Continuo sem perceber o drama e a depressão por qual estamos a passar.
Queríamos milagres? Temos um plantel extremamente jovem que é mais do que normal tremer nas alturas de aperto.
Estamos a tratar o Lumiar, o Braga e o United como se fossem o Vilanovense ou os Dragões Sandinenses.
Se queremos ganhar alguma coisa este ano, num ano de transição na estrutura TODA - direcção, equipa técnica e até plantel - exige-se pragmatismo e não lirismos.
Futebol bonito e espetáculo com resultados só é possível em clubes estáveis com planteis e equipas ténicas consolidadas com várias épocas de continuidade e estabilidade.
É verdade que falta alguma serenidade e "virilidade" aos nossos lideres do balneário. Galeno, Pepê, João Mário, Eustáquio, Grujic, Wendell não têm uma personalidade forte o suficiente para lidar com a adversidade e levar consigo os seus colegas. A pressão, erro e nervosismo afectam demasiado e negativamente o futebol deles. Mas na verdade, tirando o Wendell que já nem se quer conta, são todos demasiado jovens para esse papel.
Fazia-nos falta um João Moutinho, como tivemos o Lucho na altura do Vitor Pereira, mas não temos.
Ainda assim estes jovens mostraram capacidade para virar um 3-0 contra a melhor equipa do mundo e do universo. Recuperaram de um 2-0 contra o United. Conseguiram gerir um resultado contra o Braga.
Se não conseguimos resolver os jogos com nota artistica, há que ter a maturidade de abdicar disso quando o jogo pede.
Maturidade dos jogadores e dos adeptos.