vai acontecer, em primeiro lugar porque a China e a Rússia vêm o Irão como um aliado estratégico, em segundo lugar porque Israel sozinho não tem força para derrubar o regime iraniano, e convidar os EUA para se juntarem à sua festa também está fora de questão, porque aí a Rússia e a China teriam de intervir, correndo-se o risco de um estado de guerra generalizada, que em teoria não interessa a ninguém. A não ser, claro, que americanos e israelitas, como bons fanáticos do Antigo Testamento que são, anseiem por um apocalipsezinho que traga de volta o Messias (que neste caso seriam dois messias, um para cada um), mas eu quero acreditar que os falcões apocalípticos em Israel e nos EUA são uma minoria.
 

Dagerman

Tribuna Presidencial
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A Índia trata do Paquistão em breve? A sério? O Paquistão tem um arsenal nuclear da dimensão do da Índia, se a Índia "tratar" do Paquistão o Paquistão "trata" da Índia na mesma medida. Vão ser 2 holocaustos nucleares.
Se o Irão já tivesse arsenal nuclear, Israel estava quietinho, não fazia nada do que está a fazer. Nem o Irão fazia nada a Israel por Israel também ter um arsenal nuclear. A reciprocidade nuclear é boa, garante que os autointitulados bons não atacam nem destroem aqueles que classificam de maus. Porque os autointitulados bons têm muito essa mania, de acharem que têm o direito de destruir os que têm ideias de organização política e social diferentes das deles, e que portanto são maus. E depois, afinal, são os autointitulados bons que se comportam como profundamente maus.
Os israelitas ocupam, roubam, arrasam cidades, matam centenas de milhares de civis, e agora até bombardeiam centrais nucleares (com consequente libertação de radiação), mas na cabeça de muitos nunca deixam de representar o bem. É como se o holocausto lhes tivesse dado um free pass para fazer o que quiserem, ganharam o estatuto de vítimas vitalícias, e mesmo que alvejassem o Irão com mísseis atómicos e destruíssem o mundo inteiro, continuariam a ter quem os aplaudisse. Não deixa de ser quase engraçado.