André Villas-Boas - Presidente

Devenish

Tribuna Presidencial
11 Outubro 2006
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Porto
  • Reinaldo Teles
  • Março/19
Texto encontrado no mais futebol que assino;

Bem antes de se sentar no cadeirão como presidente do FC Porto, já André Villas-Boas conhecia de cor os bancos como treinador em diversas latitudes. E o mesmo vale para Jorge Costa, agora diretor para o futebol.

Só alguém menos avisado imagina que, a esta altura do campeonato, ambos não estejam cientes das virtudes e defeitos de Vítor Bruno e da sua equipa técnica.

Saberão que, quando exposta a adversários de um nível mais exigente, a primeira linha de pressão funciona mal e a organização defensiva é caótica – como se viu contra Benfica, Sporting e até Bodo Glimt. Já terão notado a intranquilidade, provavelmente resultante da ausência de um líder natural em campo, que resulta em imensas dificuldades de conservar vantagens mínimas, ficando a equipa permeável, quando não nas transições, a qualquer cruzamento ou bola parada – como se viu com Lazio, Manchester United e até Sp. Braga. Terão também presente que, apesar das debilidades defensivas, quando o nível do adversário baixa, existem ideias e talento de sobra lá na frente para abrir blocos baixos, algo que era uma raridade, por exemplo, na época passada.

Nesse sentido, Vítor Bruno – que, sublinhe-se, custa sete vezes menos – tem sido uma espécie de Conceição ao contrário: forte com os fracos, fraco com os fortes.

Noutros, também. Conceição, que esta sexta-feira completa 50 anos, era, para o bem e para o mal, bem mais do que um treinador. Tinha capacidade de intuir e compensar as deficiências de uma estrutura disfuncional, que só não desabou mais cedo por sua causa. Por outro lado, chamava a si aspetos que não lhe deviam caber, fazendo depender do seu humor a política de contratações e até condicionando a planificação estratégica da marca.

Esse FC Porto vivia sob o garrote financeiro da UEFA, em permanente risco de exclusão das provas europeias, numa deriva financeira que o levou à falência técnica e ao risco de continuação da atividade – nota que aparecia sucessivamente nos Relatórios e Contas. Esse FC Porto, recorde-se, contratava jogadores por impulso e vendia em desespero. Antes de Villas-Boas, que acaba de anunciar uma solução a longo prazo para refinanciar o passivo negociada pelo CFO José Pereira da Costa, a SAD sobrevivia de empréstimos com juros usurários, pagava comissões predatórias e distribuía benesses imorais.

Ora, essa pirâmide de interesses começou a ruir há um ano, aquando da infame Assembleia-Geral de alteração de estatutos, cuja relevância criminal viria a dar origem à Operação Pretoriano.

Foi deste ponto de partida que Villas-Boas partiu para reconstruir o clube, depois de ter vencido as eleições a 27 de abril.

Chegados aqui, o presidente portista teve agora a sua primeira prova de fogo, tendo até gerido mal o silêncio no final do jogo – faria mais sentido deixar uma mensagem curta aos adeptos a viva-voz, conferindo o peso devido ao desaire histórico.

Ainda assim, apesar da embaraçosa exibição na Luz, contrastante com a forma exímia como Conceição preparava os jogos de nível de dificuldade elevado, dado o contexto de desnorte pré-eleitoral, a continuidade ou não de Vítor Bruno, por muito relevante que seja, soa agora a problema de primeiro mundo.

Mesmo considerando que se trata do funcionário mais importante de uma estrutura de futebol, feliz do FC Porto quando, após um muito bom mercado de transferências e num processo de sólida recuperação financeira, a preocupação mais latente da atual Direção é tentar perceber se cometeu ou não um erro de casting e ponderar um eventual timing para o corrigir.

Dores de crescimento? Ano zero? Mesmo que assim seja, a conjuntura pode mudar-se num ápice. A debilidade estrutural iria provocar danos bem mais profundos.

No fundo, o momento pode resumir-se isto:

Caro FC Porto, mais vale ter uma equipa pontualmente à deriva do que um clube absolutamente sem rumo.
 

LR

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OCRAM

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Depois da chapada de luva branca que AVB deu ao Kohler, merecia mais duas de mão aberta no focinho... Talvez ainda não as tenha perdido...
 

hawkeyes

Tribuna Presidencial
19 Julho 2006
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Vila Nova de Gaia, 1975
Texto encontrado no mais futebol que assino;

Bem antes de se sentar no cadeirão como presidente do FC Porto, já André Villas-Boas conhecia de cor os bancos como treinador em diversas latitudes. E o mesmo vale para Jorge Costa, agora diretor para o futebol.

Só alguém menos avisado imagina que, a esta altura do campeonato, ambos não estejam cientes das virtudes e defeitos de Vítor Bruno e da sua equipa técnica.

Saberão que, quando exposta a adversários de um nível mais exigente, a primeira linha de pressão funciona mal e a organização defensiva é caótica – como se viu contra Benfica, Sporting e até Bodo Glimt. Já terão notado a intranquilidade, provavelmente resultante da ausência de um líder natural em campo, que resulta em imensas dificuldades de conservar vantagens mínimas, ficando a equipa permeável, quando não nas transições, a qualquer cruzamento ou bola parada – como se viu com Lazio, Manchester United e até Sp. Braga. Terão também presente que, apesar das debilidades defensivas, quando o nível do adversário baixa, existem ideias e talento de sobra lá na frente para abrir blocos baixos, algo que era uma raridade, por exemplo, na época passada.

Nesse sentido, Vítor Bruno – que, sublinhe-se, custa sete vezes menos – tem sido uma espécie de Conceição ao contrário: forte com os fracos, fraco com os fortes.

Noutros, também. Conceição, que esta sexta-feira completa 50 anos, era, para o bem e para o mal, bem mais do que um treinador. Tinha capacidade de intuir e compensar as deficiências de uma estrutura disfuncional, que só não desabou mais cedo por sua causa. Por outro lado, chamava a si aspetos que não lhe deviam caber, fazendo depender do seu humor a política de contratações e até condicionando a planificação estratégica da marca.

Esse FC Porto vivia sob o garrote financeiro da UEFA, em permanente risco de exclusão das provas europeias, numa deriva financeira que o levou à falência técnica e ao risco de continuação da atividade – nota que aparecia sucessivamente nos Relatórios e Contas. Esse FC Porto, recorde-se, contratava jogadores por impulso e vendia em desespero. Antes de Villas-Boas, que acaba de anunciar uma solução a longo prazo para refinanciar o passivo negociada pelo CFO José Pereira da Costa, a SAD sobrevivia de empréstimos com juros usurários, pagava comissões predatórias e distribuía benesses imorais.

Ora, essa pirâmide de interesses começou a ruir há um ano, aquando da infame Assembleia-Geral de alteração de estatutos, cuja relevância criminal viria a dar origem à Operação Pretoriano.

Foi deste ponto de partida que Villas-Boas partiu para reconstruir o clube, depois de ter vencido as eleições a 27 de abril.

Chegados aqui, o presidente portista teve agora a sua primeira prova de fogo, tendo até gerido mal o silêncio no final do jogo – faria mais sentido deixar uma mensagem curta aos adeptos a viva-voz, conferindo o peso devido ao desaire histórico.

Ainda assim, apesar da embaraçosa exibição na Luz, contrastante com a forma exímia como Conceição preparava os jogos de nível de dificuldade elevado, dado o contexto de desnorte pré-eleitoral, a continuidade ou não de Vítor Bruno, por muito relevante que seja, soa agora a problema de primeiro mundo.

Mesmo considerando que se trata do funcionário mais importante de uma estrutura de futebol, feliz do FC Porto quando, após um muito bom mercado de transferências e num processo de sólida recuperação financeira, a preocupação mais latente da atual Direção é tentar perceber se cometeu ou não um erro de casting e ponderar um eventual timing para o corrigir.

Dores de crescimento? Ano zero? Mesmo que assim seja, a conjuntura pode mudar-se num ápice. A debilidade estrutural iria provocar danos bem mais profundos.

No fundo, o momento pode resumir-se isto:

Caro FC Porto, mais vale ter uma equipa pontualmente à deriva do que um clube absolutamente sem rumo.
Ora aqui está uma opinião bem mais equilibrada que a maioria...

Na mouche no comparativo SC/VB.
 

MartinsDragão

Tribuna Presidencial
4 Fevereiro 2015
27,615
20,051
"Quadrantis de João Koehler cobrava 25 M€ de juros à cabeça ao FC Porto por financiamento de 75 M€

Fundo ainda ficava com os passes de Otávio e Alan Varela como garantia

Durante a campanha eleitoral para a presidência do FC Porto, João Rafael Koehler chegou a desafiar André Villas-Boas a apresentar um contrato com "Goldman Sachs ou JP Morgan" com taxas de juro de cerca de 5%. Esta quinta-feira isso aconteceu mesmo e o empresário, proposto a vice-presidente na lista de Pinto da Costa, está a ser muito criticado nas redes sociais, tendo ele próprio lançado um duro ataque ao financiamento apresentado pelo FC Porto.

Record sabe, no entanto, que a Quadrantis, fundo ao qual está ligado João Koehler, tinha acordado com o FC Porto um empréstimo de 75 milhões, mas com a obrigação de um pagamento à cabeça de 25 milhões de euros de juros. Isso ficou escrito em ata e foi assinado por Pinto da Costa e Fernando Gomes, então presidente e administrador da SAD do FC Porto.

Além disso, o FC Porto ficava como fiador do empréstimo e, como garantia, dava os passes de Otávio e Alan Varela. Estava também acordado que os dragões pagariam 15 M€ a cada mês de setembro durante cinco anos.

Nesse empréstimo, que serviria para aplicar na construção da Academia da Maia, a Quadrantis de João Rafael Koehler cobrava ao FC Porto taxas de juro de 13%, mas financiava-se a 7,5%. O negócio só não avançou antes das eleições porque Koehler não teve sucesso na busca pelos investidores."
In Record
 
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Cris1978

Tribuna
14 Abril 2013
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3,692
"Quadrantis de João Koehler cobrava 25 M€ de juros à cabeça ao FC Porto por financiamento de 75 M€

Fundo ainda ficava com os passes de Otávio e Alan Varela como garantia

Durante a campanha eleitoral para a presidência do FC Porto, João Rafael Koehler chegou a desafiar André Villas-Boas a apresentar um contrato com "Goldman Sachs ou JP Morgan" com taxas de juro de cerca de 5%. Esta quinta-feira isso aconteceu mesmo e o empresário, proposto a vice-presidente na lista de Pinto da Costa, está a ser muito criticado nas redes sociais, tendo ele próprio lançado um duro ataque ao financiamento apresentado pelo FC Porto.

Record sabe, no entanto, que a Quadrantis, fundo ao qual está ligado João Koehler, tinha acordado com o FC Porto um empréstimo de 75 milhões, mas com a obrigação de um pagamento à cabeça de 25 milhões de euros de juros. Isso ficou escrito em ata e foi assinado por Pinto da Costa e Fernando Gomes, então presidente e administrador da SAD do FC Porto.

Além disso, o FC Porto ficava como fiador do empréstimo e, como garantia, dava os passes de Otávio e Alan Varela. Estava também acordado que os dragões pagariam 15 M€ a cada mês de setembro durante cinco anos.

Nesse empréstimo, que serviria para aplicar na construção da Academia da Maia, a Quadrantis de João Rafael Koehler cobrava ao FC Porto taxas de juro de 13%, mas financiava-se a 7,5%. O negócio só não avançou antes das eleições porque Koehler não teve sucesso na busca pelos investidores."
In Record
Nojo.
 
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RuiFilipe10

💙🔵⚪️
28 Abril 2015
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13,580
29
O Sérgio não é treinador do Porto porque não quis .
Quem disser o contrário é desonesto

O Sérgio abdicou de ser treinador do Porto quando começou a fazer todas aquelas figurinhas tristes durante a campanha das eleições , terminando com a cereja no topo do bolo com a renovação dias antes , não fosse isso e fosse isento , se ele quisesse atualmente era o treinador