Engraçado como Pinto da Costa tenta juntar nas suas fileiras todos aqueles que em tempos ousaram, ou pensaram, fazer-lhe frente, como são os casos de Baía, Koehler, ou mesmo os ex-candidatos que contra ele concorreram no passado. Claramente subestimou Villas-Boas e a sua capacidade de concorrer contra si. Enfim, ainda bem.
Não vejo a hora de terminar a novela das eleições, que só tem servido para ridicularizar Pinto da Costa e toda a corja de macacos e parasitas que sugam o nosso clube. O descontrolo em todos é evidente. Lembrei-me, enquanto escrevo, de uma cena do filme Godfather em que o Don Corleone, ao ver pela primeira vez o filho que tinha sido severamente baleado, desabafa um "vejam o que fizeram ao meu rapaz". Com muita tristeza também digo um "vejam o que fizeram ao nosso clube".
Terminada a novela, espero voltar a sentir carinho pelo melhor presidente de sempre da história do futebol; espero voltar a sentir vontade de ver uma estátua gigante daquele que foi, e é, o nome mais importante da história do FC Porto, às portas do Dragão. Tenho saudades da paz que me transmitia saber que os outros poderiam ter tudo... mas nós tínhamos Pinto da Costa.
Precisamos de sentir, agora, a paz de saber que já não temos Pinto da Costa. Precisamos que deixe o clube e volte a subir ao Olimpo - de onde nunca deveria ter descido - como um verdadeiro Deus que sempre foi na cidade do Porto. Não estou a exagerar. Pinto da Costa era mesmo um Deus. E a Deus, ao nosso Deus, um enorme Adeus.