É verdade. A coesão social fornecida pela religião também se pode manifestar na guerra e na conquista, e um dos exemplos mais evidentes é o islamismo, que em poucas décadas conquistou todo o norte de Àfrica e a Península Ibérica. Não o teria conseguido sem o fervor religioso.E no entanto, ou se calhar por isso, muitos dos grandes crimes da História da Humanidade foram feitos em nome da religião e de deus.
Mas a coesão social não precisa de ser fornecida pela religião, qualquer ideologia serve, desde que seja adoptada em bloco pela comunidade, e muitas vezes nem é preciso propriamente uma ideologia, basta um líder carismático.
Mas os piores crimes, ainda assim, não foram cometidos em nome da religião. Afinal, qual era a religião de Gengis Khan, Hitler, Estaline ou Mao?
Outro aspecto importante é que a coesão social não precisa de se manifestar através da guerra. Pode manifestar-se através da competitividade económica.
Certo é que a sem a coesão social fornecida pela religião ou por qualquer outra ideia aglutinadora, nenhuma nação sobrevive muito tempo. Se Portugal se manteve independente durante quase 900 anos foi porque os portugueses sempre tiveram bem presente que mais vale morto que espanhol.