IRS Jovem: era uma das bandeiras da campanha da AD, apresentada por Montenegro pela primeira vez quando ainda estava na oposição. A medida prevê uma taxa máxima de IRS de 15% para quem tenha até 35 anos (exceto quem está no último escalão, o 9º). “Embora a taxa máxima seja 15%”, que se aplica a quem está no 8º escalão, “a grande maioria dos jovens ganha muito menos do que o correspondente ao 8º escalão”, lembrou Montenegro. Por isso, a maioria dos jovens “terá taxas algures entre os 4,4% e os 8%”. A medida, de “grande esforço” e o impacto orçamental, custa cerca de mil milhões de euros.
Outra medida emblemática para a AD: Montenegro promete avançar mesmo com a isenção de IMT e imposto de selo na compra da primeira casa, até aos 316 mil e 772 euros. Casas até cerca de 633 mil euros, ficam isentas da primeira metade (os mesmos 316 mil) e casas acima de 663.453 euros “não são objeto de redução”. Além disso, também na habitação jovem, o primeiro-ministro anuncia um “mecanismo de garantia pública até 15% do valor de aquisição” da casa, estabelecendo também um limite, este de 450 mil euros.
Em relação a jovens estudantes, Montenegro deixou duas promessas. A primeira é aumentar o número de camas de alojamento estudantil, cerca de “700 camas no próximo ano”, disse Montenegro (709, detalhou a ministra), e o alargamento das bolsas de estudo a trabalhadores-estudantes. Diz o primeiro-ministro que essa é uma medida de “justiça”.
Sem especificar, Montenegro prometeu ainda o “reforço dos meios para saúde mental e física dos jovens”. Balseiro Lopes detalhou que a ideia é alargar o programa “Cuida-te+” (do Instituto Português do Desporto e Juventude) dos 25 aos 30 anos, contratando mais 100 especialistas, da psicologia à nutrição.