Outros Escalões (Sub-7 a Sub-13) - 2024/2025

BlueWhiteBlue

Arquibancada
28 Abril 2016
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Entendo o que dizes, mas não me parece que seja uma boa lógica de pensamento num clube como o Porto pensar-se que não há problema nenhum em sermos quem piores condições oferece em termos logísticos, desde que continue a haver quem aceite ficar nessas condições.

E esta falta de condições logísticas (seja o espaço de alojamento, seja o número de campos e a sua dispersão, etc.) impacta grandemente em tudo aquilo que seria um eventual projeto formativo que possamos apresentar. Desde a articulação com a escola, à qualidade do treino, aos gastos em transporte, à qualidade de vida e tempo de descanso dos nossos atletas... não faz sentido termos atletas que para poderem estar na escola às 08:15 tenham de sair de casa às 05:45. Isto impacta também na capacidade de atrair talento. E se formos menos atrativos aqui, por melhor que seja o trabalho em campo, vamos continuar aquém do que podemos ser.

Eu espero que este (curto) tempo que tem passado à frente do clube tenha ajudado o Presidente a perceber as prioridades. Como diz o @Drago e bem, se não há dinheiro no momento, que se espere o tempo que for necessário para podermos construir algo que realmente seja uma absoluta necessidade para o clube, e não andemos com remendos que, mesmo assim, não vão ser tão baratos quanto isso e não vão resolver os problemas da Formação.
Acho que não percebeste bem o que disse quanto à logística / academia. Não disse que isso não é um factor importante na altura de oferecer um projecto a um miúdo talentoso. Claro que é super importante.

Tendo dito isso, defendo é que apesar de termos menos trunfos para apresentar e logo sermos menos atractivos, não deixemos de fazer esse trabalho com determinação e com antecipação, porque não podemos abdicar de deixar de tentar trazê-los, mesmo assim.
Se em 5 conseguirmos trazer 1 ou 2, pelo menos não é 0, que é aquilo que conseguimos se não fizermos esse trabalho bem feito. Não estou a falar tanto dos miúdos portistas que vivem à volta da região porque esses em princípio .. em príncipio irão sempre bater á porta do clube, mas mais dos outros em outros lados.

Claro que ao mesmo tempo, ver o quanto antes, quando se consegue começar pelo menos a 1ª fase do projecto escolhido, para se dizer pelo menos que já está em execução. E para ter os efeitos práticos, claro.
 
Última edição:

Paul Ashworth

Bancada central
23 Maio 2007
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2,427
Acho que não percebeste bem o que disse quanto à logística / academia. Não disse que isso não é um factor importante na altura de oferecer um projecto a um miúdo talentoso. Claro que é super importante.

Tendo dito isso, defendo é que apesar de termos menos trunfos para apresentar e logo sermos menos atractivos, não deixemos de fazer esse trabalho com determinação e com antecipação, porque não podemos abdicar de deixar de tentar trazê-los, mesmo assim.
Se em 5 conseguirmos trazer 1 ou 2, pelo menos não é 0, que é aquilo que conseguimos se não fizermos esse trabalho bem feito. Não estou a falar tanto dos miúdos portistas que vivem à volta da região porque esses em princípio .. em príncipio irão sempre bater á porta do clube, mas mais dos outros em outros lados.

Claro que ao mesmo tempo, ver o quanto antes, quando se consegue começar pelo menos a 1ª fase do projecto escolhido, para se dizer pelo menos que já está em execução. E para ter os efeitos práticos, claro.
Ok, estás a sublinhar a importância da antecipação na questão do recrutamento. Isso é factual, se pudermos identificar, avaliar e decidir antes dos outros, à partida esta questão das condições não se coloca porque a escolha da família fica simplificada por ter apenas um convite.

Isso seria o ideal, embora nos dias que correm já não é assim tão habitual acontecer, porque existem redes de Scouts enormes, em que o mais normal agora é chegarem praticamente todos ao mesmo tempo. Basta irmos a um torneio de Sub-6 ou Sub-7 e aí, se houver um atleta a destacar-se, estou certo que no próprio dia será abordado pelos 3 grandes e, dependendo do local, até pelo Braga e Guimarães. Isto não implica que não tentemos criar uma rede cada vez mais forte, que permita antecipar todos os cenários, mas actualmente, se aparecer um fora de série seja onde for, não demorá muito mais que umas semanas até ter 3 ou 4 convites e que se entre logo em "leilão".
 
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Paul Ashworth

Bancada central
23 Maio 2007
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Mas o "remendo" não ajuda? Quer as equipas profissionais, quer a formação?

Não estaremos aqui perante o clássico "o ótimo é inimigo do bom"?...
Um remendo ajuda sempre. Mas um remendo que custa 40 milhões talvez leve a que adies ainda mais a solução ideal. Porque tenho plena convicção que é isso que irá acontecer. Se fazes o CAR, nem nos próximos 20 anos tens uma Academia.
 

Paul Ashworth

Bancada central
23 Maio 2007
1,562
2,427
Nem eu disse que era.

Mas é uma infraestrutura que não é de deitar fora pelo custo que tem, não achas?
Mas porque tem de ser a Formação a ficar com ela, quando claramente não chega para as necessidades atuais da Formação? Não pode ficar para o Futebol Feminino? Não pode ser melhorada e ficar para a equipa A e B? É que para qualquer um destes dois exemplos ela apenas precisa de melhoramentos, não precisa de expansão.
 

hawkeyes

Tribuna Presidencial
19 Julho 2006
23,750
19,131
Vila Nova de Gaia, 1975
Mas porque tem de ser a Formação a ficar com ela, quando claramente não chega para as necessidades atuais da Formação? Não pode ficar para o Futebol Feminino? Não pode ser melhorada e ficar para a equipa A e B? É que para qualquer um destes dois exemplos ela apenas precisa de melhoramentos, não precisa de expansão.
Mas porque é que para um clube na ruína financeira só serve uma infraestrutura de topo?

Porque é que só serve o ótimo, desprezando-se o bom?

Quando formos comprar um central para substituir o Pepe porque é que não apontamos ao Militão, ao Araújo ou ao Gvardiol?
 

Paul Ashworth

Bancada central
23 Maio 2007
1,562
2,427
Mas porque é que para um clube na ruína financeira só serve uma infraestrutura de topo?

Porque é que só serve o ótimo, desprezando-se o bom?

Quando formos comprar um central para substituir o Pepe porque é que não apontamos ao Militão, ao Araújo ou ao Gvardiol?
Porque vais gastar 40 milhões quando não há uma absoluta necessidade dessa infraestrutura, o que para um clube na ruína financeira faz muito pouco sentido. Porque o investimento numa infraestrutura de topo, ao contrário do investimento num jogador que já seja caro, pode se pagar a si própria em alguns anos com o benefício desportivo dessa infraestrutura. Porque a tua concorrência tem infraestruturas de topo e, ao contrário do que acontece por exemplo na equipa A, ter uma infraestrutura de topo impacta diretamente na tua capacidade de seduzir talento.
 
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SUPERMLY

Tribuna Presidencial
14 Setembro 2017
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Tenho acompanhado a discussão e é de salutar o interesse da massa adepta no rumo do clube.
Compreendo quem diz que é necessário uma academia.
Os 2 maiores rivais tem na( um a 20 anos outro a 15) e tem conseguido alguma vantagem( no recrutamento e condições oferecidas).
Seria uma forma de repormos o equilíbrio.
A questão é que a Academia deveria ter sido feita entre 2007 e 2013 quando a nossa posição financeira era de facto dominante.
Hoje em dia o FCP tem grandes dificuldades financeiras e terá forçosamente de adiar este projecto estruturante porque não há condições financeiras.
Eu pessoalmente considero a Academia importante mas não decisiva.
Decisivo é e será sempre o corpo técnico da formação.
Os treinadores são talvez o mais importante da formaçao de um jogador.
E dou um exemplo:
O SCP já tinha a academia quando Bruno de Carvalho chegou ao poder.
Como a estrutura de formação não era da sua ala, desmantelou tudo.
Resultado mandou o SCP para a idade da pedra.
A qualidade dos jogadores caiu a pique, inclusivé chegaram a falhar fases finais de apuramento de campeão em vários escalões.
Veio Varandas e ainda está a tentar por tudo em pé.
Se AVB conseguir atrair treinadores com qualidade, a formaçao por menos condições tenha relativamente aos seus adversários, vai continuar a produzir talento
 
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hawkeyes

Tribuna Presidencial
19 Julho 2006
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Vila Nova de Gaia, 1975
Porque vais gastar 40 milhões quando não há uma absoluta necessidade dessa infraestrutura, o que para um clube na ruína financeira faz muito pouco sentido. Porque o investimento numa infraestrutura de topo, ao contrário do investimento num jogador que já seja caro, pode se pagar a si própria em alguns anos com o benefício desportivo dessa infraestrutura. Porque a tua concorrência tem infraestruturas de topo e, ao contrário do que acontece por exemplo na equipa A, ter uma infraestrutura de topo impacta diretamente na tua capacidade de seduzir talento.
A infraestrutura de Gaia tem custo estimado de 30 a 35 ME. A da Maia seguramente o dobro.

Que clube na ruína financeira faz um investimento tao forte numa infraestrutura que beneficia exclusivamente a formação, deixando o core durante mais 30 anos em instalações antigas?

Para fazeres um investimento dessa dimensão o que vais sacrificar no imediato? Quais os custos indiretos associados a esse sacrifício? Quando vais ter esse retorno das melhores infraestruturas? Em que prazo?

Idealmente, segundo alguns, construia-se um CAR para as equipas profissionais, um Academia da Maia para a formação e aproveitava-se o Olival para o feminino e sabe-se lá mais o quê.

O custo é irrelevante. É para os contabilistas ou economistas...
 

Paul Ashworth

Bancada central
23 Maio 2007
1,562
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A infraestrutura de Gaia tem custo estimado de 30 a 35 ME. A da Maia seguramente o dobro.

Que clube na ruína financeira faz um investimento tao forte numa infraestrutura que beneficia exclusivamente a formação, deixando o core durante mais 30 anos em instalações antigas?

Para fazeres um investimento dessa dimensão o que vais sacrificar no imediato? Quais os custos indiretos associados a esse sacrifício? Quando vais ter esse retorno das melhores infraestruturas? Em que prazo?

Idealmente, segundo alguns, construia-se um CAR para as equipas profissionais, um Academia da Maia para a formação e aproveitava-se o Olival para o feminino e sabe-se lá mais o quê.

O custo é irrelevante. É para os contabilistas ou economistas...
Eu pergunto é que clube na ruína financeira faz um investimento em infraestruturas, ponto. Se não tem dinheiro, não faz investimento. Se tem, faz um investimento naquilo que é uma necessidade e não um luxo. E hoje construir instalações para a equipa A de forma isolada é um luxo.

E não podes falar no custo do CAR isoladamente. Porque para além do custo do CAR, há o custo da remodelação do Olival, que para estar minimamente funcional para toda a Formação precisa de obras de fundo, que não devem ser baratas. E a este custo ainda se pode acrescentar o de um edifício de alojamento no centro do Porto ou em outro local urbano, que já foi falado pelo Presidente. Só depois de somares tudo isso é que poderás fazer contas a quanto custaria um ou outro, porque uma Academia teria todas essas valências concentradas.

Eu não pretendo mudar a forma como vês as coisas. Estás no teu direito de achar que gastar milhões em algo que até há um ano nem sequer era um problema faz sentido. Mas depois não peçam sol na eira e chuva no nabal. Não esperem que a Formação seja mais competitiva quando a condenamos a ficar no mesmo espaço exíguo só porque temos um contrato para cumprir.
 

Ruben1893

Neste clube,é impossível pensar que não é possível
24 Julho 2019
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Duvido que tão cedo se faça qualquer obra, seja onde for...
 

jorgcastro

Tribuna
19 Agosto 2016
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A infraestrutura de Gaia tem custo estimado de 30 a 35 ME. A da Maia seguramente o dobro.

Que clube na ruína financeira faz um investimento tao forte numa infraestrutura que beneficia exclusivamente a formação, deixando o core durante mais 30 anos em instalações antigas?

Para fazeres um investimento dessa dimensão o que vais sacrificar no imediato? Quais os custos indiretos associados a esse sacrifício? Quando vais ter esse retorno das melhores infraestruturas? Em que prazo?

Idealmente, segundo alguns, construia-se um CAR para as equipas profissionais, um Academia da Maia para a formação e aproveitava-se o Olival para o feminino e sabe-se lá mais o quê.

O custo é irrelevante. É para os contabilistas ou economistas...
O FCP tem 3 necessidades: profissional, formação e feminino!
Que me desculpem os amantes, mas o feminino não pode entrar no problema, aos dias de hoje!
Sobra profissional e formação!
Vamos falar de números redondos!
Se o CAR custa 30m, estamos a investir 30 m no profissional e a passar uma infraestrutura, potencialmente, obsoleta, para a formação!
Vamos presumir a recuperação do Olival como imaterial, porque seria necessária para a formação e para o profissional!
Desvalorizando os inúmeros problemas inerentes a ter a formação no Olival, a verdadeira questão é se é preferível, hoje, investir 30m na formação ou no profissional! Ou seja:
a) investimento de 30 m no profissional face ao que se tem hoje Olival
+
b) levar a formação para o Olival face ao zero que temos hoje

Ou, por exemplo, uma hipótese alternativa, que não faço ideia se seria possível, mas não vejo motivos para não ser possível, que passaria por um desenvolvimento em fases, na Maia ou em qualquer outro sítio, em que se poderia replicar a solução Olival, até ao limite dos tais 30m, para a formação, mas que assegure algo que me parece crítico, que é o que o Olival não tem: potencial de expansão!
 
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hawkeyes

Tribuna Presidencial
19 Julho 2006
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Vila Nova de Gaia, 1975
Eu pergunto é que clube na ruína financeira faz um investimento em infraestruturas, ponto. Se não tem dinheiro, não faz investimento. Se tem, faz um investimento naquilo que é uma necessidade e não um luxo. E hoje construir instalações para a equipa A de forma isolada é um luxo.

E não podes falar no custo do CAR isoladamente. Porque para além do custo do CAR, há o custo da remodelação do Olival, que para estar minimamente funcional para toda a Formação precisa de obras de fundo, que não devem ser baratas. E a este custo ainda se pode acrescentar o de um edifício de alojamento no centro do Porto ou em outro local urbano, que já foi falado pelo Presidente. Só depois de somares tudo isso é que poderás fazer contas a quanto custaria um ou outro, porque uma Academia teria todas essas valências concentradas.

Eu não pretendo mudar a forma como vês as coisas. Estás no teu direito de achar que gastar milhões em algo que até há um ano nem sequer era um problema faz sentido. Mas depois não peçam sol na eira e chuva no nabal. Não esperem que a Formação seja mais competitiva quando a condenamos a ficar no mesmo espaço exíguo só porque temos um contrato para cumprir.
Falas que a formação tem instalações insuficientes.

Ficar com a utilização total do Olival, ainda por cima com as obras que referes, não é uma melhoria? Significativa até?

Porque é que a única solução para a formação é a construção de uma mega academia?

Qual dos nossos rivais tem infraestruturas assim de topo exclusivamente para a formação? Aliás, em qual dos nossos rivais ou outros clubes, as infraestruturas da formação são muito superiores às da equipa A?
 

Drago

Tribuna Presidencial
21 Julho 2006
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Lisboa, 1979
Podes explicar porquê?

Termos o Olival não obriga sempre a um remendo? Ou consideras a proximidade equipas profissionais/formação ou a existência de uma estrutura única pouco relevante?

As condições do Olival para as equipas profissionais são ótimas ou, pelo menos, absolutamente suficientes?

Preferias um remendo daqui a 2/3 anos ou uma academia top daqui a 10? Ou uma estrutura integrada, uma cidade desportiva, daqui a 30?

Eu continuo sem opinião definitiva (também não tenho os vossos conhecimentos como concretos da matéria...) e tendo a dar o benefício da dúvida a quem está a decidir...
Acho muito bem que se aprenda com os exemplos dentro e fora de portas. Que se conheçam tendências, o estado da arte, o que se faz de bem e mal feito. No entanto, tenho que perceber o meu clube, as suas especificidades, as características do nosso futebol (de formação) e os enquadramentos sociais/demográficos/geopolíticos.

Um exemplo simples: perceber qual a atractividade do clube nas diferentes regiões do país. Tomemos o Real Madrid. Tem um poder de atração enorme em praticamente toda a espanha. É replicável no FC Porto? Não. Esse poder deriva, em parte, do seu sucesso desportivo. Aqui, à escala, não estamos mal. Mas também, de um factor geográfico. Madrid está (quase) o centro geográfico da espanha e faz uso dessa rápida acessibilidade a todo o território. O FC Porto não goza dessa centralidade. Pode criar uma, mas isso já é outra discussão.

Serve esta introdução para reflectir que é bom conhecer outras realidades, mas é essencial perceber o contexto e reflectir se esse contexto permite alguma adesão à nossa realidade.


Eu, ao contrário da maioria, não considero tão benéfico ter tudo concentrado numa estrutura única. Acho que o retiras de bom não supera o que tens de mau no contexto FC Porto.
As equipas profissionais e a formação têm interesses divergentes, até antagónicos, no que se refere à estrutura de treino. E onde há divergência, normalmente, quem ganha são os profissionais. É normal.

A formação procura centralidade. A estrutura profissional procura isolamento. Antagónico.
A formação procura centralidade para estar próxima dos maiores eixos urbanos, fácil acessibilidade, múltiplas acessibilidades. De preferência, na confluência de áreas metropolitanas. Mesmo que seja no meio de algum tráfego. Acessibilidade para os pais dos meninos, ponto de encontro de várias rotas, proximidade a vários agrupamentos escolares.
Os profissionais procuram isolamento. Mesmo mais longe, sem tráfego é uma vantagem. Dependem deles mesmos para a deslocação. São todos maiores de 18, encartados e com veículo próprio. Não têm obrigações escolares. E como se vê um pouco por todo lado, há uma tendência para adquirir habitação em zonas que lhes permitam fácil acesso, pois têm poder económico para isso e nada mais os prende (nem outras obrigações profissionais, etc…).

A formação procura partilha de espaços (não de campos!). É útil ter dois escalões a treinar em campos contíguos. Pode haver meninos a transitar entre treinos. A começar num e a acabar noutro. Equipa sub17 e equipa sub16, por exemplo. Mesmo entre sub17 e sub19. Para já não falar nos escalões mais baixos da iniciação onde a permute pode e deve ser constante.
Os profissionais, uma vez mais, procuram isolamento. Tranquilidade. Fechamento. Segredo. No olival, quando a equipa A treina, mais ninguém treina nos outros 2 relvados de treino. Não há a mesma dinâmica de partilha. São grupos muito mais estanques.
É altamente divergente, para não dizer antagónico.


Sou transparente neste assunto. A localização do moinho de vento da Maia é dentro daquilo que o FC Porto deve procurar para si. Primeiro, coloca o FC Porto na margem certa. Nada contra a margem sul do Douro, mas a margem Norte tem uma malha urbana mais interessante. Segundo, estaríamos na confluência de duas áreas urbanas: Porto e Braga (e Braga é a cidade mais jovem do país). Rápido acesso de todo o grande Porto (mesmo de Gaia), rápido acesso a todo o Baixo Minho e até à zona litoral do Alto Minho. E muito próximo do aeroporto. Com uma concorrência crescente nesta área (Braga, Vitória, Famalicão), o FC Porto deve assegurar que não a vantagem da centralidade.


O Olival tem custos de manutenção, mas o arrendamento está garantido por muito anos e é um custo irrisório. Enquanto estrutura para o futebol profissional, na minha opinião, até tem características muito boas. Com algumas adaptações e pequenas obras, creio que chegava e sobrava para todas as equipas profissionais.
Mais à frente, até acho que FC Porto deveria constituir aqui um polo da formação no Olival para facilitar o acesso às famílias da margem sul do Douro. Um pouco como o polo Estado Universitário de Lisboa para os calimeros, para não forçarem famílias a levarem meninos de 10 anos para Alcochete todos os dias. Mas isso, já são conjecturas.


Bem sei que o CAR é menos oneroso que uma Academia de formação. Mas já será um investimento muito considerável e que limitará de forma definitiva o FC Porto algum dia construa uma academia para a formação numa centralidade muito mais interessante.

Não estou a ver um dia haver Olival, CAR e Academia para a Formação. É utópico.

Tirando o pavilhão para as modalidades, não vejo onde o CAR traga uma vantagem substancial em relação a um Olival renovado/reprogramado para o futebol profissional. E iremos ficar com um Olival curto, tacanho e deslocalizado para a formação.

Prefiro esperar mais alguns anos e ganhar para a formação um espaço concentrado de treino, onde tenha espaço suficiente para todos os treinos dos seus escalões, sem encavalitamentos. Um espaço central, urbano, com excelentes acessos. E uma capacidade de alojamento que não limitasse jamais o recrutamento (o maior calcanhar de Aquiles).
 

AdrianSmith

Tribuna
9 Junho 2019
3,016
3,701
Mas porque é que para um clube na ruína financeira só serve uma infraestrutura de topo?

Porque é que só serve o ótimo, desprezando-se o bom?

Quando formos comprar um central para substituir o Pepe porque é que não apontamos ao Militão, ao Araújo ou ao Gvardiol?
Não faz qualquer sentido construir uma academia que não seja de topo.

Eu continuo a não entender a lógica do “porque precisamos de algo de topo?” quando o custo disso nem seria substancialmente maior do que algo apenas bom.

E quando isso se paga a si próprio.


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AdrianSmith

Tribuna
9 Junho 2019
3,016
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Acho muito bem que se aprenda com os exemplos dentro e fora de portas. Que se conheçam tendências, o estado da arte, o que se faz de bem e mal feito. No entanto, tenho que perceber o meu clube, as suas especificidades, as características do nosso futebol (de formação) e os enquadramentos sociais/demográficos/geopolíticos.

Um exemplo simples: perceber qual a atractividade do clube nas diferentes regiões do país. Tomemos o Real Madrid. Tem um poder de atração enorme em praticamente toda a espanha. É replicável no FC Porto? Não. Esse poder deriva, em parte, do seu sucesso desportivo. Aqui, à escala, não estamos mal. Mas também, de um factor geográfico. Madrid está (quase) o centro geográfico da espanha e faz uso dessa rápida acessibilidade a todo o território. O FC Porto não goza dessa centralidade. Pode criar uma, mas isso já é outra discussão.

Serve esta introdução para reflectir que é bom conhecer outras realidades, mas é essencial perceber o contexto e reflectir se esse contexto permite alguma adesão à nossa realidade.


Eu, ao contrário da maioria, não considero tão benéfico ter tudo concentrado numa estrutura única. Acho que o retiras de bom não supera o que tens de mau no contexto FC Porto.
As equipas profissionais e a formação têm interesses divergentes, até antagónicos, no que se refere à estrutura de treino. E onde há divergência, normalmente, quem ganha são os profissionais. É normal.

A formação procura centralidade. A estrutura profissional procura isolamento. Antagónico.
A formação procura centralidade para estar próxima dos maiores eixos urbanos, fácil acessibilidade, múltiplas acessibilidades. De preferência, na confluência de áreas metropolitanas. Mesmo que seja no meio de algum tráfego. Acessibilidade para os pais dos meninos, ponto de encontro de várias rotas, proximidade a vários agrupamentos escolares.
Os profissionais procuram isolamento. Mesmo mais longe, sem tráfego é uma vantagem. Dependem deles mesmos para a deslocação. São todos maiores de 18, encartados e com veículo próprio. Não têm obrigações escolares. E como se vê um pouco por todo lado, há uma tendência para adquirir habitação em zonas que lhes permitam fácil acesso, pois têm poder económico para isso e nada mais os prende (nem outras obrigações profissionais, etc…).

A formação procura partilha de espaços (não de campos!). É útil ter dois escalões a treinar em campos contíguos. Pode haver meninos a transitar entre treinos. A começar num e a acabar noutro. Equipa sub17 e equipa sub16, por exemplo. Mesmo entre sub17 e sub19. Para já não falar nos escalões mais baixos da iniciação onde a permute pode e deve ser constante.
Os profissionais, uma vez mais, procuram isolamento. Tranquilidade. Fechamento. Segredo. No olival, quando a equipa A treina, mais ninguém treina nos outros 2 relvados de treino. Não há a mesma dinâmica de partilha. São grupos muito mais estanques.
É altamente divergente, para não dizer antagónico.


Sou transparente neste assunto. A localização do moinho de vento da Maia é dentro daquilo que o FC Porto deve procurar para si. Primeiro, coloca o FC Porto na margem certa. Nada contra a margem sul do Douro, mas a margem Norte tem uma malha urbana mais interessante. Segundo, estaríamos na confluência de duas áreas urbanas: Porto e Braga (e Braga é a cidade mais jovem do país). Rápido acesso de todo o grande Porto (mesmo de Gaia), rápido acesso a todo o Baixo Minho e até à zona litoral do Alto Minho. E muito próximo do aeroporto. Com uma concorrência crescente nesta área (Braga, Vitória, Famalicão), o FC Porto deve assegurar que não a vantagem da centralidade.


O Olival tem custos de manutenção, mas o arrendamento está garantido por muito anos e é um custo irrisório. Enquanto estrutura para o futebol profissional, na minha opinião, até tem características muito boas. Com algumas adaptações e pequenas obras, creio que chegava e sobrava para todas as equipas profissionais.
Mais à frente, até acho que FC Porto deveria constituir aqui um polo da formação no Olival para facilitar o acesso às famílias da margem sul do Douro. Um pouco como o polo Estado Universitário de Lisboa para os calimeros, para não forçarem famílias a levarem meninos de 10 anos para Alcochete todos os dias. Mas isso, já são conjecturas.


Bem sei que o CAR é menos oneroso que uma Academia de formação. Mas já será um investimento muito considerável e que limitará de forma definitiva o FC Porto algum dia construa uma academia para a formação numa centralidade muito mais interessante.

Não estou a ver um dia haver Olival, CAR e Academia para a Formação. É utópico.

Tirando o pavilhão para as modalidades, não vejo onde o CAR traga uma vantagem substancial em relação a um Olival renovado/reprogramado para o futebol profissional. E iremos ficar com um Olival curto, tacanho e deslocalizado para a formação.

Prefiro esperar mais alguns anos e ganhar para a formação um espaço concentrado de treino, onde tenha espaço suficiente para todos os treinos dos seus escalões, sem encavalitamentos. Um espaço central, urbano, com excelentes acessos. E uma capacidade de alojamento que não limitasse jamais o recrutamento (o maior calcanhar de Aquiles).
Grande post.

Falas em muitas coisas que eu concordo.
Destaco a maior proximidade ao Minho, que pode parecer um pormenor mas acho que tem alguma influência.


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Paul Ashworth

Bancada central
23 Maio 2007
1,562
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Falas que a formação tem instalações insuficientes.

Ficar com a utilização total do Olival, ainda por cima com as obras que referes, não é uma melhoria? Significativa até?

Porque é que a única solução para a formação é a construção de uma mega academia?

Qual dos nossos rivais tem infraestruturas assim de topo exclusivamente para a formação? Aliás, em qual dos nossos rivais ou outros clubes, as infraestruturas da formação são muito superiores às da equipa A?
Não sei de onde tiraste que a minha única solução é a construção de uma mega academia. O que eu defendo é a não construção do CAR, porque isso sim impedirá de teres uma Academia (que não precisa ser mega, precisa apenas ser suficiente para as tuas necessidades - coisa que o Olival não é) num curto/médio prazo. Se o Olival é melhor do que o que temos atualmente? Claro que sim, até porque pior seria difícil. Até a Academia da AF Porto será melhor do o que o temos, mas isso não deve fazer com que tentemos ir para lá numa lógica de desenrasque.

O CAR é uma não necessidade. Será caro em qualquer circunstância, ainda mais num clube em "ruína financeira". É, como eu disse, um luxo numa altura de vacas magras. E não resolve os teus problemas na Formação, apenas os atenua. Não te permite ter um espaço teu para o Futebol Feminino. Não permite expansão porque o espaço é limitado. Não permite que todas as equipas fiquem juntas (porque "perto" é bem diferente de "junto") - embora isso até nem seja para mim uma necessidade absoluta.

Para ter o CAR apenas, prefiro que se espere. Prefiro que se passe a mensagem que hoje não é o momento certo para grandes obras, e que depois se vá dando indicações que não é um assunto esquecido e que se está à procura de algo que vá de facto resolver os problemas do clube, demore 2, 5, ou 10 anos. E interessa-me pouco se é algo só para a Formação, se é para todos, Formação, Equipas profissionais, Equipas femininas, modalidades, etc., Isso é uma decisão do clube. O que me interessa é que se faça algo que nos coloque num patamar que nos permita ser, pelo menos, tão atrativo como os outros e que permita dar melhores condições aos nossos recursos humanos para trabalharem, Formação e não Formação. A construção do CAR iria tão simplesmente passar a mensagem de que o melhor que a Formação pode aspirar a ter nos próximos 20 ou 30 anos é ficar no Olival.

Para que fique claro, o que eu quero é que não se condicione a construção de uma futura Academia (ou Cidade Desportiva, o que quiseres chamar) nos próximos 20/30 anos para se construir algo que é supérfluo. Se temos 40 milhões para gastar no CAR, que em vez disso se encontre um terreno onde seja possível construir por fases, com margem para expandir, e podem até começar por construir o espaço para as equipas profissionais e depois sim avançar para algo para a Formção. Porque pelo menos assim vai se poder vislumbrar ao longe uma solução que perdure no tempo, e não um remendo sem data para se resolver.
 

hawkeyes

Tribuna Presidencial
19 Julho 2006
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Não faz qualquer sentido construir uma academia que não seja de topo.

Eu continuo a não entender a lógica do “porque precisamos de algo de topo?” quando o custo disso nem seria substancialmente maior do que algo apenas bom.

E quando isso se paga a si próprio.


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Podes demonstra-lo?

O que vejo é que seria cerca do dobro do investimento e "apenas" serviria à formação.

De resto esse "paga-se a si próprio" é um chavão dito assim da boca para fora, mas que carece de demonstração.