o que eu acho curioso é que o pessoal que critica o islão (e bem) pelo tratamento dado às mulheres é o mesmo pessoal que em Portugal quer regressar aos anos 50 ou 60, quando as mulheres não podiam votar, não podiam divorciar-se, tinham que pedir autorização ao marido para sair do país ou para abrirem conta bancária , tinham que pedir autorização ao patrão para se casarem, não podiam sair à rua sozinhas e não podiam ser juízas, diplomatas ou polícias.Tu estás a falar só de direitos canónicos ou na hierarquia da igreja. Não é muito mau. Quantas pessoas representa isso na população ? Quanta população são sacerdotes católicos numa sociedade ? 0,0001 ??? Porque de resto a mulher católica pode fazer tudo
E que tal falares de culturas e sociedades, com centenas de milhões em que a mulher nem na hierarquia da sua igreja...nem em nenhum setor ? Que não podem trabalhar, ou só em funções domesticas ? Quantos milhões de mulheres só podem aprender a ler e escrever e voltar a casa para casar cedo com quem os pais decidirem que casam?
Quantas não podem tirar a carta de condução ?
Ir a uma simples cabeleireira, mostrar a cara ?
Não há religiões de verdadeira igualdade.
Mas deixar 15 ou 20 por cento da população mundial fora dessas preocupações e fixarmo-nos nas funções que 0,0001, não podem exercer... Não podem ser sacerdotes ok. Mas podem fazer tudo que quiserem das suas vidas. E os tais 15, 20 por cento que falei ? Que são centenas de milhões de mulheres ?
Não estou a dizer que seja o teu caso, Rogério, mas é um discurso que eu vejo muitas vezes repetido por aí.