e a questão é que essa conversa aparece sempre para tentar colar isso aos imigrantes, especialmente aos "monhés".Yap.
Um exemplo: a criminalidade violenta no distrito do Porto aumentou 2,3% no primeiro semestre de 2024, em comparação com o mesmo período de 2023. Foi um ai jesus de comentários de "está bonito, isto", "qualquer dia não se pode sair de casa", uma indignação, quase que parecia que estamos a viver no México. Aliás, se eu hoje dissesse que perdi 10 euros, teria de ouvir todo um discurso de 10 minutos sobre "deixarem entrar toda a gente" e nem se disser "ah, afinal estavam no bolso de trás" me safo de ouvir o drama.
Na verdade, esse aumento de 2,3% em 6 meses, corresponde a mais 18 casos, o que dá uma média de um caso de 10 em 10 dias, num distrito com quase 2 milhões de habitantes. Ninguém notou que a criminalidade geral até desceu 2,5%, com menos 400 casos do que no ano anterior.
Se esses casos isolados aparecerem na televisão ou nas redes sociais de forma repetida, obviamente vai criar um sentimento de insegurança desproporcional, porque o tempo de cobertura mediática não reflete o verdadeiro aumento da criminalidade.
Claro, para quem vive esses casos, é algo traumático e terrível, mas é preciso colocar as coisas em perspectiva. Se houver um aumento de 10% na taxa de homicídio em Portugal, isso significa menos de um homicidio a mais por mês, num país com quase 11 milhões de habitantes. É fodido para as pessoas que morrem e para os seus familiares, desde que não tenham sido eles os homicidas? É, sim senhor. Mas daí a dizer que não se pode sair de casa, opá, menos.
E aí surgem notícias da criminalidade estar a aumentar em Portugal, e quando vamos ver em detalhe, os crimes que mais contribuíram para esse aumento foram a violência doméstica e as infracções de trânsito.
quando é aquela tradição portuguesa dos bimbos matarem as mulheres com uma caçadeira já nem se dá grande importância...
imagino se um "monhé" matasse uma portuguesa....