Portugal precisa de estrangeiros para fazerem o trabalho semi-escravo que os portugueses não querem ou simplesmente não podem fazer, porque hoje em dia um salário mínimo nas grandes cidades não permite que se tenha um vida minimamente digna, e portanto os portugueses pouco qualificados preferem ir trabalhar para França ou Suiça ou UK, onde pelo menos recebem o suficiente para ter uma vida decente.
Os únicos trabalhadores que hoje podem viver com um salário mínimo em Lisboa, Porto ou Braga são os que moram em quartos, quando não em quartos partilhados. Ou seja, emigrantes pouco qualificados vindos de países pobres.
Que alguém trabalhe um horário completo e seja obrigado a viver num quarto, isto é simplesmente indigno e devia ser proibido pela Constituição.
Então, se o país precisa de mão de obra para a agricultura ou para a construção civil, e houver imigrantes dispostos a fazer esse trabalho infelizmente muito mal pago, não tenho nada contra, pois estão a contribuir para a economia e a segurança social.
Outra questão, bem diferente, é abrir as portas a milhares ou milhões de refugiados para os quais não há vagas no mercado de trabalho. Portugal não precisa de de mais gente a receber o rendimento mínimo e a viver de esmolas estatais (pagas com os impostos de quem trabalha). Pelo contrário, precisávamos era de mais gente a receber um salário digno.
Abrir as portas à emigração descontrolada, e sobretudo a pessoas oriundas de países não cristãos e não liberais (ou seja, de países onde o modo como se vê e trata as mulheres, os gays, os ateus os oposicionistas ou simplesmente os indivíduos está 50 ou mesmo 200 anos atrás do Ocidente) e não fazer nada para queles sejam devidamente integrados na cultura e nos valores do nosso país, é criar um barril de pólvora, é pôr em risco a segurança e a coesão social, é uma brincadeira política que está a sair caro, por exemplo, aos suecos.