É importante, também, parar para pensar
Há pouco mais de um ano, o FC Porto goleou o Benfica por 5-0. Aquele onze tinha Pepe e Wendell, Nico González e Francisco Conceição, Galeno e Evanilson. Esta é a realidade: o FC Porto sofreu, recentemente, uma brutal fuga de talento. Há muito menos qualidade individual no plantel do que existia há bem pouco tempo. Haverá vários culpados nisso, da situação financeira a um mercado que não foi assim tão bom como chegou a parecer, mas a diminuição do talento é um facto inegável.
Haver menos talento também contribui para o vazio. A ideia de orfandade, inevitável após mais de quatro décadas nas quais todos sabiam para onde olhar, também contribui para o vazio. Ter o treinador com mais jogos realizados na história do clube a partilhar frases de Pedro Chagas Freitas minutos depois de uma derrota histórica também contribuiu para a confusão (um segundo de silêncio pela singularidade do futebol nacional, que exporta um técnico para o gigante Milan, mas que o tem a usar as redes sociais para mandar indiretas para o seu ex-clube).
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O texto não é meu, mas do Expresso, por quem pensa futebol (PEDRO BARATA). Aproveitem que estes dois já não chegam lá.