Dragões divulgaram esta quarta-feira as conclusões da auditoria forense
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FC Porto: conheça algumas das comissões acima do valor referência pagas nos últimos anos
Mbemba
Comprado por 4,5 M€, viria a sair a custo zero no final dos quatro anos de contrato, quando tinha um valor de mercado de 17 M€. Motivou um pagamento adicional de 3 M€ à Piligrim Holland, do agente Christophe Henrotay, uma comissão de 44%, bem acima dos 3% recomendados pela FIFA. Acrescentado depois um aditamento em que o FC Porto se comprometia pagar 250 mil euros por casa época que o jogador realizasse no FC Porto, o que totalizou mais um milhão de euros.
Éder Militão
Adquirido ao São Paulo por 7 M€ (90% dos direitos económicos). Este negócio e posterior venda ao Real Madrid, um ano e meio depois, envolveu comissões que chegaram aos 12,5 M€. Por partes. O FC Porto teve de pagar 1 M€ à BM Consulting, de Bruno Macedo, de comissão por intermediação com o emblema paulista e mais 2 M€ à HI Talent (representada por Ulisses de Souza Jorge) de intermediação no contrato de trabalho do central. Posteriormente, o FC Porto pagou 7 M€ a Giuliano Bertolucci como comissão na transferência (14 %) para o Real Madrid e mais 2,5 M€ a Bruno Macedo.
Fábio Silva
A última renovação de contrato feita por Fábio Silva, em julho de 2020, envolveu o pagamento de 1 M€ à STV, representada por Carlos Oliveira Silva, correspondentes a 14% do salário bruto do jogador. Depois, quando o atleta foi vendido ao Wolverhampton por 40 M€, os dragões pagaram 7 M€ à Gestifute, de Jorge Mendes, correspondentes a 18% do negócio e mais 3 M€ à já referida STV. Ao todo, Fábio Silva movimentou 11 M€ só em comissões pagas pelo FC Porto.
Ao todo, diz a auditoria, registam-se 6,79 M€ de comissões acima do referencial da FIFA.
João Pedro
Contratado ao Palmeiras em 2018, custou 4 M€. A empresa de Bruno Macedo teria direito a 400 mil euros pela intermediação com o clube, mas numa das parcelas, de 100 mil euros, não foi possível identificar o titular da conta de destino. Pedro Pinho revebeu 350 mil por intermediação na celebração do contrato de trabalho.
Sérgio Oliveira
Jogador da formação que saiu do clube e foi readquirido em 2014 ao Paços de Ferreira por 575 mil euros, motivando uma comissão à Vela Management de 300 mil euros por intermediação na negociação do contrato de trabalho. Mota: o contrato com esta agência foi celebrado no mesmo dia da assinatura do contrato de trabalho... Em 2018, a primeira renovação de contrato do médio custou mais 418 mil euros, devido à Foremost, representada por Amadeu Paixão. Já depois de ter sido cedido ao Olympiakos, Sérgio Oliveira voltaria a renovar, agora em 2021, motivando uma comissão de 400 mil euros à N1 de Pedro Pinho. A posterior cedência à Roma custou 99 mil euros, pagos à Gestifute. Finalmente, a venda ao Galatasaray por 3 M€ motivou mais duas comissões: 787 mil euros a Pedro Pinho e 325 mil euros à Foremost.
Ao todo, a auditoria concluiu que foram pagos 1,6 M€ em comissões acima do refencial da FIFA.