Há muita gente de familias destruturadas que não tem mesmo chance nem tem estabilidade para querem estudar, e há os que não querem mesmo e nem toda a gente tem que o fazer, se o "estado" paga uns 5K por ano por aluno do ensino superior se calhar devia dar isso aos outros em não pagamento de impostos por exemplo.
Isso é a teoria dos chalupas.
"Querem cirurgias não essenciais? Paguem que eu não estou para isso."
"Querem RSI? Trabalhem que eu não tenho de pagar para ficarem no café."
Não estimular a formação é um erro crasso, até porque cada caso é um caso e deves dar a oportunidade a quem efetivamente quer prosseguir os estudos, e alguns desses que não têm a estrutura fazem-no com grande sacrifício pessoal e muito esforço.
Depois há sempre o double down desse modelo de pensamento que expõe as suas fraquezas. Eu que não uso serviço de saúde público posso simplesmente dizer "Que se lixem, têm cancro vão ao privado que eu não tenho de pagar a vossa doença" (Milei wink wink) ou como não tenho nem nunca quis putos posso dizer "querem escola básica e manuais gratuitos? Nada disso, a escolha de terem bebés foi vossa, assumam responsabilidades".
Quando abandonamos o conceito de Estado social que estabelece a sociedade como um grupo organizado com o objetivo do bem comum, perdemos a essência da associação dos seus indivíduos. Ou acreditamos que podemos contribuir para o nosso grupo, uns mais que outros e manter uma estrutura que solidifica as bases e cria oportunidades ou passamos a viver isolados, na selva da sobrevivência do mais forte, onde só me interessa pagar o que me beneficia diretamente e com a menor intervenção reguladora possível.