Não é inteligente, desde logo por não ser possível, andar aqui a perseguir todos os colaboradores do Porto como sendo "colaboracionistas" e "assalariados" (no sentido pejorativo do termo.
Se o AVB ganhar não vai conseguir, nem vai querer "limpar" todos os que hoje trabalham no Porto. Não era possível, inteligente ou sequer justo.
Quem lá anda agora, Diogo, FJM, Bernardino Barros, e outros, trabalham para o Porto, uns mais diretamente outros menos. Não queiram que andem ali a bater no PC ou nos administradores.
Muitos deles, e pelo menos um caso eu conheço, sabem separar a lealdade profissional da racionalidade enquanto portistas que todos são e sabem muito bem o que lá se passa e querem tanto como nós a mudança.
Por isso tenham lá calma com a caça as bruxas porque no Day after, aquilo não pode ficar ao abandono.
Se é verdade que os comentadores fruto do conflito de interesses de ser assalariados do canal, e consequentemente da estrutura, também é verdade que enquanto seres humanos e adultos temos de ter espinha dorsal.
Apontar o dedo aos outros com veemência, enquanto se assobia para o lado e não se limpa o nosso quintal é no mínimo hipócrita.
E há sempre aquela altura em que nos olhamos ao espelho e não nos revemos no que estamos a fazer.
Em tempos idos caçámos e bem as relações perigosas entre o Orelhas e os NN boys, relações na sua génese criminosas.
Pois bem, nós seguimos o mesmo caminho sem qualquer tipo de autocrítica.
Pior, usamos o pior argumento que gosto de usar nestas situações, o "eles também fizeram, o que legitima o que estamos a fazer"
O argumento correcto é o "não nos vamos benfiquizar" ao invés do "o Benfica também fez isto, e faz isto, isto isto e isto" tentando branquear por osmose o que passou na 2ªF.
Quanto ao Diogo Faria a continuar assim vai cair como um boneco do sistema, alguém pago para deturpar e desviar atenção dos problemas internos. Será esse o seu o legado, com a espinha dorsal completamente dobrada. Cada um sabe de sim e há quem não se importe de estar e viver assim.
Mais juízo teve o Pedro Bragança, que usou a sua capacidade analítica para o noticiário e se demarcou deste triste papel.