Exactamente!
Esse é o primeiro ponto: um gesto deste género tem de ser absoluto, não pode ser conjuntural! Sem dúvida, depois de ganhar 4-0, é muito bonito tecer os mais rasgados elogios à acção do Pepê! Mas, defender este comportamento tem de ser independente do resultado, da qualidade do adversário e da maior ou menor probabilidade de vencer!
Pessoalmente, colocando a hipótese de marcar golo nesta circunstância, não me custa classificar a acção como anti-desportiva! Dito isto, não me parece que seja imoral ou atentatória da verdade desportiva! A verdade é que os jogadores do FCP são alheios ao que sucedeu ao jogador adversário! Há muitos lances similares em que se continua a jogar, apenas não têm a mesma gravidade no resultado final e, muitos outros, que são lances de evidente azar (como este...), com consequências no resultado! E, outro aspecto relevante, era evidente que a continuação da jogada não prejudicaria a saúde do jogador lesionado!
Eu sou, profundamente, contra o comportamento do Pepê, porque ele não contribuiu (direta ou indiretamente) para o que sucedeu ao adversário e porque o jogador lesionado não veria agravada a sua saúde pelo retardar da assistência.
Depois da racionalidade, vem a irracionalidade!
1. Esta equipa do Estoril, e tantas outras como esta, nos momentos certos não hesitam em abusar das pausas para assistência médica, seja para parar o ataque do FCP, seja para queimar tempo; ao longo das últimas épocas, o FCP foi vítima destes comportamentos vezes sem conta! O Pepê estava cá! Os adeptos do FCP, idem!
2. A própria devolução da bola demonstra a falta de desportivismo do adversário, quando a bola é atirada para a nossa área, como, aliás, é quase sempre feito!
3. Ainda que sem lesão, o FCP gozava de uma situação, potencialmente, perigosa, que podia, perfeitamente, ter originado um golo! O FCP trocou um lance em que tinha a bola na área do adversário, por uma reposição do nosso guarda-redes!