Há um claro e grave problema de atitude desta equipa, deste plantel. Em 2 jogos com novo treinador não se vislumbraram alterações, neste aspecto. Ou é aquela passividade/apatia que caracteriza esta nova geração, ou é mesmo falta de tomates. Como é possível chegar ao empate a 10 minutos do fim e não ir logo para cima para sacar a vitória? A sério que vamos trocar a bola entre os centrais e o meio campo, quando a puta tem que ir lá para cima, rapidamente e com tudo?
Nunca vi nada igual, no Porto. Isto nada tem nada a ver com ser Porto. Nem com o Otácvio Machado isto se viu. Os jogadores eram fracos. Jogava-se mal. Mas sempre se foi para cima, com tudo, quando era preciso. Agora nem sequer podemos falar de fazer a cama ao treinador. O homem acabou de chegar.
Portanto, há aqui um ponto que deve estar à frente de todos os outros, quando olhamos para o perfil de um atleta do Futebol Clube do Porto: ou luta até à morte ou não tem cá lugar. Gajos que controlam empates e afins, não, obrigado. É preciso gente que assuma a responsabilidade, quando mais ninguém consegue. Ali o meio/casa das máquinas tem que ter, acima de tudo, tomates. Vender o Nico a meio da época não ajuda.
Se este plantel está mesmo cheio de cancros, que não querem nada, há que limpar a casa. Mas não voltem a pensar em Fábio Vieiras. Meninos mimados, que não se dão ao trabalho de lutar pela bola, que vão para o caralho. Não importa se são da casa ou não. O imprescindível é ter uma equipa de homens que morram em campo. Isto é que é ser Porto, caralho, memos que sejam todos trepos. Prefiro infinitamente um trepo trabalhador a um fora de série que joga quando lhe apetece. Agora temos ali umas prima-donas (Pêpês, Fábio, Namasos, etc,) que jogam de pantufas, tipo peladinha, mesmo que precisemos de um golo e faltem 5 minutos para acabar.
Falta experiência, maturidade e autoridade dentro deste plantel. Nem um Pepe ou um Moutinho. Nada. Zero. Não há ninguém que dê um berro em campo e que ponha tudo em sentido a dar o corpo pela vitória, até ao último sopro do árbitro. Continuamos a apostar, única e exclusivamente, na contractação de miúdos. Estamos à espera de valoriza-los com este cenário? Tipo anarquia onde cada um joga quando quer e como quer? Alguma vez isto funcionou? É preciso complementar a juventude com experiência!
Por último, há que unir, urgentemente, o Futebol Clube do Porto. Quem assiste ao vivo a um jogo como o de ontem nota perfeitamente que o resultado eleitoral ainda continua a magoar. Há insultos a jogadores, sistemáticos e generalizados, ainda na primeira parte (Gonçalo, por exemplo). Dá ideia de que é uma atitude concertada para que a coisa corra mal. Os adeptos também não estão a ser Porto. Não se consegue criar aquela onda depois do 2-2 para que a equipa se galvanize. Se não era o chouriço do Otávio, nem os mínimos se fazia até ao fim. Portanto, não tenho a solução nem a fórmula mágica, mas cabe ao timoneiro tratar de unir as tropas. É a sua, principal, responsabilidade. Um bom líder consegue unir um grupo. O que é preciso é que isso seja posto em primeiro plano.
Capacitem-se de uma merda: o Porto nunca vai ganhar o que já consegui com este ambiente de merda. Vamos entrar na linha do sêlêbê final dos anos 90. O homem que faça como quiser, porque este é o principal problema do Porto: não lutamos todos pelo mesmo.
Em suma, estou muito fodido com aquilo que vi. No final, junto ao autocarro, apenas 2 jogadores vieram junto dos adeptos: Gonçalo Borges e Alan Varela. O Varela teve ali um minuto e foi-se. O Gonçalo atendeu a tudo o que conseguiu. O resto fugiu, que nem ratos. Muitos, se não a maioria, escondidos dentro do capuz do fato de treino, nem sequer acenavam ou levantavam o braço, quando chamavam pelos seus nomes. Que vão para o caralho. Mimados de merda. Voltem para a barriga das mães.