O Sérgio já percebeu que não conta para o patamar de clubes que ele achava que podia entrar.
A carreira dele a partir de agora será sempre a “descer”. Não me admirava que acabasse pelas Arábias.
Acho honestamente que isso está a ter muita influência. O SC falhou a todos os níveis na forma como geriu todo o pré-eleições, mentindo descaradamente aos adeptos/sócios do FC Porto e participando de forma ridícula na propaganda de um dos candidatos, com prejuízo directo para o clube.
O candidato (e à altura presidente) Pinto da Costa renovou com o SC (um contrato de números bem elevados) no desespero de tentar salvar uma candidatura a dois dias das eleições. O candidato Pinto da Costa sabia que podia sempre, com base em declarações antigas dos outros candidatos, usar a cartada do "todos os outros candidato o queriam" para apresentar uma justificação ao acto de desespero mas, no fundo, sabia perfeitamente o que estava a fazer e o impasse que estaria a criar ao futuro presidente caso ele próprio não fosse eleito.
O treinador SC faltou à palavra que havia dado e aceitou renovar um contrato a dois dias das eleições que beneficia exclusivamente a sua posição. Ora bem, o SC diz que o fez por respeito e por gratidão a um homem que lhe deu tudo e, como é seu apanágio, usa todo o tipo de argumento de levar à lágrima que mais não é do que treta. Se fosse um homem a sério, digno e com respeito pela instituição FC Porto e seus sócios/adeptos, o senhor SC diria ao anterior presidente que renovaria de olhos fechados mal este ganhasse as eleições, mas como é lógico nunca o faria antes das mesmas (como aliás ambos tinham dito que não faria sentido acontecer). Afinal de contas, como ambos disseram várias vezes, entre eles nem é preciso papeis e assinaturas... basta a palavra! Pois bem, palavra é exactamente aquilo que nenhum dos dois tem! Provou-se várias vezes...
Na altura, perante o espanto de muita gente (incluindo apoiantes de Pinto da Costa que não concordaram com aquele acto de propaganda desesperado), tiveram a necessidade de vir justificar e defender o contrato assinado a dois dias das eleições com mais umas quantas mentiras. Ambos (ex-presidente e SC) vieram dizer que se o Pinto da Costa não ganhasse o contrato nem entrava na Liga (mentira, porque entrou), vieram dizer que era um contrato que se poderia anular sem custos para o clube, esquecendo claro de esclarecer que essa opção cabia apenas ao treinador e era ele que ficava com o poder em relação a toda esta situação. Ou seja, se o SC quisesse, o presidente que fosse eleito dois dias depois da assinatura, tinha que ficar com ele ou resolver o despedimento de um contrato que vale um total de 28M! Espanta por isso um total de ZERO aquilo que está a acontecer agora. Aliás, apenas como nota de curiosidade, nunca o SC saiu a bem de um clube por onde passou como treinador! Nunca.... e foram 5 antes de chegar ao Porto (Olhanense, Académica, Braga, Guimarães e Nantes)!
Pela forma como se colou a uma candidatura e como tentou interferir de forma directa, era mais do que óbvio que o SC nao tinha qualquer intenção de continuar a treinar o FC Porto no caso de uma vitória do AVB. Ficou bem visível em quase todas as declarações que o treinador fez e ficou mais do que óbvio em tudo o que disse no final da taça ou no que foi dito na entrega da taça ao museu do clube.
Como parece legitimo, também AVB não teria qualquer intenção de ter o SC como treinador depois do tudo o que aconteceu.
Problema? O SC não tem mercado, ou pelo menos não tem o mercado que achava que podia ter. O Milan apontou agulhas para outras paragens e o único clube mais ou menos interessante que ainda pode ser hipótese é o Marselha (que é uma casa a arder há anos a fio e onde o SC dificilmente duraria 1 ano completo sem sair de lá à estalada com alguém - o que também nem seria a primeira vez)!
Se calhar é por isso que, depois de todas arrogância e falta de carácter do período pré-eleições, agora incomoda o SC que haja a possibilidade (por mais remota que seja) do seu anterior adjunto ficar a treinar um clube de maior dimensão e mais interessante do que aquele para onde ele potencialmente vai.
Se o Vitor Bruno tivesse a possibilidade de ir para o Catar ou para um qualquer Rio Ave da vida, aposto que nada disto incomodava o SC e tudo se fazia sem qualquer problema e sem levantar onda, com elogios e desejos de sorte ao adjunto que quer voar sozinho. Mais ainda, se o SC tivesse a real possibilidade de ir para um grande clube (um Inter, um Arsenal, um Barcelona etc), o Vitor Bruno bem podia ia para onde lhe apetecesse (incluindo o FC Porto) que nada disto incomodava o SC. Mais uma vez teríamos despedidas com elogios e desejos de boa sorte.
O problema é que, de repente, o SC não tem um único grande clube para onde ir (o Marselha pode ser histórico mas está um bocado longe de ser grande) e isso, aliado à possibilidade do Vitor Bruno assumir o comando do FC Porto, cria uma situação que interfere verdadeiramente com o gigantesco ego do senhor SC!