Apesar de não ter sido uma escolha de que tenha gostado, até fiquei satisfeito com o inicio do Vitor Bruno. Tinha ideias próprias e parecia que essas ideias estavam bem definidas.
De ha umas semanas para cá que a prestação do treinador tem sido paupérrima. Consigo perdoar um jogo mau em alvalade, e uma má primeira parte em Guimarães. Um mau jogo na Noruega… epa, pode acontecer, mas nunca da forma como foi, com erros de gestão do grupo óbvios, com substituições que fizeram o milagre de anular a vantagem numérica.
O que eu tenho mesmo dificuldade em aceitar é aquela primeira parte contra o Arouca. A falta de identidade, de ideias, de objetivo… Talvez até mais difícil de aceitar, contra 10 todos esses problemas mantiveram-se. Uma segunda parte contra 10 que foi caótica e anárquica, com uma opção como Fabio Vieira a entrar para o corredor lateral (repetiu hoje).
Hoje. Noite europeia, no dragão, contra um adversário de renome. Seria de esperar que a equipa tivesse um plano bem estudado, que houvesse uma estratégia, e que se visse um coletivo maduro. Em vez disso vê-se a mesma equipa de sempre (ou pior), onde os nossos ataques passavam mais por esforço e insistência, do que por uma questão tática e de rotinas.
E depois a gota final. Uma reviravolta que deixa o estádio em polvoroza, um adversário que está desmoralizado e com o treinador a sentir a corda à volta do pescoço, e, inclusive, a jogar contra 10. Perante todas estas condicionantes, é VERGONHOSO ver os últimos 10 minutos da equipa, é vergonhoso o facto da equipa não conseguir ou não querer ter posse, e optar antes por ficar à espera do adversário.
A estratégia após o 3-2 foi má, a entrada do Fábio para “extremo” direito não tem qualquer sentido, o jogo que fizemos após a expulsão devia envergonhar qualquer treinador.
Este Manchester United não é uma grande equipa. Nem acho que sejam sequer uma boa equipa. São completamente acessíveis. Acobardámos nos perante uma equipa de meio da tabela em Inglaterra, como se do Bayern ou Real se tratasse.
O que aqui identifiquei, para mim, é algo que me leva a creer que o Vitor Bruno não é capaz de guiar o barco. Não gosto de o dizer, mas é a minha opinião neste momento. São aspetos que vão mais além daquilo que por norma se aponta a um treinador, e que já entram no reino dos critérios mínimos para treinar um clube com esta exigência.