Caiu o "Carmo e a Trindade", e "soltaram-se" os "cães" só porque eu, ao divagar sobre as capacidades e potencialidades do Samu insinuei uma comparação com Eusébio, e quando referi que poderia ser o "nosso Eusébio":
Não interessa "travestirmo-nos" de ignorantes nem enfiarmos a cabeça na areia, como se no FC Porto predominassem "tabus e verdades proibidas".
Eusébio foi um bom homem, e um enormíssimo jogador, dos maiores e melhores do mundo, que eu, e muitos portistas (adeptos, sócios, jogadores, treinadores e dirigentes) aprendemos a respeitar. Nunca quis dizer que o Eusébio era nosso, mas que Samu poderá ser o "nosso Eusébio", ou seja, que poderá ser o jogador que fará a diferença, e que por si só faça vergar os nossos adversário ... oxalá assim seja ... muito bem estaríamos nós, FC Porto.
Aliás, tive o privilégio e a alegria de ver o meu Porto vencer, nas Antas, o Benfica do grande Eusébio, nos seus tempos áureos, e de empatar na Luz.
Em 26/09/1965, numa tarde terrível de enorme vendaval, chuva e granizo, de enchente imprevisível nas Antas, de tal forma que entrei no topo Norte sem sequer tirar o bilhete do bolso: as barreiras e os porteiros foram literalmente afastados para os lados deixando caminho aberto para tudo e todos.
Foi a estreia do grande Pavão, que foi o melhor em campo, reduzindo, por si só e com a ajuda do Custódio Pinto, o meio-campo adversário à sua insignificância. Vencemos por 2-0 com golos de Naftal e Nóbrega, e jogamos assim: Américo; Festa, Alípio, Almeida e Atraca; Pavão e Custódio Pinto; Jaime, Manuel António, Naftal e Nóbrega.
Em 02/06/1968, na Luz, na 1ª mão da Taça de Portugal, empatámos 2-2, em que Djalma - o impagável Djalma - fez o 1-1 e o 2-2. Esta foi a nossa equipa:
Américo; Artur Augusto, Valdemar, Rolando e Atraca; Gomes, Pavão e Custódio Pinto; Jaime, Djalma e Nóbrega. Na 2ª mão, nas Antas, vencemos por 3-0.
Na final vencemos o Vitória de Setúbal por 2-1, vencendo um título 9 anos depois - 10 anos mais tarde iríamos vencer o Campeonato 19 anos depois.
Não quero o vosso respeito: devem é respeitar a história e o percurso do FC Porto, e dessa história e percurso fazem parte todos os adversários - aliás, sem adversários não haveria história e não haveria percurso ... e os grandes feitos do FC Porto, só são grandes feitos, porque o foram diante de grandes adversários.