O teu gráfico maravilhoso mostra apenas que a incidência de casos de raiva em humanos já vinha a cair abruptamente muito antes de ter começado a vacinação sistemática de cães, o que nos devia fazer concluir que não foi propriamente a vacinação que fez diminuir os casos de doença.Caro colega,
o que permite que o teu cão ou de qualquer outra pessoa possa não ser vacinado contra a raiva e nunca contrair a doença, além do acaso, é o facto da percentagem de cães que contraem o vírus ser quase zero, fruto precisamente da vacina que é uma das mais bem estudadas e das mais elegantes sob o ponto de vista científico, até porque não serve apenas como profilaxia, mas também como tratamento da própria doença após se contrair o vírus.
Este gráfico é absolutamente maravilhoso
E já agora este também
A experiência individual é absolutamente irrelevante. Se tivesses nascido em 1850 e tivesses um cão, ele até podia nunca contrair o vírus da raiva e viver uma vida longa, mas seria obra do acaso e de muitas outras variáveis. No entanto, estatisticamente, a probabilidade do teu contrair o vírus seria radicalmente superior.
Curiosamente, gráficos de prevalência de outras doenças ditas contagiosas como o sarampo ou a varíola mostram igualmente que o número de casos começou a descer a pique nas primeiras décadas do século XX, muito antes de terem sido introduzidas as respectivas vacinas.
Para um gajo que estudou lógica, como eu, há aqui qualquer coisa que não bate certo.
Mas por favor não tomes esta resposta como um convite à discussão, porque a minha opinião sobre a pseudo-ciência chamada virologia já está formada, depois de muitas centenas de horas a ler sobre o assunto, e como tenho zero espírito missionário, não me preocupo com as crenças dos outros. Dou a minha opinião, se estiver para aí virado, mas por mim cada um pode acreditar no que quiser.