“Nada será como dantes
O dia 13 de Novembro de 2023 ficará na história do nosso clube.
Este dia ficará lembrado como aquele em que se registou uma mobilização sem precedentes dos sócios do FCP para decidirem o futuro do clube.
O dia em que milhares de sócios sairam de casa, a uma segunda feira à noite, para mostrar que o clube não tem dono, é nosso.
Fizeram-no em liberdade e por um amor genuíno ao seu clube.
Infelizmente, este dia também ficará na história como aquele em que um bando de meliantes, com o beneplácito silencioso da direcção do FCP, decidiu intimidar, coagir e agredir barbaramente sócios do FCP, procurando roubar-nos a liberdade de pensar, de escolher, de decidir.
Estive a confortar sócios do FCP, com idade para serem meus pais, que fugiram aquando o início das agressões, que se repetiriam mais tarde, e que estavam a chorar, em choque, com o que haviam assistido.
E se tudo isto já foi terrivelmente marcante e nocivo, há algo que nunca mais esquecerei:
Ver Jorge Nuno Pinto da Costa, Vitor Baía e restantes elementos da direcção e da Mesa, sentados, sem esboçar uma qualquer reacção, emoção ou ação de apelo à calma, enquanto sócios do FCP eram selvaticamente agredidos ou fugiam, em pânico, da bancada em que se encontravam.
Não vos perdoarei.
Vocês foram cúmplices desta noite negra.
Se tivessem um assombro de dignidade e desapego ao clube, amanhã demitiam-se todos.
Sabemos que isso não sucederá.
Nós cá estaremos para resgatar o nosso clube, devolvendo-lhe os princípios e os valores que levaram milhares de sócios do FCP a procurar expressar o grito audaz da sua ardente voz.
Qualquer Assembleia Geral extraordinária futura está ferida de morte.
Não há quaisquer condições de segurança para que os sócios do FCP possam participar livremente nem esta direcção fará nada para que tal suceda.
Os notáveis, por sua vez, permanecerão silenciosos por coniventes.
Mas a liberdade vai chegar porque a nossa força vem da nossa determinação
E aí, Oh Porto, então verás vibrar
A multidão num grito só de todos nós.
Liberdade!”